Teremos lançamentos de livros no evento! Os lançamentos irão ocorrer na frente do auditório da Faculdade de Saúde da UnB, onde também serão realizadas as conferências e as mesas redondas. Os lançamentos, divididos entre os dias 10 e 11 de dezembro, se iniciarão às 18h.
Veja abaixo os dias e livros que estarão disponíveis:
Autoria: Cassi Ladi Reis Coutinho
Este livro identifica, a partir dos registros das autoridades policiais mineiras, as peculiaridades dos ciganos em Minas Gerais, no período em que as ideias de modernização e progresso construídas no século XIX orientaram políticas públicas, resultando na exclusão de grupos e indivíduos que não comungassem deste projeto, classificando-os como vagabundos, vadios, mendigos e desordeiros. Para tanto, foi necessário compreender quem eram os ciganos e as especificidades referentes ao grupo no que tange a sua cultura, costumes e tradições para que nos debruçássemos sobre as discussões do início da República e as categorias que norteavam o projeto de um país impulsionado pela ordem e pelo progresso, destacando de que maneira este projeto se efetiva em Minais Gerais. Em seguida, analisarmos as normas estabelecidas para o controle, criminalização, expulsão e enquadramento dos ciganos dentro do estado mineiro, através de leis, decretos e códigos de postura que normalizavam o papel da polícia como mantenedor da ordem. Ao final concluímos que apesar de portador de um estigma os ciganos conseguiram, em situações específicas, estabelecer relações com a sociedade mineira.
No presente estudo, procede-se a uma outra leitura do abolicionismo em Minas Gerais, orientadas por dois principais objetivos. Primeiramente, o de mostrar e desmontar a construção historiográfica da ausência de tensões e conflitos, do clima de “plena paz” em que teria ocorrido a abolição da escravidão na província mineira. O outro objetivo foi o de conferir visibilidade e dizibilidade à atuação abolicionista de outros atores sociais, com destaque para as mulheres escravizadas e livres, quebrando o silêncio discursivamente construído em torno de suas ações.
Organizadoras: Deise Santana e Fabiana Francisca Macena
O livro reúne cartas de estudantes dos anos do ensino fundamental de uma escola pública do Distrito Federal endereçadas àquela que foi uma das maiores escritoras negras do Brasil: Carolina Maria de Jesus. Nele, esses/as adolescentes refletem sobre as memórias da autora em seu livro Diário de Bitita, assim como sobre o longo percurso da construção da cidadania no Brasil.
Autoria: Bruno de Alves Borges
No intervalo do almoço, o aluno sai de seu ofício de ajudante de guarda-livros, entre a Biblioteca Central e o Instituto Central de Ciências, para no jardim da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo e comenta com os seus as peripécias e crônicas dos feitos de uma biblioteca. Um deles exclama: Alvenaria, filhão. Deus me livros. Estava dada a partida para este trabalho. Mais de uma década depois da greve de 2007, chega ao público uma proposta de estudo a respeito de temas que, para além de discutir o que se perdeu, coloca em pauta quem somos e nossas escolhas. As efemérides têm consagrações e alegrias, algumas vezes. Desastres.
Autoria: Rafael Nascimento Gomes
Este livro que o leitor tem em mãos é a tese de doutorado de Rafael Nascimento Gomes, defendida no Programa de Pós-Graduação em História da Universidade de Brasília e constitui uma relevante contribuição para reduzir essa disparidade. A pesquisa utilizou-se de documentação diplomática diversificada e de extensa bibliografia, para analisar as relações diplomáticas entre o Brasil, no período do Estado Novo, e o Uruguai. Para tanto, o autor explica a importância geopolítica do espaço platino para os dois países e trata das relações bilaterais anteriores a 1937.
Organizadoras: Cristiane de Assis Portela e Fabiana Francisca Macena
Este livro reúne reflexões de professoras e professores, em atuação ou em formação, de diferentes espaços institucionais, sobre a produção do conhecimento histórico escolar. Conhecimento aqui entendido como o entrelaçamento e fortalecimento de saberes múltiplos, plurais e não hegemônicos. De raízes pluriepistêmicas que colocam em diálogo o conhecimento histórico escolar com saberes ancestrais de indígenas, quilombolas, comunidades tradicionais, coletivos educadores, produzindo narrativas contra-hegemônicas, que tornem visíveis e dizíveis as experiências e protagonismo de diferentes sujeitos históricos. Além de explorar os diálogos com outras epistemologias que problematizam a produção de um conhecimento eurocentrado, heteronormativo, colonialista, sexista, racista, dentre outros, busca-se, nesta coletânea, tornar dizível e visível os conhecimentos produzidos em salas de aula de diferentes regiões do Brasil por professores e professoras comprometidos com a história ensinada. Professoras/es/pesquisadoras/es que constroem conhecimento nas relações estabelecidas com seus educandos/as, apropriando-se e mobilizando, de modo criativo, distintos aportes teóricos e saberes. Trata-se de mostrar os agenciamentos que ocorrem no espaço escolar, seus desafios, bem como a potência do que ali é construído. Questionar a hierarquização discursivamente produzida entre escola e universidade, ensino e pesquisa, dentre outras dicotomias que reduzem tal território a simples espaço de transmissão de um conhecimento que lhe é externo