Santo Padre Pio de Pietrelcina

«Procurai primeiro o reino de Deus e a Sua justiça, e todas estas coisas vos serão dadas por acréscimo»

- (Mt 6, 33]

12/6/016

Na penúltima reunião do Conselho Pastoral, o primeiro ponto da agenda foi sobre o Sínodo e o desejo do Papa: “O sonho Missionário de chegar a todos”. A pergunta que o padre Jorge colocou foi: que caminho?

Quando tomei a palavra sugeri aquela frase de São Paulo “Ai de mim se não evangelizar!”

Quando Cheguei a casa, comecei a meditar e também a rezar para perceber o que é que Jesus queria dizer ao meu coração, diante da questão: uma Igreja em Saída!

Então recordei uma história verdadeira de há cerca de cinco anos. No final da oração, com o grupo Padre Pio, a Adélia estava triste. A sua amiga Cila perdeu um filho, com 17 anos, num acidente de automóvel. Está destrocada, não sei como a posso ajudar. A Antónia que sofreu a perda de uma filha, talvez consiga. Sim, traga-a ao grupo e falamos. Não pode ser, disse ela. A Cila mora em Figueiró dos Vinhos. Então respondi, há sempre uma forma de ajudar e de repente pensei e perguntei, posso escrever-lhe? Sim, vamos ver a reação, pois ela não se interessa por nada. A Cila aceitou. Escrevi aproximadamente um ano. As respostas às primeiras cartas eram pedidos de desculpa. A Cila dizia, eu não sei a linguagem de Deus, mas agradeço-lhe muito. Fico muito confortada. Estou a ser tratada por um psiquiatra. Com a sua permissão, continuei a escrever, rezando, pedindo a Jesus que lhe falasse ao coração, que a curasse. Um dia vai ter com o sacerdote da terra e pede para ele ler as cartas e diz: “Deus fala-me através destas cartas e colocou aquela mãe a Antónia, no meu caminho. Sabe, estas cartas fazem-me bem. Estou melhor”. Em resposta a uma última carta (das últimas) ela diz: “sabe Antónia, eu fico sempre constrangida quando penso que o meu filho não tem a Salvação de Deus. Ele, com mais 3 colegas iam para a discoteca e morreram. Olho para o céu e queria que ele fosse uma estrelinha, uma luz do céu.” Quando recebi esta carta da Cila, chorei e rezei e respondi como se estivesse a dar uma catequese: Deus é misericordioso, tenha a certeza que o seu filho é uma estrelinha no céu. No dia em que ela recebeu esta mensagem de Deus, ficou feliz. Na verdade, à noite, o céu estava lindo, inundado de estrelas. De repente, o marido que estava no outro lado da casa, chama-a: “Cila, anda ver a nossa casa iluminada” Ela respondeu, não é a luz, é a estrelinha que a Antónia fala na carta. O nosso filho, em Deus. Na pedra da sepultura escreveu: Deus quis que fosses uma estrelinha do Céu. E as cartas guardou-as como relíquia e leva-as para todos o lado, mesmo quando viaja.

Nesta história, encontro uma resposta como caminho a seguir conforme a questão do ponto 1 acima citado sobre o sínodo. Jesus diz: “Buscai em 1º lugar o Reino de Deus e todas as coisas vos serão dadas por acréscimo (Mt 6, 33)” A via foi a oração feita com confiança que levou à missão evangelizadora (a Igreja em saída), ao encontro daquela mãe sofrida, através das cartas. “E todas as coisas vos serão dadas por acréscimo”: Deus manifestou-se em forma de luz – A Salvação

Maria Antónia