Servidores técnicos da UnB se reúnem para discutir continuidade da greve

Funcionários realizam assembleia e ato no Campus Darcy Ribeiro em protesto ao corte de benefício conhecido como URP


Por Fernanda Fonseca

Reunião conta com a participação de políticos, como a deputada federal Erika Kokay (PT-DF) | Keum Hee e Amanda Gonçalves/Campus Multiplataforma

Servidores técnicos da Universidade de Brasília (UnB) estão reunidos nesta segunda-feira (12/06) para discutir a continuidade da greve da categoria contra o corte do benefício Unidade de Referência Padrão (URP). A mobilização é realizada na praça Chico Mendes, no Campus Darcy Ribeiro, localizado na Asa Norte


A reunião dos funcionários conta com a presença de representantes da ADUnb (Associação dos Docentes da Universidade de Brasília), do Sintfub (Sindicato dos Trabalhadores da Fundação Universidade de Brasília) e também de políticos, como a deputada federal Erika Kokay (PT-DF) e o presidente do PSB-DF, Rodrigo Dias. 


Em discurso, a presidente da ADUnB, Eliene Novaes, afirmou que a Universidade "precisa" do URP


“Nós, da ADUnb, estamos participando de todas as ações que estão sendo realizadas, das negociações e das articulações políticas que são necessárias para fazer chegar ao STF a importância e a necessidade da gente restabelecer a URP. Nós sabemos que a URP é fundamental para a sobrevivência econômica dos seus técnicos, professores e de todos os servidores da universidade”, disse.


Segundo apurou o Campus Multiplataforma, uma nova assembleia dos servidores acontecerá na próxima segunda-feira (19/06). A maioria é a favor de continuar a greve.


Também será realizado um ato nesta segunda-feira contra o corte da URP no Instituto Central de Ciências (ICC) da Universidade a partir das 10h.


ENTENDA A GREVE 


A primeira semana de greve dos servidores técnicos da Universidade de Brasília (UnB) começou na segunda-feira (05/06) após decisão de 23 de maio do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes de cassar a liminar MS 28819/DF. A medida garantia o pagamento do bônus com acréscimo de 26% sobre o salário dos servidores técnico administrativos da ativa e aposentados da UnB. 


O benefício, que representa um quarto do salário dos servidores, era pago aos profissionais há cerca de 30 anos. O cumprimento da decisão, entretanto, vai depender de um parecer favorável da Advocacia Geral da União (AGU), que será encaminhado à Universidade. 


"A URP representa parcela significativa da remuneração de nossos servidores e a decisão traz profundo impacto à nossa comunidade e às nossas famílias", afirmou a Reitoria da UnB em nota assinada pela reitora, Márcia Abrahão, e pelo vice-reitor, Enrique Huelva. 


Segundo o Conselho Universitário (Consuni) da UnB, a paralisação dos técnicos da Universidade vai causar "impacto direto na qualidade do ensino, da pesquisa e da extensão”.


Estudantes, professores e técnicos da Universidade protestaram na sexta-feira contra a decisão de Gilmar Mendes. O Campus esteve presente e registrou os atos que foram realizados no Campus Darcy Ribeiro, na Asa Norte, e em frente ao Ministério da Educação (MEC), na Esplanada dos Ministérios. Confira aqui.

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