Os asteróides, de acordo com a antiga teoria dos planetésimos, são rochas primitivas que tiveram intensa participação na formação dos planetas e seus respectivos satélites naturais. Mas recentes pesquisas feitas por astrônomos, revelaram que os asteróides são mesmo é produto final de formação dos planetas. Isso significa que os asteróides não formaram os planetésimos, mas foram os planetésimos que os formaram.
Os asteróides são rochas gigantescas que se agruparam em gigantescos cinturões no Sistema Solar. O cinturão de Kuiper cerca o Sistema Solar além da órbita de plutão (lembrando que plutão não é mais contado como planeta. Ele deu origem a uma nova classe de corpos celestes, os plutóides, que são planetas anões, eles estão entre os asteróides e os planetas na classificação dimensional). O segundo cinturão encontra-se entre a órbita de Marte e a de Júpiter, separando o S.S. Interior (dos planetas rochosos) do S.S. Exterior (dos planetas gasosos).
Obviamente, inúmeros asteróides ainda conservam suas propriedades primordiais, os asteróides carbonáceos, por exemplo, são primitivos, eles representam pedaços de planetesimais, os asteróides condríticos também. Os asteróides basálticos é que sofreram um largo processo de diferenciação planetária devido a decomposição radioativa de elementos químicos, mas os cientistas acreditam que esses asteróides alterados são na verdade pedaços de um planetas-anões que se quebroram devido a impactos, mas é apenas especulação essa nova explicação.
A nova explicação para a formação destes é que os planetésimos surgiram primeiro, numa gigantesca explosão primordial de supernova que difundiu material gasoso e sólido pelo espaço, formando uma nuvem primitiva ou primordial que colapsou para formar o Sol. Os resíduos, e eram muitos milhões de fragmentos materiais residuais da nuvem primordial que formou o Sol, se tornaram os planetésimos, cujas dimensões podiam variar desde alguns metros até tamanhos um pouco maiores que a Lua. Esses planetésimos, muitos deles já com características planetárias, evoluíram química e fisicamente seu conteúdo a ponto de formarem atmosferas primitivas e lagos e oceanos de água primitivos. Muitos destes se colidiram e se fragmentaram em pedaços menores e estes menores se colidiram para formar fragmentos ainda menores e assim sucessivamente.
Na colisão de planetésimos e de, por sua vez, seus fragmentos, fundiu materiais diferentes em um só substrato rochoso, constituindo rochas residuais sedimentares, isto é, formadas pela justaposição de pedaços de outros planetésimos que se colidiram e fundiram mutuamente seus materiais. Com isso, o processo final, ou seja, a originação de fragmentos suficientemente pequenos para não conterem mais líquidos ou atmosferas, deu origem a era dos asteróides. Por que essa revolução conceitual?
Porque foram pesquisados diversos asteróides, inclusive aqueles que são satélites naturais de Marte (Phobos e Deimos), de Júpiter (Himalaia), de Saturno (Prometeus, Atlas, Pan, Epimeteus), e descobriu-se em alguns destes sinais de atividade vulcânica passada, resquícios de materiais orgânicos sintetizados em meio aquoso e resquícios da própria água. Como pode um asteróide, um corpo primitivo e tão pequeno, ter tido no passado atividade vulcânica, atmosfera e intensa atividade molecular em meio aquoso? A única saída é que eles são fragmentos de mundos que existiram há bilhões de anos, nos primórdios do Sistema Solar.
Sabe-se que existem três tipos de asteróides predominantes:
-ASTERÓIDES ROCHOSOS (classe espectral D ou C)
-ASTERÓIDES METÁLICO-ROCHOSOS (classe espectral S)
-ASTERÓIDES METÁLICOS (classe espectral S)
Uma clara prova de um asteróide que contém rochas que só podem ser formadas em processos vulcânicos (no caso o basalto) é o asteróide 4-Vesta, esse é ligeiramente esférico, sua superfície de regolito e, provavelmente, seu interior é composto de basalto, é este asteróide a fonte da maioria dos acondritos tipo H.E.D encontrados na Terra.
Outra coisa é que nem todos os asteróides são rochas contínuas que tiveram uma única origem, muitos são resultado de colisões passadas e são o encaixe de pedaços de outros asteróides. É mais ou menos isso o que aconteceu com o asteróide Eros.
O fato de haver três tipos distintos de asteróides, dá a entender que estes são pedaços de camadas concêntricas de antigos planetóides, protoplanetas ou planetésimos. Vejamos a diferença entre estes corpos:
-PROTOPLANETAS: os protoplanetas, são planetas em processo de formação final, que pode ser resfriamento, moldagem de sua esfericidade, etc.
-PLANETÉSIMOS: São semi-planetas, eles normalmente tinham um formato irregular ou aproximadamente esférico, de matéria primordial. Eles são componentes ou blocos de construção fundamental dos planetas. Podiam ser de gelo, rocha, rocha e metal, rocha e metal e água, etc.
-PLANETÓIDES: Um planetóide é um planeta pequeno e, normalmente sem atmosfera. Os planetóides deram origem aos satélites naturais.
A SEGUIR, UMA TABELA COM ALGUNS ASTERÓIDES E SUAS RESPECTIVAS PROPRIEDADES:
A SEGUIR, IMAGENS DE ALGUNS ASTERÓIDES (DE CINTURÕES OU SATÉLITES NATURAIS)
PHOBOS, SATÉLITE NATURAL DE MARTE, ACREDITADO SER UM ASTEROIDE CAPTURADO.
ASTERÓIDE GASPRA
ASTERÓIDE EROS