Os conceitos gestão e administração e a compreender o papel da gestão nas organizações;
A teoria dos 4 "Es" (eficiência, eficácia, efetividade e economicidade);
Alguns modelos de gestão;
Qual o papel do fisioterapeuta como gestor na saúde.
Boas-vindas à Gestão em Fisioterapia! Aqui abordaremos uma variedade de temas essenciais para a formação de um fisioterapeuta completo e competente que não apenas domina as habilidades clínicas, mas também entende e aplica conceitos de gestão, empreendedorismo e ética profissional.
Esta disciplina é de extrema importância para sua vida profissional como fisioterapeuta, pois irá capacitá-lo a gerir sua carreira de maneira estratégica e eficiente, além de ajudar a compreender as exigências do mercado de trabalho. A gestão é uma habilidade fundamental para qualquer profissional e na área da saúde ela se torna ainda mais relevante. Através da compreensão de conceitos e práticas de gestão, é possível potencializar o desenvolvimento da carreira, ampliar o leque de possibilidades profissionais e gerir com mais segurança e eficiência a sua clínica, consultório ou qualquer outra unidade de saúde em que esteja inserido.
Convido você a participar ativamente e a aproveitar a oportunidade de aprender sobre tópicos essenciais para a carreira de um fisioterapeuta de sucesso. Espero que essa abordagem abrangente ajude a motivar e prepará-lo(a) para enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades em sua futura carreira.
Neste capítulo, você terá a oportunidade de se aprofundar em conceitos fundamentais da gestão aplicados à área da fisioterapia. Começamos explorando a definição, destacando sua importância e utilidade no cotidiano profissional. Vamos juntos mergulhar no mundo da gestão em fisioterapia e aprender a potencializar nosso trabalho para oferecer sempre o melhor aos nossos pacientes?
A gestão e a administração são conceitos frequentemente usados de forma intercambiável, mas existem diferenças entre eles. A administração refere-se ao processo de planejamento, organização, direção e controle de recursos (humanos, financeiros, materiais) para atingir os objetivos da organização. Já a gestão envolve liderança, tomada de decisão e estratégia para guiar uma organização ou equipe em direção aos seus objetivos.
De acordo com Chiavenato, a administração é uma disciplina voltada para a eficiência e a eficácia, ou seja, a busca pela utilização mais adequada e economicidade dos recursos disponíveis para alcançar os resultados esperados. Já a gestão é uma disciplina voltada para a efetividade e a excelência, ou seja, a busca pela realização dos objetivos de forma eficaz, mas também agregando valor à organização e seus stakeholders.
Além disso, a administração é uma atividade mais técnica e operacional, enquanto a gestão envolve mais habilidades humanas, como liderança e comunicação. A administração é geralmente associada a tarefas rotineiras e procedimentos formais, enquanto a gestão envolve mais criatividade, inovação e adaptação às mudanças no ambiente externo.
O que são stakeholders? São as partes interessadas em uma empresa, projeto ou empreendimento. Isso inclui pessoas ou organizações que são afetadas ou afetam, direta ou indiretamente, a empresa ou projeto, como clientes, fornecedores, funcionários, acionistas, investidores, comunidade local, governo e outros grupos ou indivíduos relevantes. O envolvimento e a gestão eficaz dos stakeholders são importantes para o sucesso e a sustentabilidade de uma empresa ou projeto.
Em resumo, a gestão é um processo mais amplo e holístico que envolve planejamento estratégico, liderança, tomada de decisão e adaptação a mudanças, enquanto a administração é mais focada em tarefas e procedimentos operacionais.
Você deve estar se perguntando: mas, afinal de contas, quais são as diferenças entre eficiência, eficácia, efetividade e economicidade? Iremos elucidar cada uma dessas e fornecer alguns exemplos práticos de como isso ocorre.
A eficiência refere-se à realização adequada de tarefas e atividades, realizando o trabalho de acordo com o planejado. Isso significa que um profissional eficiente executa exatamente o que lhe foi solicitado, utilizando da melhor maneira possível os recursos disponíveis, como materiais, financeiros, tecnológicos, físicos e humanos. Por exemplo, um fisioterapeuta eficiente chega sempre no horário, segue as normas e procedimentos de trabalho, participa das reuniões, realiza suas anotações, interage com os clientes e desempenha suas funções conforme o esperado.
A eficácia, por sua vez, está relacionada com a obtenção de resultados. Todos os objetivos traçados e desejados são alcançados. Atende às expectativas do ambiente, não apenas aos objetivos da organização. Um resultado eficaz não se preocupa apenas com o que é feito, mas também como é feito. O foco não é apenas o método utilizado para alcançar o resultado, mas também as relações produzidas além da organização.
É importante ressaltar que eficiência não é subordinada à eficácia. É possível ser eficiente e não ser eficaz e vice-versa. A eficácia é uma conquista, resultado de um esforço maior. Por exemplo, um fisioterapeuta que realiza todos os procedimentos necessários, além de estabelecer ótimos relacionamentos com os clientes, gerando mudanças nas práticas cotidianas e envolvendo-os em mudanças de atitude, proporcionando sempre uma abordagem inovadora, pode ser considerado como gerador de resultados eficazes.
A efetividade está diretamente ligada à consistência de um propósito a ser alcançado. Profissionais e organizações devem ter uma compreensão clara dos objetivos a serem alcançados e direcionar seus esforços nessa direção. Mudanças frequentes de foco e objetivo podem causar desorganização na condução dos negócios. Portanto, cabe à alta direção, em conjunto com sua equipe, definir e comunicar claramente os objetivos a serem alcançados. Por exemplo, um gestor de uma instituição de saúde que comunica e promove a compreensão dos principais objetivos da organização para sua equipe pode garantir que todos trabalhem em direção a uma meta comum. É importante lembrar que a falta de consistência de propósito pode gerar insegurança entre os membros da organização.
Por fim, a economicidade sugere o conceito de economia, ou seja, gerenciamento de recursos de forma a evitar desperdícios ou uso inadequado. Isso significa cuidar e valorizar os recursos disponíveis e avaliar constantemente o custo-benefício. A consciência da economicidade orienta desde pequenas economias, como evitar gastos desnecessários, até decisões estratégicas, como definir rotas de visitas à comunidade ou alocar profissionais para atividades específicas. Por exemplo, na área da saúde, a economicidade é um fator crucial para a gestão eficiente, uma vez que é um setor caro e a incorporação de novas tecnologias nem sempre resulta em redução de custos, mas sim em aumento.
Os conceitos de eficiência, eficácia, efetividade e economicidade são fundamentais em todos os aspectos que envolvem um propósito organizacional. Tanto os profissionais responsáveis pelo desenvolvimento das atividades quanto a própria organização dependem dos 4 "Es" para alcançar seus objetivos. De fato, é possível afirmar que uma organização só consegue atingir seus reais objetivos quando realiza e incorpora os 4 "Es".
Para atuar como gestor na área da saúde, é importante manter como norteadores do trabalho essas quatro palavras: lembre-se sempre delas para alcançar uma gestão profissionalizada com mais facilidade.
Gerenciar implica governar pessoas e instituições, direcionando os colaboradores em direção à missão organizacional. A gestão é um processo dinâmico e contínuo que requer tomada de decisões constantes e adaptação às mudanças do ambiente interno e externo de uma organização e envolve a utilização de técnicas, ferramentas e práticas gerenciais que permitem a obtenção de resultados positivos e a maximização do desempenho organizacional.
O que são organizações? “São unidades sociais (ou agrupamentos humanos) intencionalmente construídas e reconstruídas, a fim de atingir objetivos específicos”, ou seja, são grupos de pessoas que trabalham juntas com objetivos específicos. As organizações são sistemas abertos, o que significa que estão em constante interação com o ambiente externo e precisam se adaptar continuamente para sobreviver.
É importante ressaltar que a gestão não se restringe apenas ao contexto empresarial, visto que as organizações podem ser lucrativas, não lucrativas, governamentais, privadas, não governamentais (ONGs), nacionais, multinacionais, mundiais etc. e variam quanto à propriedade, abrangência, ramo de atividade podendo ser empresas, hospitais, repartições públicas entre outros. Sendo assim, também pode ser aplicada em outras esferas como, por exemplo, a gestão pública, a gestão de projetos sociais e a gestão de organizações sem fins lucrativos.
Para garantir o sucesso de uma organização, é necessário que sejam realizadas diversas atividades de gestão, a saber:
É o processo de planejamento, execução e controle das finanças de uma organização, incluindo o gerenciamento de receitas, despesas, investimentos e fluxo de caixa. A gestão financeira visa garantir a sustentabilidade financeira da empresa e o cumprimento de suas obrigações legais e fiscais.
Envolve a seleção, treinamento, avaliação e motivação dos funcionários, bem como a criação de um ambiente de trabalho saudável e produtivo. Concentra-se no desenvolvimento de políticas e práticas para atrair, reter e motivar os funcionários.
Responsável por definir e executar estratégias que visam à conquista e fidelização de clientes, gerando receita e aumentando o valor da marca. É fundamental que esteja alinhada com os objetivos gerais da empresa, com uma visão clara do mercado em que atua e das tendências do setor.
Se concentra em planejar, executar e controlar as atividades necessárias dentro do prazo e orçamento estabelecidos, garantindo que os objetivos do projeto sejam alcançados.
Envolve a identificação, avaliação e gestão de riscos para uma organização, incluindo riscos operacionais, financeiros, de mercado e de reputação.
Visa otimizar os processos internos da organização, aumentando a eficiência e a qualidade dos produtos e serviços oferecidos. Ela envolve a identificação, documentação, análise, melhoria e monitoramento de processos para alcançar resultados melhores e mais consistentes.
Envolve a identificação e avaliação dos impactos ambientais das atividades da organização, a definição de objetivos e metas ambientais, a implementação de práticas de conservação e a redução de resíduos e emissões poluentes.
Também conhecida como Gestão de Negócios, é o tipo de gestão focado na administração de empresas. Envolve a tomada de decisões estratégicas, táticas e operacionais em relação a finanças, recursos humanos, produção e marketing.
Em resumo, a gestão é uma área de grande importância para uma organização, independentemente do seu tamanho ou área de atuação. As diferentes atividades de gestão apresentadas neste texto refletem a necessidade de adotar abordagens específicas para lidar com diferentes desafios e oportunidades.
Muitas vezes, soa estranho para muitas pessoas quando nos referimos ao setor da saúde como um negócio. Isso ocorre porque a saúde é considerada a essência da vida humana. No entanto, à medida que a sociedade evolui e a humanidade avança, fica claro que temos recursos escassos que precisam ser gerenciados adequadamente para atender a uma demanda crescente.
A dificuldade em perceber a saúde como um segmento de negócio também é explicada pela sua evolução histórica. É importante ressaltar que, quando nos referimos à saúde como um negócio, não estamos limitando a discussão apenas ao setor privado. Isso inclui todos os serviços públicos de saúde, pois todo negócio precisa de uma gestão adequada.
Isso é importante para que o sistema como um todo possa atender de forma justa a todas as partes envolvidas, incluindo clientes (pacientes), profissionais da saúde, fornecedores, parceiros, proprietários de estabelecimentos privados e todos os demais envolvidos.
Em resumo, a gestão em saúde é um tema complexo e pode ser realizada tanto pela esfera pública quanto pela privada, envolvendo diferentes abordagens que buscam garantir acesso, qualidade e eficiência nos serviços prestados à população. Abaixo, apresento alguns exemplos de gestão em saúde utilizados no Brasil:
Gestão Pública: voltada para a gestão de serviços e ações públicas de saúde, com foco no atendimento à população e na promoção da saúde coletiva:
É o sistema de saúde público do Brasil, criado pela Constituição Federal de 1988. O SUS tem como objetivo garantir acesso universal, integral e equânime à saúde para toda a população, independentemente de sua condição socioeconômica.
Transfere a responsabilidade da gestão dos serviços de saúde para os municípios ou estados, permitindo maior autonomia na tomada de decisões. Nesse modelo, as secretarias municipais ou estaduais de saúde são responsáveis por planejar, gerir e executar os serviços de saúde.
São entidades privadas sem fins lucrativos que recebem verbas públicas para gerenciar serviços de saúde, através de um contrato de gestão com o poder público. As OS são regidas por normas específicas e devem seguir critérios de qualidade e eficiência na prestação dos serviços.
Gestão Privada, voltada para a gestão de serviços e ações privadas de saúde, com foco no atendimento individualizado e na possibilidade de lucros:
São serviços privados que oferecem cobertura de assistência médica e hospitalar aos seus associados, mediante pagamento de uma mensalidade. Os planos de saúde são regulados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e devem seguir critérios de qualidade e eficiência na prestação dos serviços.
São empresas privadas que oferecem serviços de saúde especializados, como consultas médicas, exames laboratoriais, cirurgias e internações hospitalares. Essas empresas devem seguir critérios de qualidade e eficiência na prestação dos serviços e são reguladas pelos órgãos competentes.
São organizações formadas por profissionais da área da saúde tais como médicos, que se associam para oferecer serviços de saúde aos seus beneficiários. As cooperativas médicas têm como objetivo proporcionar a seus membros a possibilidade de atender pacientes com maior autonomia e flexibilidade na gestão dos serviços.
Toda organização precisa seguir algum tipo de modelo para se organizar e funcionar de maneira eficiente. No entanto, é comum sentir que os resultados não são satisfatórios, o que pode ser causado pela escolha inadequada do modelo de gestão.
Mas o que é um modelo de gestão? É um conjunto de estratégias que determina como as relações de trabalho serão organizadas. O objetivo é administrar os recursos organizacionais de forma a maximizar seu desempenho. Existem diferentes modelos de gestão que variam de acordo com a área de atuação, o tamanho e a complexidade da organização, bem como as estratégias e abordagens adotadas.
Apresentaremos aqui os principais modelos de gestão e suas características.
Gestão Autoritária: é caracterizada pela hierarquia. Nesse modelo, todas as decisões são tomadas pelo gestor sem considerar as ideias do grupo. O líder comunica as decisões e a equipe deve executar sem questionar. Esse modelo é recomendado em momentos de crise, quando é necessário alguém com autoridade para tomar decisões e restabelecer a ordem. Uma vantagem desse modelo é o controle da decisão. No entanto, a equipe fica silenciada e não tem espaço para contribuir com ideias ou sugestões.
Gestão Democrática: é baseada na participação e no diálogo. Cada integrante da equipe tem sua opinião ouvida e considerada na decisão final. Nesse modelo, o gestor não age como uma autoridade máxima, mas como um líder mediador que reúne as ideias e busca um consenso. Uma vantagem desse modelo é o ambiente participativo, onde cada pessoa pode contribuir com ideias. No entanto, a tomada de decisão pode ser mais lenta devido à necessidade de ouvir todas as opiniões e chegar a um consenso.
Gestão Meritocrática: é um modelo em que as relações entre os colaboradores são baseadas no mérito. Isso significa que a promoção e a participação em atividades dependem do desempenho individual de cada colaborador. O objetivo é manter a equipe sempre motivada e em busca de novas habilidades. Os gestores usam metas para medir o desempenho e avaliar o desenvolvimento da equipe. Uma vantagem desse modelo é o engajamento da equipe, mas uma desvantagem é que pode haver muita competição entre os colaboradores.
Gestão por Cadeia de Valor: esse modelo de gestão é bem descrito pela frase “forneça valor ao seu negócio”, pois se baseia no atendimento das necessidades e expectativas de cada cliente. É como se um atendimento mais individualizado estivesse sendo prestado, pois o negócio se adapta a essa realidade e desenvolve cada estratégia levando em consideração as necessidades únicas do cliente. Uma vantagem desse modelo é a eficiência das entregas e visibilidade, mas uma desvantagem é que pode haver desvio na visão organizacional e pode ser demorada e complexa de implementar.
Gestão por Processos: visa melhorar os processos da empresa, tanto internos quanto externos, com base em um planejamento contínuo de ações para otimizar esses processos. Para isso, é importante fazer análises frequentes, a fim de replanejar os processos, reduzir custos e aumentar a produtividade. Uma vantagem é aprimorar as execuções, mas a desvantagem é que pode ter uma baixa agilidade.
Gestão por Resultado: é focada em alcançar objetivos a curto, médio e longo prazo, tendo metas planejadas para os processos. O objetivo é ter uma resposta rápida e melhorias ágeis para o contexto apresentado. É importante acompanhar as mudanças do mercado e ter uma equipe capacitada e participativa, mas a desvantagem é que pode haver uma maior incidência de falhas por falta de planejamento.
Gestão por performance: busca atingir metas e mensurar a performance de todo o setor, não apenas do objetivo. Os membros do time têm uma visão clara do quanto seu trabalho impacta na entrega final e sabem da performance individual, coletiva, estratégica e dos processos. As características deste modelo incluem acordos explícitos, autonomia, cultura de performance, feedbacks e tomada de decisões por consequências. Uma vantagem é ter uma visão sistêmica baseada em indicadores, mas a desvantagem é que pode demorar um certo tempo para ser implementada de modo eficiente.
Exemplos práticos de modelos de gestão em saúde aplicados à fisioterapia:
Modelo de gestão por resultados - Tem como objetivo melhorar a qualidade do atendimento por meio da definição de metas. Um exemplo prático de aplicação na fisioterapia pode ser visto em um hospital que implementou um programa de reabilitação cardíaca. Nesse programa, foram estabelecidas metas de atendimento para os profissionais de fisioterapia, como o número mínimo de sessões por paciente e a taxa de adesão ao programa. Além disso, foram monitorados indicadores como a melhoria da capacidade funcional dos pacientes e a redução do risco de complicações cardiovasculares. Ao final do programa, foi possível observar uma melhoria significativa na qualidade de vida dos pacientes e uma redução nos custos com internações hospitalares.
Modelo de gestão por processos - Baseia-se na identificação, mapeamento, análise e melhoria dos processos envolvidos. Na fisioterapia, a implementação pode envolver a identificação dos processos-chave, como a avaliação inicial do paciente, o desenvolvimento de um plano de tratamento, a implementação do tratamento e o monitoramento do progresso do paciente. Cada um desses processos pode ser mapeado e analisado em detalhes, identificando potenciais pontos de melhoria e possíveis gargalos. Por exemplo, ao mapear o processo de avaliação inicial do paciente, pode-se identificar que os formulários de avaliação utilizados são pouco eficientes e precisam ser atualizados. Com base nessas análises, podem ser propostas melhorias no processo, como o desenvolvimento de novos formulários de avaliação. A implementação dessas melhorias pode levar a uma maior eficiência e qualidade no atendimento ao paciente.
É importante ressaltar que esses tipos de gestão não são excludentes e podem se complementar, dependendo das necessidades da organização. Além disso, é fundamental que a escolha do tipo de gestão esteja alinhada aos objetivos estratégicos da empresa e à sua cultura organizacional.
O papel do profissional responsável pela gestão do sistema de saúde é fundamental para garantir a eficiência e a excelência dos serviços prestados. Ele deve estar envolvido em todas as áreas da instituição e utilizar as melhores ferramentas de gestão para aumentar a eficiência na administração dos recursos materiais, humanos, financeiros, logísticos e de informação.
Dentro de uma instituição de saúde, o gestor precisa garantir a competência dos colaboradores e o correto funcionamento dos equipamentos. Além disso, é essencial prestar atenção à humanização do atendimento ao paciente e às questões financeiras.
Outra opção para gestores é atuar no desenvolvimento de pesquisas, supervisionando projetos em universidades ou no governo e liderando todos os recursos necessários. Para aqueles que optam por trabalhar como consultores de saúde, é fundamental possuir conhecimentos sólidos em áreas administrativas e estratégicas para auxiliar as instituições na identificação de problemas e no crescimento.
Para oferecer serviços de qualidade e gerar lucros, no caso de empresas privadas, ou garantir a viabilidade econômica em empresas públicas, é necessário que o profissional seja altamente qualificado para lidar com a diversidade e complexidade de situações que enfrentam.
Buscar continuamente atualização profissional, verificando e validando novas práticas de gestão;
Conhecer todas as questões legais relacionadas às suas responsabilidades no contexto da saúde;
Regularizar todas as licenças de funcionamento do estabelecimento de acordo com as determinações legais;
Gerenciar processos, projetos e serviços;
Gerenciar equipes e pessoas;
Realizar a gestão orçamentária;
Realizar a gestão de comunicação e marketing;
Implantar políticas de saúde;
Garantir a prestação de serviços de saúde com segurança e responsabilidade para os pacientes;
Otimizar processos e recursos;
Conhecer e estar presente em todos os processos;
Propor soluções para uma melhor prestação do serviço;
Preparar equipes para trabalhar com produtividade, humanização e qualidade;
Verificar a oferta e demanda de serviços de saúde;
Garantir que os serviços sejam oferecidos dentro das normas estabelecidas pelos órgãos regulamentadores;
Tomar decisões com uma visão sistêmica em relação a todas as partes envolvidas;
Definir uma diretriz clara para o gerenciamento do estabelecimento e compartilhá-la com toda a equipe;
Providenciar os recursos necessários (humanos, financeiros, físicos e materiais) para que as atividades planejadas sejam exercidas;
Integrar os diversos interesses envolvidos nas relações, com base na ética e no interesse coletivo;
Acompanhar sistematicamente o desempenho e os resultados do estabelecimento, financeiros, de mercado, processos internos e pessoas;
Estimular a educação continuada da equipe para aprimorar a prestação dos serviços;
Incorporar novas tecnologias, quando necessário, para melhorar a resolutividade dos atendimentos;
Criar um sistema de comunicação que permita a interação entre as partes, favorecendo a melhoria contínua das atividades;
Gerenciar adequadamente o sistema financeiro, conhecendo as possibilidades de geração de receitas e gerenciamento dos custos.
Considerando essas atribuições, podemos constatar que a gestão tem um importante papel no setor da saúde, garantindo o funcionamento eficiente e completo de todo o processo. Esse papel pode ser adaptado a diferentes áreas de atuação profissional, incluindo a fisioterapia, e ter diversas aplicações.
Sendo assim, para gerir sistemas de saúde de forma eficaz, o fisioterapeuta deve possuir habilidades gerenciais apuradas, técnicas e humanas, além de uma postura proativa, ética, perfil empreendedor, visão estratégica e liderança. Existem diversas oportunidades profissionais tanto no setor público quanto no privado, incluindo unidades de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS), hospitais, secretarias de saúde, clínicas, consultórios, laboratórios, operadoras de planos de saúde, unidades e centros de saúde, indústrias do segmento de saúde e casas de saúde ou reabilitação.
Em conclusão, a gestão de saúde aplicada à fisioterapia é um aspecto fundamental para a promoção de uma assistência de qualidade aos pacientes. É necessário que os profissionais de fisioterapia estejam preparados e capacitados para gerir serviços e atender às demandas do mercado, além de possuírem habilidades técnicas e humanas para lidar com as necessidades de seus pacientes. A gestão eficiente e eficaz pode trazer benefícios não só para os pacientes, mas também para os próprios profissionais e para a sociedade como um todo, proporcionando uma melhor qualidade de vida e um sistema de saúde mais sustentável. Portanto, é fundamental que você, futuro fisioterapeuta, tenha conhecimento em gestão de saúde e aplique essa ferramenta em sua prática clínica.
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Ilustrações: Marcelo Germano / Lucas Dias
Revisão ortográfica: Ane Arduim