Resumo da obra: O conhecimento histórico se constrói a partir da interação social, através do tempo e em espaços construídos por essa dinâmica. Esse livro parte dos pressupostos da Educação Histórica para compreender as relações entre as narrativas sobre a regionalidade presentes no território denominado Vale do Taquari, situado no estado do Rio Grande do Sul, Brasil, e a formação do pensamento histórico de jovens que frequentam a educação básica nos trinta e seis municípios que integram esta região. A partir de questionários respondidos por 542 estudantes do 9º Ano do Ensino Fundamental, elaborou-se um quadro com categorias correspondentes às ideias históricas presentes nas narrativas destes estudantes: presentista, etnocentrada, multicultural e intercultural. A partir desses dados empíricos, buscou-se compreender as relações entre o processo de patrimonialização de memórias desencadeado no território e as aprendizagens que estes jovens desenvolvem na vida escolar, para compreender os limites e as possibilidades das propostas curriculares na interação com as diferentes influências sobre a formação do conhecimento e da consciência histórica dos sujeitos.
Autor: Cristiano Nicolini
Número de páginas: 320
ISBN: 978-65-5840-178-0
Local/Editora/Ano: Jundiaí: Paco Editorial, 2021.
Site: https://www.pacolivros.com.br/entre-historias-e-memorias
Resumo da obra: Esta obra reúne diferentes intelectuais da Universidade Federal de Alfenas, atendendo ao convite para a reflexão sobre os diferentes discursos revisionistas ou negacionistas que têm desqualificado o conhecimento científico e ameaçado a diversidade, os direitos humanos e a democracia no país. Cada autor ou autora procurou responder a questões presentes no imaginário coletivo sobre história, política, arte e educação, de forma a contribuir quanto ao questionamento de preconceitos e ao reconhecimento da pesquisa e do diálogo público para que se entendam processos e relações sociais que vão além das percepções cotidianas.
Organizadora: Marta Gouveia de Oliveira Rovai
Número de páginas: 212
ISBN: 978-65-87069-31-9
Local/Editora/Ano: São Paulo: Mentes Abertas, 2020.
Site: https://mentesabertas.minhalojanouol.com.br/produto/333554/revisionismos-a-universidade-esclarece
Resumo da obra: Este livro não fala de mulheres subalternas, mas subalternizadas. O(a) subalterno(a) não tem voz. As mulheres subalternizadas ousam dizer, fazem ruído, gritam e circulam fora do circuito de produção do conhecimento na Academia e em outras instituições, muitas vezes, excluidoras. Constituem alianças e cobram de nós, continuamente, posicionamento político na reinvenção de uma ciência que nunca foi neutra e que é atravessada por muitas relações de poder e de colonização de saberes que envolvem, inclusive, os debates de gênero. Desta forma, esta também é uma obra que fala do(a)s intelectuais que com elas tiveram um ou mais encontros e por suas vozes foram afetado(a)s. As escritas aqui registradas só foram possíveis porque desse processo ninguém saiu indiferente.
Organizadora: Marta Gouveia de Oliveira Rovai
Número de páginas: 480
ISBN: 978-65-89065-13-5
Local/Editora/Ano: Teresina: Cancioneiro, 2021.
Resumo da obra: Pretende-se, nesta obra, examinar a elaboração da teoria política de Hannah Arendt com foco nas suas reflexões sobre a tradição e a ideia de progresso. É central no pensamento da autora a tese de que ao longo da modernidade a ideia de progresso inverteu os sentidos da tradição, deslocando a autoridade política, antes encontrada no passado, para o futuro. Por meio dessa reflexão, a obra analisa o desenvolvimento dos principais conceitos e categorias da compreensão teórica de Arendt sobre a política e a tradição. A presente investigação compreende que o conjunto de discussões elaboradas por Hannah Arendt foi relativo às mudanças do cenário político e filosófico em decorrência do fenômeno totalitário. Contudo, uma característica marcante nos problemas levantados pela autora foi situar suas ideias em experiências cotidianas e políticas. Por isso, o ponto de partida de suas reflexões foi a esfera pública norteamericana. Mais especificamente: entre as décadas 1940 e 1950, a cobertura da guerra no meio jornalístico estadunidense; e entre 1950 e 1970, as discussões sobre as consequências.
Autor: Álvaro Ribeiro Regiani
Número de páginas: 165
ISBN: 978-65-86216-40-0
Local/Editora/Ano: Taboão da Serra: Editora Vicenza, 2020.
Resumo da obra: O livro Preso na gaiola: a criminalização do funk carioca nas páginas do Jornal do Brasil (1990-1999) surgiu a partir da observação da perseguição contra o funk carioca, desenvolvida ao longo da década de 1990 e intensificada nos anos 2000. Este livro tem por objetivo principal encontrar explicações para a criminalização do movimento funk carioca. Para tanto, foram utilizadas como fontes canções lançadas ao longo dos anos 1990, além de leis e projetos de leis que diziam respeito especificamente ao funk. Os conteúdos presentes no Jornal do Brasil neste mesmo período e que tinham como tema principal o funk carioca, por sua vez, são as fontes que norteiam e dão o tom deste livro. A análise das fontes selecionadas permitiu concluir que a perseguição levada a cabo pelo poder público contra as manifestações do funk carioca – sobretudo os bailes funk – era fruto da perseguição contra os adeptos do movimento, ou seja, contra os funkeiros. Estes, por sua vez, eram representados, em sua maioria, por jovens negros, pobres e favelados, revelando preconceitos de origem racial e social contra eles.
Autora: Juliana Bragança
Número de páginas: 239
ISBN: 978-85-473-4222-7
Local/Editora/Ano: Curitiba: Editora Appris, 2020.
Resumo da obra: Ao nos aproximarmos do bicentenário da Independência de 1822, é muito oportuno revisitar autores que foram e são protagonistas na intrincada experiência da emancipação brasileira. Robert Southey, com sua História do Brasil, ocupa posição destacada neste seleto grupo. O livro da historiadora e professora da Universidade Federal de Santa Catarina, Flávia Florentino Varella, reconstrói com erudição e inteligência os sentidos da obra de Southey para a formação da experiência da história no Brasil. Publicado entre 1810 e 1819, sob o impacto da transferência da corte portuguesa em 1808, em seus sucessivos volumes a autonomia da história do Brasil foi proclamada bem antes do Grito do Ipiranga. Southey inicia a sua introdução com a seguinte promessa: ”descoberto o Brasil por acaso, [...], foi pela indústria dos indivíduos, e pela operação das comuns leis da Natureza e da Sociedade, que se levantou e floresceu este Império, tão extenso como agora é, e tão poderoso como algum dia virá a ser”. Mesmo que pudesse discordar do caminho revolucionário tomado pela emancipação em 1822, Southey ajudou a imaginá-la e pensá-la, como o leitor poderá acompanhar neste livro.
Flávia Florentino Varella revisa interpretações sobre a obra de Southey já bem estabelecidas, oferecendo novas chaves de leitura que renovam e complexificam nosso interesse pelo autor. A autora compreende a História do Brasil de Southey não como uma unidade homogênea, mas como um todo formado de partes que se combinam sem perder cada uma delas seus contornos e sentidos em outros conjuntos. Temas como as teorias dos estágios civilizacionais, o processo de miscigenação e o impacto do ambiente sobre a história são recuperados como contextos essenciais para a compreensão da obra e seu impacto nos contemporâneos.
Pode parecer ao leitor que se trata de mais uma pesquisa erudita que interessa apenas aos especialistas, mas, como a autora ressalta, muitas dessas peças argumentativas acoplaram-se de modo permanente na linguagem que usamos ainda hoje para falar do Brasil e dos brasileiros, e geralmente com consequências terríveis. Ao revelar a variedade e complexidade das linguagens historiográficas mobilizadas por Southey e seus contemporâneos, este livro nos deixa mais livres para combatê-las ou transformá-las no presente.
Autora: Flávia Florentino Varella
Número de páginas: 288
ISBN: 658-90-1107-9
Local/Editora/Ano: Curitiba: Fino Traço Editora LTDA, 2021.
Resumo da obra: A publicação propõe um estudo a respeito da "crise" na concepção de ciência e da própria razão na cultura ocidental, para tanto, realiza um recorte temporal que determina as três primeiras décadas do século XX como momento histórico de análise e mais especificamente o período entreguerras, além de priorizar reflexões sobre as reações filosóficas ocorridas em território francês. A autora, assim, pondera sobre descobertas e investigações científicas bem como acontecimentos ocorridos no âmbito da ciência para fundamentar suas proposições.
Autora: Halhane Machado
Número de páginas: 171
ISBN: 978-85-727-4513-0
Local/Editora/Ano: Goiânia: Editora UFG, 2019.
Site: https://loja.editora.ufg.br/filosofia/da-crise-na-razao-a-razao-na-crise-118/p
Resumo da obra: Paulinho da Viola, em uma de suas músicas, cantou “as coisas estão no mundo só que eu preciso aprender”. Neste livro, por meio de seus discursos musicados, o leitor encontrará discussões sobre a história do Brasil no período compreendido entre 1965 e 1996 e sobre cotidianos que transbordam reflexões filosóficas.
Autora: Kenia Erica Gusmão Medeiros
Número de páginas: 202
ISBN: 978-65-5578-203-5
Local/Editora/Ano: Curitiba: Editora CRV, 2020.
NO PRELO.
Organizadores: Ivan Lima Gomes, Yussef D. S. Campos, Rafael Saddi
Local/Editora/Ano: Jundiaí: Paco Editorial, 2021.