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                                                   As TICs na Promoção da  Aprendizagem

A presença da informática em praticamente todas as atividades humanas é uma das marcas características deste  século. Embora sua história seja relativamente recente, o uso do computador e, especialmente nos últimos 20 anos, das redes de computador, têm tido um impacto profundo na forma de desenvolver o conhecimento.

No Brasil, como em outros países, o uso do computador na educação teve início com algumas experiências em universidades, no princípio da década de 70. Entretanto, a implantação do programa de informática na educação no Brasil inicia-se com o primeiro e segundo Seminário Nacional de Informática em Educação, realizados respectivamente na Universidade de Brasília em 1981 e na Universidade Federal da Bahia em 1982. 

Mais adiante, em 1997, foi criado o Programa Nacional de Informática na Educação (PROINFO), vinculado a Secretaria de Educação a Distância, do MEC, divulgando e fomentando os trabalhos de diversas instituições brasileiras, além de criar nos estados os NTEs (Núcleos de Tecnologia Educacional).

É possível encontrar diversos relatos de experiências que revelam diferentes  teorias educacionais no trabalho desenvolvido nos LIEs. Dentre essas, estão os pressupostos de PIAGET (1982) no que se refere ao desenvolvimento da inteligência pela criança.

A inteligência para Piaget é entendida como um mecanismo de adaptação do organismo a uma situação nova e, como tal, implica a construção contínua de novas estruturas mentais. O conhecimento é construído numa interação entre o indivíduo e o meio ambiente. O indivíduo só se apropria de um determinado conhecimento se as aprendizagens anteriores  prestarem  suporte para a assimilação da novidade. 

 Outro autor que é freqüentemente utilizado é VYGOTSKY (1988), que destaca que o elemento fundamental da concepção que tem da interação social: no processo de desenvolvimento desempenha um papel formador e construtor. Deste modo a interação entre os alunos em grupo fornece um elemento de social convivência e troca de experiências.

  Encontramos, ainda, FREIRE (1997) que parte do estudo da realidade e da organização dos dados. Nesse processo surgem os Temas Geradores, extraídos da problematização da prática de vida dos educandos. Os conteúdos de ensino são resultados de uma metodologia dialógica. Cada pessoa, cada grupo envolvido na ação pedagógica dispõe em si próprio, ainda que de forma rudimentar, dos conteúdos necessários dos quais se parte. O importante não é transmitir conteúdos específicos, mas despertar uma nova forma de relação com a experiência vivida. A transmissão de conteúdos estruturados fora do contexto social do educando é considerada "invasão cultural" ou "depósito de informações" porque não emerge do saber popular.  Para o autor, é indispensável conhecer o aluno enquanto indivíduo inserido num contexto social de onde deverá sair o "conteúdo" a ser trabalhado.

 Papert (1985), com seus estudos acerca do construtivismo na educação, criou a Linguagem LOGO em 1967, com ela  ele propõe que o computador seja concebido como ferramenta para pensar (“thing to think with”), cujo principal foco deveria ser a autoria por parte do sujeito, sua atividade e não sua passividade diante de um material preparado por outrem. Com isso, se aproxima de Paulo Freire, no momento que concebe o computador como possibilidade emancipatória em relação a construção de um saber próprio e contextualizado, e de Piaget, quando prioriza a atividade do sujeito no desenvolvimento de sua inteligência.

Nos NTEs  professores  especialistas oferecem formação continuada   em como usar as tecnologias digitais  e TICs  na escola. Toda a orientação dada sempre  é embasada em uma ou mais teorias de aprendizagem.

Sendo assim  o  professor não precisa ser um "expert" em  tecnologia, mas precisa sim , saber o que pode fazer com elas,  torna-se difícil  quando pensamos em uma aula centrada na transmissão de conhecimentos, onde o professor é o dono do saber, onde o professor não abre espaço para que o aluno participe, questione, argumente, justifique, seja autor, colaborador construindo seu conhecimento.

Portanto, o uso das tecnologias digitais e das TIC vai além dos limites tecnológicos, atingindo dimensões pedagógicas e humanísticas, avançando sobre as abordagens relativas à cognição e a aprendizagem humana, como as teorias de Piaget, Vygotski, entre outros.

 

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