Informação Detalhada

A formação Erasmus de docentes neste âmbito responde à necessidade de “aumentar a competência e motivação dos nossos recursos humanos”, a integração de estratégiasinovadoras, o trabalho colaborativo. Reforçará as competências digitais dos docentes na integração e consolidação: na utilização das tecnologias digitais (p.ex IA), na execução de tarefas, na comunicação, no desenvolvimento de ambientes educativos inclusivos que incorporem com maior frequência metodologias emergentes e motivadoras, contextualizadas  com os diferentes meios socioculturais dos discentes e respondendo às suas necessidades pedagógicas, capacitando-os para o seu uso criterioso e controlado. Por outro lado, esta formação conduzirá a uma agilização de processos organizacionais e de comunicação no AEE e com organizações parceiras. Pretendemos estar na vanguarda dos processos de ensino aprendizagem, formando educadores capazes de desenvolver as competências chave preconizadas no Perfil dos Alunos para o Século XXI.

A diversidade de alunos com origem em meios socioculturais desfavorecidos, o número considerável de alunos filhos de migrantes com pouco conhecimento da cultura portuguesa e europeia mantém-se como um desafio de integração para o AEE. A arte nas suas várias vertentes, tem demonstrado através dos projetos já desenvolvidos e em desenvolvimento, ser uma aliada privilegiada para chegar a estes alunos, promovendo um espírito de pertença à comunidade escolar, reduzindo o absentismo, a falta de motivação, problemas de comportamento e alavancar aprendizagens significativas. Possibilita, ainda, um contexto eficaz para o desenvolvimento de competências ambientais. A aposta no aumento do número de professores com formação nesta área com conhecimento de estratégias usadas noutros países com desafios semelhantes, será uma mais-valia para AEE. Servirão de referência para os restantes professores e dinamizadores do trabalho colaborativo multidisciplinar.

O AEE fomenta a construção de projetos colaborativos que atuam como polos multidisciplinares (Ciência, Arte e Cidadania). Este ano letivo o tema “Bem-estar” é o elemento central dos DAC, o que reforça a o desenvolvimento deste tipo de projetos. Por outro lado, reconhecemos que estas iniciativas implicam consumo de recursos materiais e tendem a gerar bastantes resíduos, contrariando o “Bem-estar” na perspetiva ecológica. Além disso, o facto de muitos alunos pertencerem a contextos socioeconómicos desfavorecidos, reforça a importância de constituirmos um exemplo de boas práticas ambientais e de promoção de atitudes que esses alunos, muitas vezes, não têm oportunidade de observar /valorizar no ambiente familiar. Assim, torna-se um objetivo, em linha com a Eco-Escola, estimular na comunidade a melhoria sustentável de práticas, replicáveis externamente, integrando, sempre que possível, tecnologias digitais, no sentido de incitar a criatividade e promover o património ambiental.

A procura de oportunidades para alunos e docentes poderem participar em projetos pedagógicos que desenvolvam as multiliteracias, a cidadania global, o pensamento artístico e humanístico em simultâneo com a educação ambiental é fundamental no nosso agrupamento. A mobilidade europeia de grupos de alunos e professores acompanhantes constitui-se como uma oportunidade única para a divulgação dos projetos artísticos desenvolvidos no AEE e para conhecer projetos no mesmo âmbito e noutros, desenvolvidos em escolas europeias a par do contacto com uma diversidade de culturas e costumes.  Estes intercâmbios poderão contribuir de forma muito relevante na inclusão de alunos oriundos de diferentes nacionalidades, promovendo o espírito de tolerância no AEE, uma vez que se pretende incluir também alunos de nacionalidade portuguesa nas dinâmicas de grupo. Esta abordagem permitirá, ainda, reforçar a cultura artística em famílias com dificuldades socioeconómicas.