(15 vagas)

Local:  Atelier de Escultura e Pesquisa da Forma Caetano Fraccaroli

Ao criar esquemas para compreensão do mundo, a percepção sobre a realidade é cristalizada em representações. No entanto, a representação demonstra apenas parte da realidade e pode propor diferentes perspectivas de análise e compreensão do real. Desse modo, a forma como a realidade é representada e apresentada influencia em como ela é percebida. 

Nesse mesmo sentido, refletindo sobre as representações feitas no meio digital, nos deparamos com o espaço imaginário dos jogos. Como elabora Velloso (2017) sobre a representação espacial em videogames, a forma como o espaço do jogo é apresentado não apenas influencia nas percepções dos jogadores, como também influencia nas regras de jogabilidade. Essa ponderação também pode ser transposta para as interfaces digitais não lúdicas que representam territórios reais, como mapas, acervos e plataformas. 

A partir dessas reflexões e motivados pela questão: "Quais leituras podem ser suscitadas sobre um mesmo percurso no território a partir de suas múltiplas representações?", sugerimos uma oficina de geração de alternativas para a visualização de percursos. Utilizaremos os dados levantados no workshop "Projeto Arquigrafia", realizado durante o ICHT 2023, no qual foi realizado um percurso fotográfico no centro da cidade de São Paulo.

Considerando as imagens e os dados disponíveis no site arquigrafia.org.br, os participantes serão estimulados a representar um percurso real considerando esquemas espaciais usualmente utilizados para a representação de espaços imaginários típicos do videogame. Dessa forma, refletiremos também sobre a intercambiabilidade entre a linguagem visual típica da apresentação de espaços imaginários e daquela utilizada para a representação do real. 

A oficina se desdobrará em três momentos: 1) Sensibilização dos participantes sobre as propostas para o trabalho; 2) Atividade de geração de alternativas visuais e; 3) Debate sobre os resultados obtidos. 

Mediadora: Ruth C. Troncarelli

Debatedor: Ricardo Luis Silva 

Local:  Atelier de Escultura e Pesquisa da Forma Caetano Fraccaroli

APRESENTAÇÕES

• REPRESENTAÇÕES HEGEMÔNICAS DOS ESPAÇOS PERIFÉRICOS EM UMA PERSPECTIVA CRÍTICA: ANÁLISE EM DIÁLOGO DO AUDIOVISUAL NO BRASIL E NA FRANÇA
  Eduardo Paschoal

• MAPA CONCEITUAL COMO SUBSÍDIO PARA A CONSTRUÇÃO DE UM SISTEMA DE ORGANIZAÇÃO DO CONHECIMENTO (SOC) PARA IMAGENS DE ARQUITETURA E URBANISMO EM AMBIENTE COLABORATIVO WEB 4.0
  Giuliana Cristina Gargarella Jorge

• REPRESENTAÇÕES E CONSTRUÇÃO COLABORATIVA DE INFORMAÇÃO: ANÁLISES CRÍTICAS DE EXPERIÊNCIAS CONTEMPORÂNEAS
  Jéssica Carvalho Silva

• A SOBREVIVÊNCIA DAS CHÁCARAS NO IMAGINÁRIO URBANO DA CIDADE DE SÃO PAULO: IMAGERIAS, REPRESENTAÇÕES E PROCESSOS DE PRODUÇÃO
  Ruth Cuiá Troncarelli

(5 vagas)

Local:  Atelier de Escultura e Pesquisa da Forma Caetano Fraccaroli

Oferecida por Gabriela De Laurentiis e João Mascaro, a oficina propõe explorar a sucessão de técnicas para a transferência e tradução de imagens. O objetivo da atividade é propiciar experimentação e reflexão sobre possibilidades poéticas trazidas pelos trânsitos entre linguagens. Desenvolvida a partir das experiências dos artistas no duo Lâmina, desde 2016, a oficina é aberta para o público em geral, não sendo necessário nenhum conhecimento artístico prévio. Serão oferecidos equipamentos como câmeras fotográficas digitais e de revelação instantânea, scanners, impressoras, papel, tinta, pantógrafo. Outras técnicas e equipamentos poderão ser propostos. A atividade é dividida em 2 encontros consecutivos, de 2 horas cada. 

Mediador: Gustavo Alves Machado

Debatedora: Juliana Hora 

Local:  Atelier de Escultura e Pesquisa da Forma Caetano Fraccaroli

APRESENTAÇÕES

• O PARTENON E O HEFÉSTION: DOIS PESOS E DUAS MEDIDAS - UM ESTUDO DE ARQUITETURA MONUMENTAL EM ATENAS
  Claudio Walter Gomez Duarte 

• PLATAFORMA COLABORATIVA PARA COMPARTILHAMENTO E DIFUSÃO DE INFORMAÇÕES CIENTÍFICAS - UMA ABORDAGEM EXPERIMENTAL
  Gustavo Alves Machado

• ELABORAÇÃO DE UM SISTEMA DE ORGANIZAÇÃO DE CONHECIMENTO (SOC) PARA IMAGENS DE ARQUITETURA E URBANISMO EM AMBIENTE COLABORATIVO WEB 4.0
  Rodrigo Akio Siqueira Sono 

• CO-PROJETANDO INTERVENÇÕES PARA UMA TRANSIÇÃO SOCIOTÉCNICA MAIS RESPONSÁVEL E JUSTA
  Vinícius Juliani Pereira

Mediadora: Aline Ribeiro 

Debatedora: Hulda Wehmann 

Local:  Atelier de Escultura e Pesquisa da Forma Caetano Fraccaroli

APRESENTAÇÕES

• EXPLORANDO MÚLTIPLAS FORMAS DE REPRESENTAÇÃO PARA O DESENHO ARQUITETÔNICO: REFLEXÕES INICIAIS DE UMA OBSERVAÇÃO DE CAMPO
  Aline da Silva Escórcio Ribeiro

• PERCURSO POÉTICO E IMAGINATIVO PELOS JARDINS DO PORTO: PROPOSTA DE UM ÁLBUM PAISAGEIRO
  Aline Silva Santos

• MODOS DE FAZER: A RELAÇÃO SUJEITO-SUJEITO NA PERSPECTIVA DA PESQUISA
  Paula Martins Vicente

Atividade Aberta (não é necessário inscrição) 

Local: Atelier de Escultura e Pesquisa da Forma Caetano Fraccaroli

O fotógrafo e pesquisador da FAUUSP vai relatar recente viagem à cidade de Kinshasa, capital do Congo (RDC). A viagem faz parte da pesquisa de doutorado intitulada "Arquitetura e viagem no século XXI" que investiga a importância e os significados da viagem como forma de compreender o espaço, a cidade e a arquitetura, especialmente no contexto do século XXI, marcado pela aceleração das experiências, pela velocidade dos deslocamentos, pelas preocupações ambientais, pela onipresença das imagens e pela virtualidade do mundo digital. Nessa palestra, Tuca Vieira vai falar da preparação dessa viagem, das dificuldades e das descobertas, além de mostrar fotografias do projeto Hipercidades. 

(30 vagas)

Local: Universidade Federal de Santa Maria. Campus Camobi. Centro de Tecnologia. Edifício 9F

A oficina será organizada pelo Núcleo de Estudos Arquitetura e Experimentações (NAIMEE). O objetivo é tecer reflexões sobre a importância da dimensão simbólica, dentro da Área de Conhecimentos da Arquitetura e Urbanismo, através de uma abordagem do universo imagético como lugar de construção de conhecimentos. O diálogo teórico se estabelece com autores como Didi-Huberman, Gaston Bachelard, Hans-Georg Gadamer, Paul Ricoeur, Paola Jacques, entre outros, e com a produção do Grupo RITe, sobretudo os escritos sobre Constelações de Imagens. A atividade está pautada nos resultados positivos da pesquisa de mestrado defendida pela arquiteta e urbanista Milena Rubin Magoga, orientada pela professora Josicler Orbem Alberton. A ideia, em um primeiro momento, é apresentar os procedimentos metodológicos produzidos, no viés das constelações de imagens e da técnica da colagem, e os resultados e discussões  que foram possíveis a partir da aplicação desses dispositivos. Além da dissertação, também serão utilizados artigos que foram publicados em 2023. O segundo momento do encontro será voltado para experimentações com imagens, baseadas nos conceitos de imagem poética e imagem-afeto, e nos trabalhos desenvolvidos pelo Núcleo NAIMEE que envolvem a pesquisa, a extensão e o ensino.

(10 vagas)

Local: Atelier de Escultura e Pesquisa da Forma Caetano Fraccaroli

A oficina é parte do processo de desenvolvimento da pesquisa "Fotografia. Um olhar sobre representações e imaginários da arquitetura brasileira." e a proposta é fruto das reflexões produzidas até agora  no desenvolvimento do mestrado. 

A ideia é apresentar algumas das diferentes imagens levantadas durante a pesquisa, em grupos isolados sem as outras informações (textos e desenhos) que, originalmente foram publicadas junto àqueles projetos.

Cada participante receberá um conjunto de imagens de alguns dos projetos levantados até agora e, sem acesso aos desenhos e textos publicados originalmente com as imagens, terá que escrever um breve texto ou uma breve narrativa com as sensações, informações e percepções construídas a partir daquele conjunto de imagens.

Ao final da oficina os participantes farão uma breve leitura dos textos produzidos e terão acesso aos desenhos e textos publicados originalmente com as imagens.

O objetivo da oficina é refletir sobre o papel deste conjunto de imagens e seus possíveis imaginários, quando apresentados fora do seu contexto inicial de publicação.

Pensar sobre o papel da imagem na comunicação destas Arquiteturas, e sobre as diferentes narrativas que podemos construir a partir destas imagens. Para assim comparar com as imagens em seu contexto inicial de publicação (revistas que são o objeto de pesquisa do mestrado em andamento).

Mediador: Lauro Rocha de Sousa 

Debatedor: Felipe Noto 

Local:  Atelier de Escultura e Pesquisa da Forma Caetano Fraccaroli

APRESENTAÇÕES

• ARQUITETURA, DESENVOLVIMENTO E TRAGÉDIA: REFLEXÕES SOBRE O MODERNISMO TARDIO BRASILEIRO A PARTIR DO IMAGINÁRIO TRÁGICO
  Diogo Augusto Mondini Pereira

• FOTOGRAFIA. UM OLHAR SOBRE REPRESENTAÇÕES E IMAGINÁRIOS DA ARQUITETURA BRASILEIRA.
  Lauro Rocha de Sousa

• ORALITURA/LITERATURA Y MANUAJE/LENGUAJE: UNA REVISIÓN POR REESCRITURA
  Mauricio Arnoldo Cárcamo Pino

• ARQUITETURA INDÍGENA ALTO XINGUANA: UM ESTUDO ICONOGRÁFICO DAS REPRESENTAÇÕES
  Ruth Cuiá Troncarelli

(10 vagas)

Local:  Atelier de Escultura e Pesquisa da Forma Caetano Fraccaroli

Sob forma de jogo de cartas, a oficina propõe aos participantes duas rodadas de elaboração de representação em diferentes meios: a primeira pela fala, enquanto história ficcional sustentada oralmente, a segunda como produção manual propriamente ancorada na matéria. O ponto de partida são imagens: um baralho de cartas preparado com a tecnologia da síntese de imagens por inteligência artificial (Dall-E), geradas a partir de pares de palavras levantadas durante as atividades regulares do grupo DEPi, sob reflexões e investigações materiais envolvendo os imaginários da Terra. Considerando o potencial do imaginário como um lugar de entre saberes, propõe-se uma imersão através das imagens que estimule a criação de narrativas, que ao serem partilhadas ganham novas dimensões, ampliando seu caráter simbólico. O grupo de estudos Devaneios Experimentais e Poéticas Imaginativas, vinculado ao Grupo de Pesquisa CNPq Representações: Imaginário e Tecnologia (RITe), completa 5 anos promovendo espaço para reflexões, debates e produção material em torno dos temas do imaginário, representações e tecnologia, envolvidos em bibliografia teórica e literária. 

Mediador: Jéssica Carvalho Silva

Debatedor: Ivo Giroto 

Local:  Atelier de Escultura e Pesquisa da Forma Caetano Fraccaroli

APRESENTAÇÕES

• COLETA DA BASE TERMINOLÓGICA DA PLATAFORMA ARQUIGRAFIA PARA CONSTRUÇÃO DE UM SISTEMA DE ORGANIZAÇÃO DO CONHECIMENTO (SOC) A PARTIR DA INDEXAÇÃO SOCIAL
  Carlos Eduardo Santos Moreira da Silva

• NEGAÇÃO DA PRESENÇA ANIMAL NA CIDADE: ENSAIANDO UMA CONSTELAÇÃO DE IMAGENS
  Carolina Ribeiro Simon

• METÁFORAS ARQUITETÔNICAS E EXPERIÊNCIAS DE CRESCIMENTO CONTÍNUO: UMA INVESTIGAÇÃO A PARTIR DA HISTÓRIA E DA TECNOLOGIA DA ARQUITETURA E DO URBANISMO
  Henrique Figueiredo Correa

• LA MÚSICA: ¿LENGUAJE O MANUAJE? REFLEXIONES A PROPÓSITO DE UN PIANO Y UNA MÁQUINA DE ESCRIBIR
  Mauricio Arnoldo Cárcamo Pino; Edgardo Canton Aguirre; Diego Vallejos Oberg; Ivan Méndez Olivares; Belén Galeano

(20 vagas)

Local:  Atelier de Escultura e Pesquisa da Forma Caetano Fraccaroli

Segundo a torre da praça do relógio da USP — cujos relevos simbolizam a arte e a ciência interligadas — a arquitetura se inscreve no “mundo da fantasia”, junto com a poesia, as ciências sociais, as ciências econômicas, dança, música, teatro e filosofia. Tudo isso se encontra gravado em alto e baixo relevo em dois blocos de concreto de 50 por 10 metros, desenhados pela professora da FAU Elisabeth Nobiling e inaugurados em 1973. Um segundo relógio monumental, este solar, foi erigido em 1985, projetado pelo escultor e também profesor da FAU Caetano Fraccaroli. 

Ambos os relógios são prévios à massificação própria do digital. Hoje a virtualidade se impõe como a nova fantasia contemporânea — uma fantasia midiática e abstraída, via de regra projetada em telas luminosas, mas sempre referenciada na realidade física como fundo inevitável.

Nesse contexto, a oficina convida os participantes para o exercício especulativo de ensaiar posibilidades para um terceiro relógio. Como este monumento acompanharia as mudanças da nossa relação com o tempo? Qual seria o objeto de sua medida: o tempo ancestral desenhado pelo sol no chão, o tempo analógico representado pelo movimento circular dos ponteiros, ou um terceiro? Aproveitando-se do testemunho de parte do pensamento de Fraccaroli materializado em seus modelos e ensaios, nos colocaremos a experimentar diretamente com modelos e desenhos, mas abandonando totalmente a linguagem. Requisito para essa realização é livrar-nos totalmente da palavra, dita ou escrita, enquanto desenhamos e negociamos, em conjunto, especulações formais feitas com as mãos que atendam a essa provocação.