A vida é uma viagem pela estrada, às vezes suave e paisagens lindas, às vezes ela fica sinuosa repleta de subidas e descidas, às vezes ainda uma longa e monótona reta, para alguns ela acaba de repente em uma curva qualquer, sem nenhum tipo de aviso ou sinalização, em outras ela pode até ficar cansativa e parecer que nunca irá acabar. Podemos ir sorrindo, cantando ou ainda dormindo, aproveitando a companhia dos que viajam conosco, ficarmos em silêncio ou ouvirmos uma bela canção.
São muitas aventuras e pelo caminho outras estradas cruzam a nossa frente, vicinais, marginais, outras rodovias, estradinhas, estradas de terra e até desvios, às vezes pegamos um atalho que nos leva a lugares estranhos e precisamos recalcular a rota.
Faz parte…
Ficamos cansados, e a mente vai longe, ansiosos, preocupados, nos questionamos se escolhemos a estrada certa e ficamos apreensivos e temos medo, e, porque não chegamos logo ao destino? E então, alguém quer parar para ir ao banheiro, ou pior não quer mais viajar, ou ainda quer fazer uma aventura, sozinho, às vezes precise de um carro maior para os novos passageiros, precisamos de reparos e de umas adaptações para enfrentar estradas mais desafiadoras ou para percorrer trechos ainda sem muita estrutura, o novo.
Tudo bem se esquecermos algo, podemos recuperar lá na frente, em uma parada ou em um novo caminho, ou ainda frear dar um tempo e voltar atrás para buscar.
Sempre em movimento!
Haverá dias em que o Sol que nos dá bom dia e ilumina, não vai aparecer, não vai ter força, tudo vai ficar cinza, escuro, poderá chover e ficar intenso, o vento chacoalhar, e a força externa pode impedir a passagem, até nos fazer sentir medo, desistir de seguir, vontade de parar e de ficar por ali mesmo ou ir por outro caminho.
O importante é saber esperar, melhor desacelerar mas não parar, porque se pararmos bloqueamos a estrada, e atrapalhamos os que vem logo atrás e com cuidado termos paciência e esperança, acreditar na viagem com disposição, alegria e boas energias para fazer valer a nossa e não tornar a viagem dos que estão conosco monótona e chata.
Sempre atentos…
Vai chegar a hora da despedida, seja dos lugares, dos pontos importantes, das vontades e da companhia daqueles que chegaram e que mesmo contribuindo agora se vão, se despedindo da viagem ou seguindo seus próprios caminhos, deixando saudades e espaços vagos para que os novos possam vir ou para que os reencontros possam acontecer.
Novas visões, movimentos, sensações, novas formas de ver e de sentir. Vamos nos adaptar ou mudar, assimilar ou conectar? Isso só a viagem vai nos mostrar, porque no fim não importa a estrada ou as paisagens, os veículos, muito menos o que acontece no caminho se é sozinho ou em grupo o importante mesmo é seguir em frente! É querer ver o que tem além da próxima curva, querer sentir a viagem e a receber tudo que ela ainda vai nos mostrar.
Porque no fim vamos carregar um pouco de cada um em nós, uma marca de tudo aquilo que experimentamos e compartilhamos durante o nosso trecho, mas eu carrego a minha bagagem e você a sua; eu vou no meu tempo e você no seu.
Se hoje o seu caminho encontrou com o meu e o meu com o seu, que eu possa ser uma contribuição. Então bora? Vamos compartilhar esse momento da nossa viagem. Vida!
Alessandro Castilho