De acordo com uma pesquisa produzida por Geovane Camilo dos Santos (2017), mestre em Contabilidade e Controladoria pela UFU - Brasil, Professor da Pontifícia Universidade Católica (PUC/GO), o nível de desmotivação e insatisfação dos graduandos está diretamente relacionado a: falta de prática durante o curso para assimilar a teoria, a falta de atividades que liguem o estudante à realidade profissional, a falta de aproximação com a rotina de escritórios ou cenários profissionais e o excesso teórico no ensino da graduação.

Em entrevista cedida ao Portal Nacional Classe Contábil expôs a problemática: - Pelo que pude observar, o ensino da contabilidade não evoluiu no sentido de adotar uma metodologia que una teoria e prática como acima descrito. As aulas práticas, também chamadas de “aulas de laboratório”, em quase todas as faculdades são ministradas no último ou nos últimos semestres do curso de ciências contábeis

e o aluno não conseguir um emprego ou estágio na área durante o curso, coisa que não está muito fácil nos dias de hoje, correrá o risco de se formar com muita teoria na cabeça e com pouca ou nenhuma prática assimilada. Isto irá dificultar bastante o seu ingresso no mercado de trabalho.

Além da pouca valorização do ensino prático, vejo ainda a falta de integração das disciplinas obrigatórias do curso, diretamente relacionadas e que são essenciais ao desempenho profissional do contador. Cito como exemplo as disciplinas de contabilidade geral, contabilidade comercial, contabilidade de custos, contabilidade tributária e contabilidade avançada, que são ensinadas em semestres seqüentes, porém sem que haja uma continuidade nas informações e integração entre as mesmas, como se fossem partes dissociadas da contabilidade. Este fator dificulta bastante a assimilação ao proposto nas grades.