OSTEOLOGIA
Prof. Reni Volmir dos Santos
Prof. Reni Volmir dos Santos
Os tipos de ossos;
A divisão do esqueleto;
A forma dos ossos;
Todos os ossos do corpo humano.
Neste terceiro tema, será abordado o assunto referente à osteologia. Inicialmente, serão apresentados os tipos de ossos, para que assim se compreenda que seus formatos estão relacionados a sua função no esqueleto como um todo e também que suas estruturas se relacionam a outros sistemas.
Na sequência, serão descritos todos os ossos de acordo com suas regiões, e serão enfatizados seus acidentes ósseos.
É o estudo dos ossos, que são em número de 206. São órgãos esbranquiçados, muito duros, que unindo-se uns aos outros, por intermédio das junturas ou articulações, constituem o esqueleto. Todos se articulam entre si, com exceção do osso hioide, que é preso somente por músculos e ligamentos e se situa na região anterior do pescoço.
Os ossos servem de sustentáculo às partes moles (músculos, vasos, vísceras, pele, ...); às vezes alojam e protegem elementos mais nobres e importantes como a caixa craniana, a caixa torácica ou a cavidade orbital que contém os olhos.
Os ossos são elementos passivos, mas pela ação muscular desempenham o papel de alavancas ativas e úteis para toda a movimentação voluntária do corpo.
Alguns ossos como o esterno, fêmur e úmero são hematopoiéticos, isto é, contribuem para a formação dos glóbulos vermelhos do sangue.
Há uma coluna óssea central, que é a coluna vertebral, constituída por vértebras. Sete vértebras cervicais, 12 torácicas e 5 lombares. Superiormente à coluna, encontra-se a cabeça óssea, que é subdividida em crânio (com 8 ossos) e face (com 14 ossos). Inferiormente à coluna, termina em dois ossos que são o sacro e o cóccix.
Da parte média da coluna vertebral e dirigindo-se para frente, saem 12 pares de arcos ósseos que são as costelas e que vão se prender anteriormente ao osso esterno, formando em conjunto, o tórax.
Na altura da parte superior do tórax, encontra-se o cíngulo do membro superior, formado anteriormente pela clavícula, que vai até a parte superior do esterno, e, posteriormente, a escápula, que se prende a músculos torácicos.
O membro superior prende-se apenas à escápula. Ele é constituído pelos ossos: úmero correspondendo ao braço; rádio e ulna ao antebraço; e a mão subdividida em carpo, com 8 ossos, metacarpo, 5 ossos e dedos, cada um com 3 ossos, exceto o 1º dedo ou polegar que tem 2 ossos.
O cíngulo do membro inferior, ao nível do sacro, é constituído por 2 ossos, um direito e outro esquerdo que são os ossos do quadril. Que junto com o sacro formam a pelve óssea.
O primeiro osso do membro inferior é o fêmur, que forma o esqueleto da coxa. Na perna, encontram-se a tíbia e fíbula, e anteriormente no joelho há a patela.
O pé é subdividido em tarso, com 7 ossos, metatarso com 5 e dedos. Cada dedo apresenta 3 ossos, com exceção do 1º (hálux) que só tem 2.
Os ossos são classificados de acordo com sua forma em longos, curtos e planos.
Os ossos longos são aqueles em que o comprimento predomina sobre a largura e espessura. Ex.: fêmur, úmero e tíbia. São constituídos por um corpo ou diáfise e 2 extremidades ou epífises.
Nos ossos curtos, as 3 dimensões se equivalem. São mais ou menos cúbitos. Ex.: ossos do carpo e do tarso.
Os ossos planos são finos, e o comprimento e a largura predominam sobre a espessura. Ex.: escápula e parietal.
Grupos intermediários: alongados, pneumáticos e irregulares.
Ossos alongados: costelas, pois são longos, achatados e não apresentam canal medular.
Ossos pneumáticos: são ocos, com cavidades cheias de ar, apresentando um pequeno peso em relação ao seu volume. Ex.: maxilar, esfenoide e frontal.
Ossos irregulares: não apresentam um formato homogêneo. Ex.: etmoide, esfenoide, temporal.
A cabeça óssea divide-se em crânio e face. O crânio constitui uma verdadeira caixa na qual se encontra alojado o encéfalo, enquanto a face situada para frente e para baixo serve de início do sistema respiratório e do sistema digestório e dos órgãos dos sentidos.
O crânio é constituído por 8 ossos, dos quais quatro são ímpares e dois são pares.
Os ímpares são o frontal, occipital, esfenoide e etmoide.
Os pares são o parietal e o temporal.
O frontal está situado pra frente e pra cima.
A parte anterior, que é convexa, se chama escama do frontal. A parte posterior da escama do frontal é côncava e serve para alojar o lobo frontal do cérebro.
Na borda inferior, na linha mediana, há uma elevação que é a glabela, que de cada lado apresenta os arcos superciliares.
Na linha horizontal, entra a constituição do teto das órbitas. Na linha média, há uma chanfradura que é a incisura etmoidal, em que vai se encaixar o osso etmoide. Anteriormente, há a espinha frontal (nasal), bem como seio frontal.
A borda superior do frontal articula-se com os ossos parietais, constituindo a sutura coronal.
O occipital é o osso mais posterior do crânio. Na parte inferior, apresenta um orifício que é o forame magno, através do qual o encéfalo continua-se com a medula espinal, que se aloja no canal vertebral. Na frente do forame está a parte basilar.
A face ântero-superior é subdividida por sulcos, que se distribui em forma de cruz, em 4 fossas: as duas superiores correspondem ao lobo occipital do cérebro e as 2 inferiores ao cerebelo. Ao centro, encontra-se a protuberância occipital interna.
Na face póstero-inferior, encontra-se uma saliência óssea que é a protuberância occipital externa. De cada lado está a linha nucal superior e abaixo a linha nucal inferior.
Ainda nessa face, estão os côndilos do occipital, que se articulam com a vértebra atlas.
As bordas superiores do occipital articulam-se com os parietais, formando a sutura lambdoide.
Localiza-se no centro da base do crânio, por trás do etmoide e por diante do occipital. Apresenta um corpo, duas asas maiores, duas asas menores e dois processos pterigoides.
O corpo do esfenoide tem a forma de um cubo oco, constituindo o seio esfenoidal, o qual se abre no fundo da cavidade nasal. A face superior apresenta uma fosseta que é a sela túrsica, em que se aloja a glândula hipófise.
A asas maiores são irregularmente triangulares, apresentando nas proximidades das linhas que as unem ao corpo 3 orifícios, que são da frente para trás: forame redondo, forame oval e forame espinhoso.
As asas menores são lâminas estreitas que se dispõem por diante e paralelamente às asas maiores. Na base, encontram-se de cada lado o canal óptico, que dá passagem ao nervo óptico.
Os processos pterigoides são duas colunas situadas por baixo do corpo e servem para a inserção de músculos.
A base do processo pterigoide é atravessada no sentido ântero-posterior por um conduto denominado canal pterigoideo.
O parietal é par e é o osso mais simples do crânio. Apresenta duas faces e quatro bordas. A face externa é convexa e a interna é côncava. A fase medial apresenta os sulcos meníngicos.
A borda superior do parietal articula-se com o parietal do lado oposto, constituindo a sutura sagital. A borda anterior articula-se com o frontal (sutura coronal) e a posterior com o occipital (sutura lambdoide).
Os lados correspondem aos locais de articulação, como margem (bordo) occipital, margem sagital, margem frontal e margem escamosa. Os ângulos são occipital, frontal, mastoideo e esfenoidal.
Também é par. É importante porque, no seu interior, encontra-se o aparelho da audição. Divide-se em 3 partes: escamosa, timpânica e petrosa.
A face lateral da parte escamosa apresenta o processo zigomático, que se articula com o osso zigomático, e a fossa mandibular, que se articula com a fossa mandibular.
A parte timpânica é representada por uma lâmina óssea em forma de goteira que constitui parte do conduto auditivo.
Na parte petrosa, estão o processo mastoide e o processo estiloide que servem para inserção de músculos.
É constituída por 2 ossos ímpares e 6 pares, totalizando 14 ossos. O único móvel é a mandíbula.
Os ímpares são a mandíbula e o vômer.
Os pares são maxila, zigomático, palatino, lacrimal, nasal e concha nasal inferior.
É um osso irregular, apresentando um corpo e 4 saliências, que são:
Processo zigomático, que se expande lateralmente, articulando-se com o osso zigomático;
Processo frontal, que se projeta para cima, articulando-se com o osso frontal;
Processo palatino que se dirige horizontalmente no sentido medial, constituindo com o homólogo contralateral ¾ da abóboda palatina;
Processo alveolar, dirigido para baixo e apresentando uma série de alvéolos, nos quais se implantam os dentes superiores.
O corpo apresenta a face nasal, orbital e infratemporal.
É um osso losângico e constitui a proeminência da face.
O processo frontal se articula com o osso frontal. O processo temporal se articula com o processo zigomático do osso temporal.
De sua borda ântero-superior sai uma expansão que é a superfície orbital, a qual entra na formação do soalho da órbita.
É um osso em forma de “L”, com uma lâmina vertical e outra horizontal.
A lâmina horizontal apresenta a face nasal (soalho da cavidade nasal) e uma face palatina (abóboda palatina).
A lâmina vertical (perpendicular) entra na constituição da parede lateral da cavidade nasal.
Entra na constituição da parede medial da órbita. E em sua face lateral encontra-se a goteira vertical que contribui para a formação do canal nasolacrimal.
É o terceiro e mais inferior osso que se situa nas paredes laterais da cavidade nasal.
É um osso de forma retangular, formando com o lado oposto o dorso do nariz. Articula-se superiormente com o frontal e lateralmente com a maxila.
Entra na constituição do septo nasal, situando-se por trás da lâmina perpendicular do etmoide, articulando-se superiormente com o esfenoide e inferiormente com a linha de união das duas lâminas horizontais dos ossos palatinos e dos dois processos palatinos das maxilas.
Osso ímpar na qual se implantam os dentes inferiores.
Apresenta corpo e dois ramos.
O corpo apresenta a face anterior e a face posterior.
Os ramos apresentam posteriormente o processo condilar, o qual é constituído pela cabeça da mandíbula, que se articula com o temporal. Anteriormente, encontra-se o processo coronoide, em que se insere o músculo temporal. Entre essas duas saliências, há uma depressão, que é a incisura da mandíbula.
É o único osso que não se articula com o resto do esqueleto.
Tem a forma de “U” e apresenta corpo e dois pares de cornos, maiores e menores.
Serve de inserção de músculos.
Os ossos do tórax constituem uma caixa vasada, com uma abertura superior e outra inferior, e lateralmente representada pelo gradil costal.
O tórax é constituído posteriormente pelas 12 vértebras torácicas, anteriormente pelo esterno e lateralmente por 12 pares de costelas.
A parte superior corresponde ao manúbrio, seguido do corpo e do processo xifoide.
O manúbrio é a parte mais larga que apresenta a incisura jugular (fúrcula esternal) e as incisuras claviculares em que se articulam as extremidades mediais das clavículas. O corpo é ligeiramente convexo para frente e apresenta linhas transversais de ossificação. As bordas laterais desde o manúbrio até as proximidades do processo xifoide são escavadas em pequenas depressões côncavas que são as incisuras costais.
O processo xifoide apresenta forma variável, sendo cartilaginoso nos indivíduos jovens.
São em número de 12 pares. São ossos alongados, em forma de semiarcos, ligando as vértebras torácicas ao esterno.
As costelas verdadeiras são em número de 7 pares, que se articulam com as bordas do esterno. As falsas, 5 pares, não se articulam com o esterno. Delas, os 3 pares superiores se prendem anteriormente ao 7º par, enquanto as 2 últimas, terminam livremente para frente, são chamadas de flutuantes.
Na borda inferior há o sulco da costela, em que se alojam os vasos e nervos intercostais.
A extremidade posterior termina em saliência articular, é a cabeça da costela, que se articula com o corpo da vértebra correspondente.
A cabeça se prende ao corpo da costela pelo colo. No ponto em que o colo se une ao corpo, encontra-se o tubérculo da costela, saliência articular para o processo transverso da vértebra correspondente.
A extremidade anterior continua-se com a cartilagem costal, a qual vai se prender ao esterno (a 8ª, 9ª e 10ª se prendem à 7ª).
A cintura escapular ou cíngulo do membro superior constitui a raiz de implantação do membro superior. Dois ossos entram em sua formação, a clavícula e a escápula.
A clavícula situa-se anteriormente e superiormente ao tórax. A extremidade mais volumosa é medial e articula-se com o esterno, enquanto a extremidade mais achatada é lateral e articula-se com o acrômio da escápula.
A clavícula tem a forma de um “S”, e, para saber se é direita ou esquerda, deve-se considerar que a metade medial é convexa para diante e a metade lateral é convexa para trás.
A escápula está situada dorsal e superiormente ao tórax. Tem a forma triangular, apresentando duas faces, 3 bordas e 3 ângulos.
Na face dorsal, encontra-se a espinha da escápula, que termina por uma expansão livre e achatada, que é o acrômio, no qual se articula a escápula. Por cima da espinha, encontra-se a fossa supraespinhal e por baixo a fossa infraespinhal.
As bordas são classificadas em superior, lateral e medial, e os ângulos em superior, lateral e inferior.
Na borda superior, está a incisura da escápula, e mais lateralmente há o processo coracoide com o acrômio.
O ângulo lateral apresenta a cavidade glenoide, que se articula com a cabeça do úmero. A superfície superior da glenoide é o tubérculo supraglenoidal e a inferior é o tubérculo infraglenoidal.
Os ossos do membro superior, com exceção dos ossos do carpo, são todos longos. Apresentam corpo (diáfise) e duas extremidades (epífise proximal e distal).
Acima do meio da face ântero-lateral, encontra-se a tuberosidade do deltoide, que serve para a inserção do músculo deltoide.
Na epífise proximal, nota-se a presença da cabeça do úmero, a qual se articula com a cavidade glenoide da escápula. A cabeça é limitada pelo colo anatômico. Lateralmente, encontram-se os tubérculos maior (lateral) e menor (mais medial). São separados pelo sulco intertubercular (corrediça bicipital). A epífise proximal está ligada ao corpo do úmero pelo colo cirúrgico.
Na epífise distal, observam-se as superfícies articulares: capítulo (lateral) para o rádio e tróclea (medial) para a ulna. Ainda, apresenta lateralmente o epicôndilo lateral e medialmente o epicôndilo medial.
Anteriormente, nessa epífise, estão a fossa coronoide (aloja o processo coronoide da ulna) e a fossa radial (aloja a cabeça do rádio). Posteriormente, há a fossa do olécrano (aloja o bico do olécrano da ulna).
É representado pelo rádio (lateral) e pela ulna (medial).
A epífise proximal da ulna apresenta para trás uma expansão volumosa chamada de olécrano. Anteriormente ao olécrano, há a incisura troclear. Essa incisura limita-se superiormente pelo bico do olécrano e inferiormente pelo processo coronoide.
Lateralmente, encontra-se a incisura radial, na qual gira a circunferência articular da cabeça do rádio.
A epífise distal da ulna é representada pela cabeça da ulna e pelo processo estiloide da ulna.
A epífise proximal é constituída pela cabeça do rádio. A circunferência articular da cabeça gira na incisura radial da ulna. Superiormente, apresenta a cavidade glenoide que se articula com o capítulo do úmero. Logo abaixo da cabeça, está a tuberosidade do rádio.
A epífise distal é mais volumosa e apresenta medialmente a incisura ulnar (para a cabeça da ulna). Inferiormente, há a face articular cárpica (para o escafoide e semilunar). Lateralmente, encontra-se o processo estiloide do rádio.
A mão é dividida em carpo, metacarpo e dedos, estando o polegar situado lateralmente (posição anatômica).
É constituído por 8 ossos curtos. A face anterior de todos se relaciona com a palma e a face posterior com a região dorsal.
Distribuem-se em duas fileiras de 4 ossos cada uma.
Na primeira fileira (proximal), está o escafoide, semilunar, piramidal e pisiforme. Na segunda fileira (distal), estão o trapézio, trapezoide, capitado e hamato.
É constituído por 5 ossos metacárpicos que são numerados no sentido látero-medial em I, II, III, IV e V.
A epífise proximal é constituída pela base e a epífise distal é constituída pela cabeça do metacarpo.
Os dedos da mão (quirodáctilos) são denominados polegar, índex, médio, anular e mínimo.
Cada dedo tem 3 falanges, exceto o polegar, que só tem 2. São classificadas em proximais, médias e distais.
A cintura pélvica ou cíngulo do membro inferior constitui a raiz de implantação do membro inferior. É formada pelos ossos do quadril, um direito e outro esquerdo. Quando, além dos dois ossos do quadril, é considerado também o sacro, tem-se a pelve óssea.
O osso do quadril (ilíaco ou osso pélvico) articula-se anteriormente com o homólogo e posteriormente os dois se articulam com o sacro.
Os 2/3 superiores constituem o íleo, e o 1/3 inferior restante é formado pelo púbis (anterior) e ísquio (posterior).
Na face lateral, há uma depressão chamada face glútea, a qual apresenta 3 linhas curvas: linha glútea posterior, anterior e inferior. Abaixo da face glútea, encontra-se o acetábulo, no qual se articula a cabeça do fêmur. Sob o acetábulo, há o forame obturado. Na face medial, encontra-se a fossa ilíaca. Por cima e para trás da face articular, que se articula com o sacro, está a tuberosidade ilíaca.
A borda superior forma um “S” denominada crista ilíaca. Que apresenta nas bordas as espinhas ilíacas ântero-superior e ântero-inferior, assim como nas bordas posteriores as espinhas ilíacas póstero-superior e póstero-inferior.
Na região posterior, em sequência para baixo, encontra-se a espinha isquiádica. O ângulo póstero-inferior é representado por uma expansão óssea rugosa que é o túber isquiádico (tuberosidade isquiádica).
O ângulo ântero-inferior é formado pelo corpo do púbis, no qual se encontra a face sinfisial para a articulação com o osso do lado oposto. Essa junção é chamada de sínfise púbica.
A pelve óssea é uma grande cavidade constituída pelos 2 ossos do quadril, o sacro e o cóccix.
A cavidade superior é a pelve maior, e a inferior é a pelve menor.
A pelve é a porção anatômica que apresenta maiores diferenças sexuais. Nas mulheres, desenvolve-se no sentido da largura, com as asas ilíacas mais abertas e inclinadas para fora, os acetábulos e as tuberosidades isquiáticas mais distanciadas e as paredes da pelve menor são mais verticais; nos homens, desenvolve-se em altura, com os diâmetros da pelve maior e da pelve menor mais pequenos, e o ângulo púbico mais agudo. Além disso, o canal superior é oval nas mulheres, enquanto nos homens tem forma de coração.
Essas diferenças manifestam-se na puberdade e estão intimamente relacionadas com a reprodução, pois a pelve feminina, além de suportar o peso do feto durante a gravidez, deve contê-lo e permitir a sua expulsão no momento do parto.
A maioria dos ossos do membro inferior são longos, com exceção dos ossos do tarso e da patela, que são ossos curtos.
A coxa tem o fêmur como osso, enquanto os ossos da perna são a tíbia e a fíbula. Anteriormente ao joelho, localiza-se a patela.
O pé é subdividido em tarso, metatarso e dedos do pé.
Na epífise proximal, encontra-se a cabeça do fêmur, que apresenta uma depressão chamada fóvea da cabeça do fêmur, que presta inserção ao ligamento redondo, por onde se articula com o acetábulo. Prendendo a cabeça ao corpo do fêmur, há o colo anatômico. Lateralmente ao colo, estão o trocânter maior (lateral) e o menor (medial). A linha que os une anteriormente é chamada de linha intertrocantérica e posteriormente ocorre pela crista intertrocantérica.
A epífise distal é representada por duas volumosas saliências ósseas, os côndilos, um medial e outro lateral, que se unem anteriormente ao passo que posteriormente se separam pela fossa intercondilar. Uma saliência não articular se situa de cada lado dos côndilos, os epicôndilos medial e lateral.
A diáfise apresenta na borda posterior a linha áspera do fêmur. Que para cima se trifurca, e o ramo lateral se dirige para o trocânter maior, sendo denominado tuberosidade glútea. O ramo intermediário dirige-se para o trocânter menor constituindo a linha pectínea. E o ramo medial que é a linha espiral, vai ao colo anatômico.
Para baixo, a linha áspera se bifurca, seus ramos se dirigem para os côndilos, limitando assim a superfície poplítea.
A patela é um osso triangular que se interpõe às fibras tendíneas de inserção do músculo quadríceps. Ao passar pela patela, esse músculo insere-se na tuberosidade da tíbia.
A face posterior apresenta uma face articular com uma crista romba vertical e uma concavidade de cada lado.
A patela tem a função de facilitar o deslizamento do tendão do quadríceps.
É representado pela tíbia (medial) e fíbula (lateral).
A tíbia apresenta a epífise proximal mais volumosa, em que se encontram expansões que são os côndilos medial e lateral. Na face superior, encontra-se a superfície articular (cavidades glenoides interna e externa). Entre as duas facetas articulares, está a eminência intercondilar constituída de duas pequenas elevações que são os tubérculos intercondilares medial e lateral.
Anteriormente, está a tuberosidade da tíbia. Lateralmente, a faceta articular fibular, para a cabeça da fíbula.
A epífise distal apresenta inferiormente a superfície articular, que corresponde ao tálus. Medialmente, encontra-se o maléolo medial e lateralmente está a incisura fibular, para a fíbula.
É um osso fino, que apresenta na epífise proximal a cabeça e na epífise distal apresenta o maléolo lateral. Medialmente, apresenta a face articular do maléolo, na porção superior, e na porção interior a face maleolar lateral do tálus.
É constituído por 7 ossos. Tálus, calcâneo, navicular, cuboide e 3 cuneiformes – lateral, intermédio e medial.
O mais superior é o tálus, que para cima se articula com os ossos da perna, e para baixo com o calcâneo.
O calcâneo é o mais posterior e inferior. Anteriormente, o calcâneo se articula com o cuboide.
Os cuneiformes estão por diante do navicular.
São em número de 5, sendo o primeiro o mais medial. A base dos metatarsos é posterior e a cabeça anterior.
Os dedos do pé (pododáctilos) são denominados, no sentido médio-lateral, em I, II, III, IV e V. O primeiro é o hálux.
HANKIN, M. H.; MORSE, D. E.; BENNETT-CLARKE, C. A. Anatomia clínica: uma abordagem por estudos de casos. AMGH, 2015.
MOORE, K. Anatomia Orientada para a Clínica. 7. ed. Guanabara-Koogan: São Paulo, 2017.
NETTER, F. Atlas de Anatomia Humana. 6. ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 2015.
Coordenação e Revisão Pedagógica: Claudiane Ramos Furtado
Design: Gabriela Rossa
Diagramação: Marcelo Ferreira
Ilustrações: Marcelo Germano
Revisão ortográfica: Igor Campos Dutra