Título: Territorialidade e as Quebradeiras de Coco Babaçu


Local (Cidade, Estado, País): São Luis, Maranhão, Brazil


Coordenadas Geográficas: 10º09’59.34” S 40º02’03.96”O


Data: formalização na década de 1990.


Descrição: Este trabalho tem como objetivo refletir sobre os modos de vida e de luta de mulheres quebradeiras de coco junto ao Movimento Interestadual de Quebradeiras de Coco Babaçu (MIQCB). Destaca-se o cotidiano dessas mulheres e a relação que estabelecem com o meio ambiente natural, reproduzindo conhecimentos e atitudes a favor dos recursos naturais. Destacam-se também os elementos de construção da categoria quebradeira de coco babaçu, enquanto identidade coletiva e como ela ganha, a partir dos anos 90 no contexto de desenvolvimento econômico, uma conotação política, relacionada não somente a uma atividade econômica e sim a um contexto de lutas e mobilizações, inclusive com o acionamento de uma identidade própria, ligada ao território político do babaçu, através do movimento dessas mulheres que quebram coco babaçu.


Principais agentes envolvidos: Movimento Interestadual de Quebradeiras de Coco Babaçu (MIQCB), proprietários de terras, indústria de papel e celulose, e governos estadual e federal.


Dados complementares (área, eventuais conflitos e repercussões): O Movimento Interestadual de Quebradeiras de Coco Babaçu, como o nome sugere, abrange vários estados. Fazem parte os estados do Pará, Maranhão, Tocantins e Piauí, cada estado tem a sua liderança regional e a sede se localiza na cidade de São Luís, capital do Maranhão. Assim a localização acima se refere a localização da sede do MIQCB. Mas ressaltando que a ocorrência dos babaçuais atinge a todos os estados citados acima.

Anteriormente, os principais conflitos das quebradeiras de coco babaçu, eram o grande proprietário de terra e seus jagunços, derrubavam ou impediam o acesso aos palmeirais. Atualmente além desses mesmos conflitos, mas também estão diante de grandes produtores e de poderosas indústrias, ambos conectados com o mercado internacional, como a Suzano papel e celuloso, Votorantim Cimentos e Alcoa, todas com demandas incompatíveis com o ciclo natural do babaçu, além da degradação ambiental do entorno dos empreendimentos.



Fontes e links:

https://static.wixstatic.com/media/480088_c44be6c90f28437e83711feb8a0e6d30~mv2.png/v1/fill/w_972,h_976,al_c,q_90,usm_0.66_1.00_0.01/480088_c44be6c90f28437e83711feb8a0e6d30~mv2.webp

https://deolhonosruralistas.com.br/2020/02/06/nova-geracao-das-quebradeiras-de-coco-se-dedica-ao-artesanato-e-a-gastronomia/

https://wrm.org.uy/pt/artigos-do-boletim-do-wrm/secao1/mulheres-em-pe-combatendo-fabrica-de-papel-da-suzano-no-maranhao-brasil/

https://www.miqcb.org/


Crédito (responsável pelo mapeamento): Natália Moraes


Tags (palavras-chave): Quebradeiras de coco babaçu; território; identidade; uso comum.