A Universidade Federal de Itajubá- UNIFEI, fundada em 23 de novembro de 1913, com o nome de Instituto Eletrotécnico e Mecânico de Itajubá- IEMI, por iniciativa pessoal do advogado Theodomiro Carneiro Santiago, foi a décima Escola de Engenharia a se instalar no país.
Desde logo o IEMI se destacou na formação de profissionais especializados em sistemas energéticos, notadamente em geração, transmissão e distribuição de energia elétrica.
O então instituto foi reconhecido oficialmente pelo Governo Federal em 05 de janeiro de 1917. O curso tinha, inicialmente, a duração de três anos, tendo passado para quatro anos em 1923. Em 1936 ele foi reformulado e equiparado ao da Escola Politécnica do Rio de Janeiro, mudando o seu nome para Instituto Eletrotécnico de Itajubá-IEI em 15 de março daquele mesmo ano. Em 30 de janeiro de 56 o IEI foi federalizado.
Sua denominação foi alterada em 16 de abril de 1968 para Escola Federal de Engenharia de Itajubá - EFEI, demonstrando enorme competência e adquirindo grande renome nas áreas de Engenharia Elétrica e de Engenharia Mecânica, com destaque especial para as ênfases de Eletrotécnica e Mecânica Plena.
Em 1968 ela iniciou seus cursos de pós-graduação, com mestrados em Engenharia Elétrica, Mecânica e Biomédica. Em resposta à evolução da tecnologia e à expansão das novas áreas contempladas pela Engenharia, em 1980 a UNIFEI ampliou a sua formação, passando a incluir as ênfases de Produção, no curso de Engenharia Mecânica, e a de Eletrônica, no de Engenharia Elétrica.
Dando prosseguimento à política de expansão de formação de profissionais da área tecnológica, a instituição iniciou ações para se transformar em Universidade Especializada na área Tecnológica, modalidade acadêmica prevista na nova Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional - LDB. Esta meta começou a se concretizar a partir de 1998 com a expansão dos cursos de graduação ao dar um salto de dois para nove cursos, através da aprovação de sete novos com a devida autorização do Conselho Nacional de Educação - CNE. Posteriormente, foram implantados outros dois cursos de graduação - Física Bacharelado e Física Licenciatura.
A concretização do projeto de transformação em Universidade deu-se em 24 de abril de 2002, através da lei n° 10.435, sancionada pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso.
No ano de 2006 iniciou-se o processo para a criação de um Campus avançado da UNIFEI na cidade de Itabira-MG, o qual se tornou uma realidade, estando o mesmo em pleno funcionamento desde 2008.
A UNIFEI conta com 96% de seus docentes em regime de trabalho de tempo integral com dedicação exclusiva, com um percentual acima de 93% possuindo Pós-Graduação em nível de Mestrado e Doutorado, esta última acima de 60%.
Cabe enfatizar que o CESE está sob a responsabilidade do Instituto de Sistemas Elétricos e Energia - ISEE, o qual possui mais de 90% de doutores em seu atual quadro de professores.
Muitos dos professores do quadro de pós-graduação possuem reconhecimento em universidades no Brasil e no exterior, sendo constantemente convidados para atuarem como professores e pesquisadores visitantes, coordenadores de seções técnicas em conferências nacionais e internacionais, etc.
O Curso de Especialização em Sistemas Elétricos teve início através de Convênio firmado entre UNIFEI e a ELETROBRÁS. Este Convênio se deveu ao reconhecimento do padrão de qualidade no ensino de Sistemas Elétricos de Potência, na UNIFEI, que desde então vem qualificando especialistas para empresas do setor, nacionais e de outros países sul-americanos. A partir de 1997, a Eletrobrás não mais atuou junto às empresas no intuito de fazer propaganda e inserir os alunos no curso. Esta tarefa coube à FUPAI que vem desde então, junto com o coordenador do curso.
O programa do curso oferece dez (10) módulos de 40 horas, totalizando 400 horas de carga horária, construindo o conhecimento através de uma sequência lógica e bastante didática:
(i) Assuntos que formam a base do conhecimento para qualquer engenheiro da área: o ensino de ferramentas matemáticas e computacionais, através do uso de modernas técnicas de simulação mostrando o comportamento de redes elétricas frente aos distúrbios que podem nelas ocorrer.
(ii) Ampla e detalhada visão dos diversos ferramentais de análises elétricas, focando os vários equipamentos e dispositivos de modernas tecnologias existentes.
(iii) As filosofias de aplicação (clássicas e modernas) das diversas funções das diferentes áreas de um sistema de potência, sejam elas: Geração (máquinas rotativas), Transmissão (linhas áreas e subterrâneas, subestações, transformadores, compensadores, barramentos, etc.), Distribuição (alimentadores, cogeração) e Carga (motores, compensadores, outros). O curso oferece a oportunidade aos participantes de conhecerem o que de mais atual vem acontecendo na área em termos de aplicações computacionais em tempo real; novos algoritmos; novas ferramentas matemáticas, etc.