Este ano, 2023, é o primeiro ano que temos a seletiva regional. Quando começamos, a seletiva dessa modalidade no Brasil acontecia apenas durante o torneio nacional, que normalmente acontece em São Paulo, Brasília ou Rio de Janeiro.

Ao longo dos anos, além dos prêmios conquistados, tenho tido a alegria de ver jovens - indiferente do gênero - cada dia mais apaixonados e envolvidos com a robótica e tecnologia sem deixar de desenvolver o lado humano, as relações interpessoais.

Mas por que estou registrando isso por aqui se não é um evento ou uma palestra? Bem, porque ser técnica dessa equipe simplemente deu um giro de mais de 360º em minha vida e nos meus objetivos e eu precisava contar essa história.

Foi por causa do desafio de ser a responsável pelos competidores da equipe Beta que descobri o universo da programação e acabei mergulhando de cabeça em um novo desafio: aprender a programar.

Apesar da modalidade não exigir que o técnico da equipe saiba programar (já que o papel de técnico aqui é ser o adulto que orienta e auxilia os participantes na busca pelo saber, bem como, ir em busca de mentores especilistas para que esses sim auxilie a equipe com os conhecimentos específicos) acabei gostando da ideia de aprender mais sobre esse "braço" da equipe de robótica. 

Então sim, apesar de que eu já era uma apaixonada por tecnologias digitais, foi o contato com a equipe de robótica que despertou o meu olhar para outras habilidades que eu nem sabia que tinha. 

E foi essa descoberta, de novas-velhas habilidades, que me abriu novos caminhos: fazer parte da equipe que escreveu a primeira versão da modalidade de robótica para o novo ensino médio no SESI/SC; bem como, passar a ser professora desse mesmo ensino médio, na unidade do SESI Joinville, na modalidade STEAM,  nas disciplinas de Robótica e tDesenvolvimento de app e games.

Desde então, defendo que sim, que não temos idade para descobrir novos gostos e habilidades, e que robótica e programação é para todos, independente de gênero ou idade, basta querer aprender - ou, como falo aos meus alunos no dia a dia: fazer as devidas associações com as coisas que já sabemos e então, estudar e aplicar o conhecimento espeífico da área.