Histórico do Grupo (Draft)

Histórico do Grupo (Draft)

Em primeiro lugar, gostaríamos de agradecemos ao Caio Albuquerque, do Setor de Comunicações da ESALQ, por seu interesse em nos entrevistar. Essa oportunidade de expor o nosso trabalho inclusive motivou positivamente algumas reuniões da equipe, na intenção de melhorar os nossos sites e de repensar o que estamos fazendo.

Falei para ele que eu não poderia ir sozinho a gravar essa entrevista por que todas nossas atividades são desempenhadas em equipe, da forma o mais horizontal possível, a ideia da gestão Y de Douglas Mc Gregor. Quase todos os dias aprendemos com nossos estagiários, eles rapidamente se tornam nossos professores, por exemplo de Python, a principal linguagem da IA atual, ou de Julia, tal vez a sucessora. A coordenação dos projetos sempre acontece em parceria com a Professa Elisabete do CENA/USP ou o Professor Antônio do LES/ESALQ/USP.

Podemos falar que as áreas de IA-CD e RA nos mantiveram ocupados e divertidos durante a Pandemia. Estivemos praticamente dois anos no mesmo lugar, mas com a cabeça interagindo com conteúdo e pessoas, de vários países e organizações.

Sem dúvidas estamos evoluindo, com nossas potencialidades e limitações. Conseguimos resolver problemas práticos, com boas soluções, seguramente não muito boas ou excelentes. Não paramos de estudar e, a cada dia, estamos um pouco melhor do ponto de vista técnico-cientifico. Temos uma instância perene para estudos avançados que se reúne todas as semanas. Nela, diferente de nossas disciplinas (8), treinamentos (9) e workshops, focamos em hiper inovação (disruptiva ou radical), não nos preocupamos com didática. Todas as atividades são abertas à população e gratuitas. Neste momento, todas as instancias estão ativas, exceto as disciplinas que começam em 14 de março de 2022.

Convidamos a quem queira se desenvolver nestas áreas a trabalhar, estudar e se divertir nos divertirmos. Com certeza, estamos conseguindo resolver alguns problemas da sociedade. Ainda que, talvez precariamente. Mas, estamos nos aperfeiçoado e achamos que o potencial é grande.

Como começamos a trabalhar com IA? Foi uma pergunta do Caio.

Trabalhamos com ciência de dados em parceria com a Professora Elisabete do CENA há 30 anos, ela foi minha orientadora de doutorado, e seu laboratório financiou minha especialização em Certificação Internacional da Qualidade, publicamos vários trabalhos, aprovamos grandes projetos, fundamos o Núcleo de Inovação Tecnológica Qualidade e Metrologia na Agropecuária USP e CNPq, um Centro Colaborativo em Defesa Agropecuária do CENA-ESALQ-EMBRAPA-MAPA e CNPq, agora é minha parceira e amiga. Com ela temos parceria com a Agência Internacional de Energia Atómica ou Atômica (AIEA), onde trabalha Peter, nosso amigo e coach em Certificação Internacional da Qualidade para Laboratórios (ISO 17.025, 35 etc.) e Instalações Nucleares (há mais de 25 anos), ele auditou Fukushima e Complexo de Iran, por exemplo, até a pandemia ele vinha todos os anos nos orientar no CENA. Elisabete é coordenadora de um centro satélite da UNESCO, para segurança alimentar e do alimento, também realizamos trabalhos nessa instancia, ela participa de várias organizações mundiais e de metrologia (como a mais importante o Metro de Paris) energia atômica com fins pacíficos, seu ponto de vista critico e globalizado nos ajuda a evoluir profissionalmente.

Com a nossa equipe do CENA estamos nos desenvolvendo, de forma pioneira nas áreas de IA-CD e RA, auto aprendendo, fazendo cursos (principalmente no ICMC/USP), disciplina de Machine Learning com o Professor Rafael da Irlanda no LCE/ESALQ. “Brigamos” o tempo todo com revisores de artigos, quebramos cabeça com a Professora, Yuniel (seu orientado de doutorado), Robson (nosso estagiário e professor de Python e robótica aplicada) e Gustavo (nosso orientado de doutorado, no PPGI-EA se especializando em bioestatística e SAS, agora interagindo com autoridades para fazer um sanduíche em Harvard). Depois de muita luta estamos conseguindo resultados, ganhamos um prêmio em 2019 com um trabalho utilizado Machine Learnig, publicamos na Food Chemistry (impacto 7,5) em 2020, iniciamos a publicação de artigos em 2021 e 2022, os dois aceitos numa revista exclusivamente de IA e ML, com altíssimo senso crítico, pelo menos para nosso nível.

Com o Prof. Antônio começamos a trabalhar em parceria, ele com inteligência qualitativa e eu quantitativa, há cerca de 11 anos ou mais, desde essa época estamos tentando fundar o Departamento de Ciências Humanas da ESALQ. Conversamos sobre tecnologias digitais há mais de 37 anos, desde o IBM 1130, programando em Fortran, do Departamento de Ciências Exatas, que não tinha teclado, e do TK85, nosso primeiro computador pessoal, que ligávamos na TV branco e preta para ter imagem e gravávamos os programas em fita cassete. Programávamos em Basic, eu mostrava para ele meus primeiros programas para meu mestrado em Estatística, simples, mas já nessa época se mostrando muito poderosos.

Estávamos na era dos dinossauros digitais. Despois surgiu o Apple com um drive, o PC com dois drives e finalmente o XT com um drive e disco rígido, tive oportunidade de vivenciar todas essas etapas quando era analista de sistemas do CIAGRI/USP (durante seis anos), antes de ser professor das Ciências Exatas.

Uns 6 anos atrás, tomávamos um café toda semana com o Professor Antônio Almeida do LES, sempre com algum orientado dele ou meu, no LCE ou LES, para conversar sobre IA e seu impacto no mundo. Isso nunca se interrompeu e continua agora, só que com maior intensidade. Agora temos várias reuniões de trabalho por semana, vários artigos em elaboração e duas disciplinas de PG em parceria.

Por outro lado, sem nenhuma conexão chegou uma demanda do CENA, cada semana surgiam dezenas de trabalhos no mundo utilizando IA, a Professora Elisabete ficava no meu pé todas as semanas e fez um dossiê com trabalhos em nossa área de atuação utilizando IA. Como falei, trabalho com o CENA há muito tempo, desde 1987, a época em que o diretor era o Prof. Fritz. Nessa época, eu não era professor e trabalhava como analista de sistemas do CIAGRI/USP, chefiava o Setor de Apoio à Pesquisa que, 36 anos atrás, analisava praticamente todos os dados da ESALQ e CENA.

Falei para o pessoal do CENA que não entraria nessa área, que já trabalhava com Ciência de Dados e Sistemas de Gestão, áreas muito amplas. Mas a cobrança continuava, comecei a ver vídeos, apostilas, artigos em pdfs, comprei alguns livros e comecei a experimentar. Consegui alguns resultados. Um aluno de doutorado do CENA, Yuniel, químico nuclear de Cuba, orientando da Professora Elisabete, também se interessou e começamos a resolver problemas, hibridando estatística multivariada com IA. Essa área da Estatística já tinha estudado com meu orientador de mestrado no Departamento de Ciências Exatas, Cassio Roberto de Melo Godoy, desde 1985. Nessa época, programávamos algoritmos que até hoje são sofisticados como o Sweep do SAS, fazíamos o que hoje é conhecido como IA dedutiva, ainda a utilizamos em robôs, junto a IA dedutiva, mais sofisticada.

Começou a dar certo, publicamos artigos, ganhamos um prêmio na Europa, num evento da editora Elsevier, pela apresentação de um trabalho sobre rastreabilidade química de carne por bioma no Brasil, utilizando machine learning, trabalho apresentado pela Professora Elisabete em 2019.

A coisa começou a fluir, percebemos que IA é a imitação de nossa forma de pensar e resolver problemas, de uma forma simplificada, mas contando com a velocidade e capacidade de armazenamento das máquinas modernas que evoluem constantemente. Um computador quântico faz em três minutos o que o computador mais moderno convencional (Sicamore) realizaria em 10.000 anos. Ainda são esses que o mundo utiliza no dia a dia, os quânticos deverão entrar aos poucos, não é evolução é revolução. Se já conseguimos resolver problemas de forma surpreendente com os convencionais imaginem o que faremos com os quânticos.

Nossas conversas com o Professor Antônio se converteram em workshops de trabalho. Elaborando artigos, modificando programas de disciplinas. Hoje temos 9 disciplinas que abordam esses assuntos, 5 na graduação e 4 na pós-graduação.

As duas últimas que criamos, em parceria com o Professor Antonio, foram IA e CD para PPGI-EA e Research Methodology para a pós-graduação conjunta ESALQ-Faculdade de Agronomia da China. Já desenvolvemos e estamos desenvolvendo robôs, de gestão, para ensino de física quântica e relativística, para reciclagem de resíduos sólidos, implantação, monitoramento e distribuição de energia elétrica de fazendas eólicas, granjas solares e mareomotrizes, implantação de sistemas de gestão com os princípios da Sociedade 5.0, Sistema Toyota 4.0 (Porsche e M. Benz), normas ISO e Blockchain, gerenciamento de espaços públicos, ataque à Dengue, Chicung e Zicavirus e Gestao de Qualidade de Vida, Epidemias e Pandemias em Organizações, mineração de texto e processamento de linguagem natural (PLN), monitoração de politicas publicas para fomento da agricultura familiar, benchmarking para gestão ecológica-multifuncional de fazendas.

O Professor Antônio lidera nossos estudos de impactos socioeconômicos, ambientais, na qualidade de vida, mercado de trabalho, gerenciamento da Pandemia, media ecology, psicologia organizacional, evolução da comunicação, text mining e todas as instancias de inteligência qualitativa, também colaborando na inteligência quantitativa.

Agora temos vários artigos, em revistas de alto impacto, na AL, USA e Europa. Ultimamente estamos publicando numa revista exclusivamente de IA e Machine Learning da Universidade de Cincinnati e Harvard, uma orientação e coautoria da Profa. Elisabete.

Um orientando do Professor Antônio, da Professora Elisabete, e agora, meu orientando de doutorado do PPGI-EA, Gustavo, está indo para o projeto Shine da Saúde Pública de Harvard, para trabalhar com RA, IA e CD.

Vemos o tempo todo surgirem pessoas com habilidades espetaculares para essas áreas, como o Robson, aluno das Ciências Econômicas, que é orientado da Professora Elisabete e meu. Mas, sobretudo, ele é também nosso professor e especialista de Python, trabalha no desenvolvimento de nossos robôs, implementa bancos de dados SQL para armazenar dados do LRi/CENA e um robô em Python para recuperar informação.

Com o Robson, já elaboramos um protótipo funcional de robô de inteligência artificial dedutiva para ensino de física quântica e relativística (agora, com a colaboração de um físico, o Prof. Tadeu da UNESP, meu colega e amigo do doutorado no CENA), agora estamos desenvolvendo um robô para detecção de risco de dengue, utilizando IA dedutiva e indutiva. Atualmente, dominamos todas as etapas, análise, projeto, prototipação e codificação de robôs. Tínhamos uma experiencia anterior com todos os passos, menos a codificação com um robô de gestão desenvolvido por uma orientada de pós-graduação profissionalizante para uma empresa de petróleo, que melhorou a eficácia dos processos de gestão em mais de 250%, a codificação foi terceirizada.

Temos vários outros projetos como utilização de IA, CD e RA para implantação de conceitos de Sociedade 5.0, como Sistema Toyota de Gestão 4.0 (Porsche e M. Benz) e Blockchain. Esse projeto é do Bruno, aluno de Ciências Econômicas da ESALQ, proficiente em japonês, interagindo com a sociedade nipônica. Temos aproximadamente 30 anos de experiencia em sistemas de gestão, por exemplo junto à Biblioteca Central da ESALQ e a Viação Piracicabana. O trabalho do Bruno é uma continuação desses trabalhos de longo prazo onde aplicamos Sistema Toyota de Gestão, BSC, PNQ, ISO 9.001 e 14.001.

Guilherme, aluno de mestrado em Genética da ESALQ, tem super habilidades em R e Python, a única pessoa que conheço que utiliza Julia, tal vez a linguagem que superará o Python para IA-CD e RA, já fizemos dois artigos com ele, sobre Covid e Evolução da Comunicação, estudo baseado nos filmes que ganharam Oscar nos últimos 64 anos, orientado pelo Prof. Antônio. Agora estamos aumentando a abrangência desse trabalho, analisando também os filmes que foram sucesso de bilheteria, doutorado de Fernanda, jornalista, na FFLCH, orientada do Prof. Antônio. Claudia também jornalista e orientada do Prof. Antônio na FFLCH está nos ajudando a desenvolver as áreas de mineração de texto e processamento de linguagem natural.

Com Gabriela, engenheira agrônoma da ESALQ, minha orientada de mestrado e, agora, de doutorado no PPGI-EA, aplicamos IA na analise de Gestão Ecológica de Fazendas no Brasil ela, simultaneamente com Gabriel, Economista da ESALQ, meu orientado de mestrado em estatística e IA (estudando fraudes em cartão de credito), agora aluno de doutorado da Saúde Publica e Medicina da USP, permitiram que quebrássemos o paradigma de trabalharmos com dados próprios. Buscamos base de dados na Internet e os utilizamos nos dois mestrados, agora no doutorado.

Nossa penúltima publicação, já de 2022, também é fruto da utilização de dados públicos do Kaggle (Google) sobre rastreabilidade de café arábica. Estamos respondendo questionamentos dos revisores da revista de IA e Machine Learning de USA que, cada vez estão mais exigentes, e dessa forma nos ajudam a crescer. Quanto mais exigente é o revisor, com certeza será maior nosso salto evolutivo.

No momento estamos conduzindo três instancias de aprendizado de IA – CD e RA durante o verão, o treinamento numero 2 de 9 nessas áreas, de seis horas cada um, oferecidos os sábados pela tarde, planejamos oferecer uma por mês ate novembro deste ano. Também uma instancia denominada encontros, todas as terças e quintas do verão das 21 Às 22:30. Nessas atividades temos alunos de graduação e pós da ESALQ e CENA, nas também estudantes da medicina, saúde pública, FEA da USP, de outras universidades como Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha, de outros países como uma engenheira de produção (Mirta) que trabalha a muito tempo com o Sistema de Gestão Seis Sigma em empresa de energia da Patagonia, minha terra. Essa empresa trabalha com energia eólica, hidrogênio, lítio e petróleo. Também participa a Prof. Lilian e seus alunos de uma faculdade de medicina da AR.

A terceira instancia de treinamento durante o verão é o Grupo de Estudos Avançados nas áreas envolvidas. Nos reunimos às quartas feiras, das 20 às 22 horas. Todas as disciplinas e outras instancias de treinamento tem como premissa a didática, o ensino passo a passo, a evolução gradual, nesta última instancia a premissa é a inovação, a busca pela fronteira da ciência e tecnologia em nossas áreas, então não nos preocupamos com didática.

A partir deste semestre, começaremos a oferecer disciplinas, cursos extracurriculares e parcerias em IA-CD e RA em parceria com o Prof. Cristian do LCE, especialista em R e com forte base estatística e matemática, graduado em Estatística no Chile, com Mestrado e Doutorado no IME/USP, sem duvida nos ajudara muito no processo evolutivo. Já recebemos contribuições de outros professores do LCE como Sonia, Tadeu, Renata, Taciana, Reginaldo e Idemauro.

Grandes insights recebemos do Professor Rafael, biólogo da ESALQ, mestre e doutor em estatística pelo LCE, hoje professor na Irlanda. Ele oferece uma disciplina de Machine Learnig (IA Indutiva) todo ano para nosso doutorado, de alto nível teórico prático.

Tivemos a oportunidade de realizar 15 minicursos e 5 worshops no ICMC/USP, financiados pelo laboratório LRi/CENA, que também nos ajudaram a progredir. Esse laboratório, agora, nos patrocina para realizarmos dezenas de cursos on line.

Temos espaço para todas as pessoas que se interessem em compor o grupo com a gente. As áreas de trabalho recebem inovações constantes e profundas e não conseguiremos acompanhar essa evolução com uma equipe pequena.