Sobre a Pesquisa
Sobre a Pesquisa
A proposta visa desenvolver ou potencializar estratégias comunicacionais aliadas aos princípios da educação ambiental e da educomunicação socioambiental para combater a mudança climática nos territórios indígenas de Mato Grosso, estado que abriga 89 terras indígenas em 55 dos seus 142 municípios. Ao cooperar com as ações pontuais realizadas por comunicadores indígenas, este projeto possibilita sua ampliação com oficinas educomunicativas para o empoderamento do fazer-comunicacional, jornalístico e audiovisual. Assim como estes agentes utilizam as redes sociais para divulgar sua cultura e ancestralidade, também fazem uso para denunciar crimes ambientais nos três biomas mato-grossenses (Amazônia, Cerrado e Pantanal). Como referencial teórico-metodológico, a tríade Comunicação-Geografia-Educação embasa a proposta que busca compreender as relações de poder e de saber nos múltiplos territórios e múltiplas escalas de comunicação a partir dos fluxos e contrafluxos de informação e das redes estabelecidas, fazendo uma combinação de métodos e técnicas para a coleta do saber-fazer de suas práticas, tais como: mapa das mediações, análise documental e estudos comparados; questionários, entrevistas, bola de neve e oficinas. Localizados num lugar privilegiado, estes comunicadores atuam contra as mudanças climáticas e alertam a sociedade não-indígena para o seu descuido com o meio ambiente, fomentando redes de cuidado por meio de trocas de saberes com outros indígenas e os não-indígenas em combate aos efeitos climáticos. Os dados coletados poderão fortalecer a parceria com estes comunicadores para o enfrentamento das mudanças climáticas (ODS 13) em Mato Grosso e no país, assim como sua divulgação será feita em publicações científicas, periódicos, eventos e formato de notícias, reportagens, entrevistas e releases. O projeto está registrado sob o número 401509/2025-7.
Para a realização das expedições aos Territórios Indígenas de Mato Grosso, consideramos os Regionais da Federação dos Povos e Organizações Indígenas de Mato Grosso - Fepoimt. As ações serão desenvolvidas por meio de itinerários formativos que contemplam as seguintes temáticas: mudanças climáticas, justiça climática, educomunicação socioambiental, desinformação, cidadania, deslocamento, interculturalidade, heranças culturais, identidades e indígenas; ODS 13 e ODS 20. [crédito da imagem: site Fepoimt.]
A pesquisa é financiada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq, tendo sido selecionada por meio de edital de chamada universal para grupos emergentes (Faixa A).
Para as ações que visam o desenvolvimento social, político, cultural e econômico, o Estado de Mato Grosso organizou 12 regiões de planejamento, cada qual com sua cidade-polo. Essas cidades são as mesmas que integram as Regiões Imediatas e Intermediária da última divisão do IBGE (2017).
As cinco intermediárias em Mato Grosso - Barra do Garças, Cuiabá, Cáceres, Rondonópolis e Sinop - são também as imediatas, que se somam a 18:, formando redes: Cuiabá, Tangará da Serra e Diamantino; Barra do Garças, Confresa-Vila Rica e Água Boa; Cáceres, Pontes e Lacerda-Comodoro e Mirassol D’Oeste; Rondonópolis, Primavera do Leste e Jaciara; Sinop, Sorriso, Juína, Alta Floresta, Peixoto de Azevedo-Guarantã do Norte e Juara.
Os fluxos e contrafluxos de informação, de comunicação e de infraestrutura que perpassam os centros urbanos e são desencadeados nas regiões impactam diretamente os territórios indígenas.
A formação contempla a abordagem do Itinerário de Educomunicação Socioambiental, composto pela intersecção entre as oito temáticas da extensão universitária (estrela amarela), das áreas de intervenção da Educomunicação (tarja azul) e dos Ob jetivos de Desenvolvimento Sustentável (centro). As áreas de intervenção propiciam a realização de programas de gestão comunicativa, mediação, protagonismo e vivência holística (cosmovisão dos povos originários).