Olá, aluno(a)! Você já percebeu e entendeu que a tecnologia está cada vez mais presente na vida das pessoas e nas empresas. Na lição anterior, falamos que estamos vivendo um crescimento de dados e acúmulo de informações que ocorrem rapidamente em quantidades absurdas e em várias mídias. Mas como organizar todos esses dados gerados nas empresas, sabendo que são preciosos e caros para elas? Por meio de uma organização robusta, ou seja, é preciso que as empresas invistam em um datacenter, em que as equipes de Tecnologia da Informação (TI) fazem o armazenamento e o gerenciamento dos diversos sistemas e das informações das empresas. Dessa forma, o objetivo desta lição é estudar o que é um datacenter bem como seu funcionamento e os benefícios que garante para as empresas.
Nesse momento, convido-o(a) a pensar no seguinte questionamento: por que os datacenters são importantes para a empresa? Para responder a esse questionamento, pensaremos no mundo da tecnologia e na quantidade de informações que são geradas no dia a dia das empresas e em como organizar tudo.
Os dados gerados valem ouro para as empresas e, por isso, é necessário que elas invistam em um datacenter para o armazenamento e o gerenciamento dos diversos sistemas usados por elas e das informações que são geradas diariamente. Os datacenters são usados e criados nas empresas para oferecer suporte a aplicativos e atividades diárias de negócios, que incluem: (I) e-mail e compartilhamento de arquivos; (II) aplicativos de produtividade diários; (III) ferramentas de gestão do relacionamento com o cliente (CRM); (IV) sistemas de gestão empresarial (ERP); (V) sistemas de banco de dados; (VI) big data, inteligência artificial e aprendizado de máquina; e (VII) desktops virtuais, comunicações e serviços de colaboração.
Dessa forma, o uso de datacenters é essencial e importante para as empresas manterem seus sistemas com alta taxa de disponibilidade, como: serviços de pagamentos online, transações bancárias, sistemas de gestão empresarial e de vendas online ou físicas, entre outros que são usados pelas empresas no seu negócio.
Para o case desta lição, pensaremos no consumo de energia elétrica. Os datacenters são considerados grandes consumidores de energia elétrica, e a tendência é que a demanda por eles aumente ainda mais, pois o crescimento de dados e acúmulo de informações ocorrem rapidamente em quantidades absurdas e em várias mídias bem como o uso da Internet e os serviços associados à computação em nuvem. Considerando esse contexto, muitas empresas e seus gestores de Tecnologia da Informação (TI) passaram a considerar, prioritariamente, a eficiência de um datacenter. Além disso, ao pensar e projetar, as empresas querem obter melhor eficiência operacional, adequação ou modernização de seus equipamentos e de sua infraestrutura de TI.
Mas e quanto à economia do consumo de energia? São muitas as vantagens e os benefícios que se tem com a economia do consumo de energia, e muitas estão relacionadas com a redução de investimentos em projetos elétricos e de climatização, com a diminuição dos custos operacionais e com a mitigação de danos ambientais, que muitas empresas são obrigadas a implantar.
Mas como identificar, analisar e comparar o uso da energia elétrica dos datacenters, para promover o uso eficiente da energia consumida por seu datacenter, sem causar prejuízos à disponibilidade e ao seu desempenho atual? O primeiro passo para que um datacenter seja energeticamente eficiente, que apresente custos operacionais mais baixos e menor impacto ambiental durante a sua operação, é necessário realizar análise e pesquisa documental, monitoramentos, medições e registros do datacenter atual. Após esse levantamento detalhado do consumo de energia elétrica do datacenter, deve-se projetar mudanças, considerando aspectos referentes à sua eficiência energética, sendo possível apresentar recomendações baseadas em instruções normativas e apontar melhorias que podem ser usadas para o uso eficiente de energia elétrica no datacenter, sem causar prejuízos à sua disponibilidade e ao seu desempenho.
Os datacenters são conhecidos, também, como Centro de Processamento de Dados (CPD), e, de acordo com Mariano et al. (2020, p. 91), eles são
[...] ambientes especialmente projetados para alocação de componentes eletrônicos de alto desempenho, como servidores, roteadores, redes de área de armazenamento, etc., cuja principal função consiste em fornecer um ambiente altamente controlado para processamento e armazenamento de dados.
Para Silva, Barbosa e Junior (2018), um datacenter é o local destinado ao armazenamento e ao funcionamento de equipamentos para o processamento de dados a serviço de uma ou mais empresas.
A função dos equipamentos instalados em um datacenter é processar, de maneira adequada, o grande número de dados de forma ininterrupta e segura. Desse modo, para funcionarem com segurança, é comum os datacenters terem geradores, sistemas anti-incêndios e pisos elevados contra inundações, além do acesso restrito ao local onde ficam guardados (SILVA; BARBOSA; JUNIOR, 2018).
A estrutura de um datacenter deve permitir o acesso aos dados processados, ou seja, possuir uma infraestrutura de rede para conexão à internet adequada, além de um rigoroso projeto estrutural para responder a questões, como: quantos servidores devem ser configurados, quais conexões devem ser utilizadas, quais switches, roteadores e no-breaks deverão ser instalados, implementação de sistemas de backup para prevenção de perda de dados etc. (SILVA; BARBOSA; JUNIOR, 2018).
Quem trabalha com essa estrutura do datacenter, pensando e implementando, são os profissionais de Tecnologia da Informação (TI), que são contratados exclusivamente para essa finalidade dentro do datacenter (SILVA; BARBOSA; JUNIOR, 2018).
Para Mariano et al. (2020), os datacenters são conhecidos como CPDs, e a tendência atual é diminuir as atribuições desses CPDs, deslocando-as para as áreas de digitação e operação dos sistemas (usuários) e para a automação dos sistemas operacionais e de apoio, cujas funções são: backups automáticos, recuperação dinâmica de erros, mensagens de alerta, recuperação automática de falhas e sinalização dirigida para estações de monitoramento, entre outras.
Quem trabalha com essa estrutura do datacenter, pensando e implementando, são os profissionais de Tecnologia da Informação (TI), que são contratados exclusivamente para essa finalidade dentro do datacenter (SILVA; BARBOSA; JUNIOR, 2018).
Para Mariano et al. (2020), os datacenters são conhecidos como CPDs, e a tendência atual é diminuir as atribuições desses CPDs, deslocando-as para as áreas de digitação e operação dos sistemas (usuários) e para a automação dos sistemas operacionais e de apoio, cujas funções são: backups automáticos, recuperação dinâmica de erros, mensagens de alerta, recuperação automática de falhas e sinalização dirigida para estações de monitoramento, entre outras.
Atualmente, muitas empresas contratam serviços de cloud computing junto a empresas especializadas, com o intuito de se livrar das operações com equipamentos e da manutenção de sistemas operacionais e de bancos de dados. Mas por quê? Porque as empresas têm tudo o que precisam com apenas acesso à internet de forma confiável e rápida.
No mercado, existem várias empresas que oferecem serviços de cloud computing com alta qualidade e níveis de serviços adequados à grande maioria de empresas (MARIANO et al., 2020). Com isso, muitas tarefas de operação são substituídas pelas tarefas de acompanhamento de níveis de serviços e de gestão de contrato de fornecimento desses serviços (SILVA; BARBOSA; JUNIOR, 2018).
Para muitas empresas, uma solução menos radical que o cloud computing é o uso de locação de datacenters. Essa locação poderá ser para colocar espaço no próprio servidor ou locação de toda a infraestrutura, ficando a cargo da locatária apenas carregar seus sistemas nos computadores dos datacenters (SILVA; BARBOSA; JUNIOR, 2018).
Falaremos, agora, sobre a computação em nuvem pública que surgiu com o objetivo de oferecer serviços sob demanda, distribuindo recursos computacionais por meio de datacenters compartilhados. O uso da nuvem pública permite que diversas soluções e serviços específicos sejam implementados e administrados pela empresa. Além disso, possibilita a alocação e a realocação, de forma imediata, sem preocupação e esforço técnico por parte das empresas contratantes (SILVA et al., 2020).
Em uma infraestrutura própria, por exemplo, em um período de grande demanda ou fora de atividade normal, no entanto, o hardware de um datacenter pode não atender aos requisitos técnicos necessários para o processamento, o que pode levar ao gargalo. Essa situação faz com que a empresa precise adquirir hardware mais atualizados ou mais potentes para dar vazão às necessidades. Mas, às vezes, após isso, o hardware passa a ficar sem utilidade e com níveis baixos de uso, sendo utilizado de forma parcial, causando o desperdício de recursos computacionais (SILVA et al., 2020).
Quando a empresa utiliza a nuvem e ocorre aumento na demanda, isso é resolvido com upgrade de recursos, ou seja, paga-se somente o custo relativo ao uso no período necessário e, após a normalização da demanda, os recursos podem ser revertidos imediatamente, reduzindo esse custo (SILVA et al., 2020). Silva et al. (2020, p. 104) dizem que:
A infraestrutura e a capacidade de processamento e armazenamento baseados em nuvem pública são virtualizados e hospedados a partir do hardware do fornecedor, em um datacenter ou em vários. Estes podem estar distribuídos em regiões distintas e agrupados por software de gerenciamento e automação, sendo transmitidos ao cliente pela internet ou por meio de conexão de rede dedicada. Essa estrutura é invisível e, por mais complexa que seja, oferece a visão, para o cliente, de uma infraestrutura única. Em outras palavras, na maioria dos casos, o provedor dispõe de vários datacenters geograficamente distantes, mas agrupados de alguma forma. Porém, isso não afeta a empresa contratante em relação à entrega final. A nuvem pública não somente se aplica ao armazenamento de dados, mas também à execução de máquinas virtuais, suportando todos os serviços necessários: desenvolvimento de aplicativos web ou móveis, administração de banco de dados, serviços de segurança e uma infinidade de outros serviços tecnológicos que compõem a operação de um datacenter.
Em relação ao custo, em função dos recursos dinâmicos e do compartilhamento da infraestrutura entre vários clientes, a nuvem pública garante menor custo de aquisição e de manutenção dos servidores e dos datacenters que hospedam os serviços. A seguir, vejamos os tipos de nuvens privadas.
Atualmente, os principais provedores de nuvem pública conhecidos são: Amazon, IBM e Google.
Para finalizar nossa lição e para você fixar bem o conteúdo sobre gestão de datacenter, pensemos no seguinte cenário: imagine que você faz parte de uma equipe de desenvolvedores que precisa de um servidor para iniciar o desenvolvimento de uma nova tecnologia para contornar um problema crítico de negócio da empresa. O hardware do datacenter que a empresa dispõe é obsoleto. O que você poderia fazer? Veja algumas ideias:
Criar um novo servidor físico demoraria horas, incluindo a instalação do sistema e a configuração do software, e o hardware novo precisa ser de acordo com a necessidade da nova tecnologia (que não foi descrita qual será).
Por ser uma nova tecnologia para contornar um problema crítico de negócio, o sistema deverá hospedar dados críticos, que não podem estar na nuvem pública.
Se a empresa contratar o serviço de um datacenter terceirizado, poderia resolver o problema do hardware disponível e do custo de investimento.
Se a empresa contratar um serviço de nuvem privada e hospedar no datacenter, ela poderá utilizar a ferramenta que melhor atenda ao gerenciamento da infraestrutura e à conformidade do ambiente e ao seu negócio.
Quais ideias você sugeriria para a equipe de desenvolvedores que você faz parte? Recomendo que você pesquise mais sobre datacenters e computação em nuvem no Google. Agora é com você!
MARIANO, D. C. B. et al. Infraestrutura de TI. Porto Alegre: Sagah, 2020.
SILVA, K. C. N.; BARBOSA, C.; JUNIOR, R. S. C. Sistemas de informações gerenciais. Porto Alegre: Sagah, 2018.
SILVA, F. R. da. et al. Cloud Computing. Porto Alegre: Grupo A, 2020.