Até o século XVIII, os animais eram vistos como máquinas para trabalho, ou ainda, como objetos, que não sentiam dor e não possuíam sensações. Esse tipo de visão fazia com que os seres humanos se sentissem menos culpados de maltratá-los ou usá-los incansavelmente no trabalho do campo, no transporte, entre outras atividades.
Foi a partir de 1800 que as discussões sobre a crueldade humana para com os animais tomou mais força, e obteve seus primeiros nomes, como Henry Salt e Humphry Primatt, que defendiam que os serem humanos possuíam deveres morais perante os animais e que estes, eram seres vulneráveis a dor.
O primeiro grande ato em relação a uma legislação, foi a Declaração Universal dos Direitos Animais pelo ativista e cientista Georges Heuse, declarada na UNESCO em 1978. Ao final da declaração constava "“Os direitos dos animais devem ser defendidos pela lei como os direitos do homem".
Finalmente, no âmbito de estudo, a cidade de Florianópolis, teve como sua primeira legislação a Lei Complementar nº94 de 18 de dezembro de 2001 dispondo sobre a prevenção de zoonoses e o controle e proteção dos animais. A lei contra com 38 artigos, e até aquele ano, não havia nenhuma outra diretriz que especificasse os temas. A partir dessa data foi instituído também o Fórum de Controle de Zoonoses e Bem Estar Animal que tinha como objetivos discutir e orientar a Secretaria Municipal de Saúde nessas questões.
Em 2002 foi criado o site "É o bicho" com o objetivo de atender e encaminhar animais que passaram por maus-tratos ou foram abandonados. A iniciativa obteve tanto sucesso que logo após foi criado o instituto "É o bicho". Ao longo dos anos a necessidade por um órgão político que gerenciasse essas questões foi crescendo, e em 2005 foi instituída a Coordenadoria do Bem-Estar Animal (COOBEA). O objetivo do órgão era promover uma relação mais saudável da sociedade com os animais domésticos, além de soluções de médio e longo prazo sobre a circulação de animais abandonados nas vias públicas. Alguns dos projetos desenvolvidos foram: combate à venda ilegal de animais, campanhas de esterilizações, feiras de adoção, etc.
Outra lei sancionada, foi a Lei Complementar nº383 de 26 de abril de 2010, que institui a obrigatoriedade da identificação eletrônica, através de um microchip, a todos os animais de Florianópolis, a fim de diminuir os números de abandonos e maus-tratos.