Amigos do MUSA
Esta página é dedicada a todos aqueles citados nas páginas e amigos dos componentes do Grupo MUSA.
Alguns textos daqui foram retirados do Perfil Cultural e Artístico do Maranhão que pode ser consultado no site http://www.perfilcultural.com.br/ O primeiro citado é o próprio Antonio Rayol, que deu nome a rua onde tudo começou e deu origem por coincidência a vários músicos. O maestro Antonio Rayol é o bisavô do nosso amigo Ubirajara Rayol, colega da mesma turma da Escola de Engenharia do Maranhão, que também participou conosco dos Festivais.
ANTONIO RAYOL
Antonio Carlos dos Reis Rayol
São Luís (MA) - 15/08/1855 – Rio de Janeiro (RJ) 1905
Compositor, tenor, violinista e regente.
O mais importante e influente membro da família Rayol, irmão de Alexandre (violoncelista e cantor) e Leocádio (violinista e cantor), aos seis anos já cantava em igrejas, com excelente voz de tenor. Aos 13 anos, lecionava rudimentos teóricos de música, na Casa Educandos Artísticos, em São Luís. Em 1879, transferiu-se para o Rio de Janeiro para participar de um concurso que selecionaria um tenor, no qual obteve o primeiro lugar. Com bolsa de estudos para se aperfeiçoar na Itália, durante dois anos fez cursos de canto, com Alberto Giannini (1842-1903), e de harmonia e composição, com Vicenzo Ferroni (1858-1934).
Na Europa, escreveu algumas composições, editadas na Itália, além de uma ópera inédita em homenagem a um membro da casa real italiana. Por ocasião da celebração do centenário de Gioacchino Rossini (1792-1868), classificou-se em quinto lugar num concurso de canto, do qual participaram os maiores cantores da época. De volta ao Rio de Janeiro, foi vice-diretor e professor da recém-criada Academia de Música.
Em 1891, retornou ao Maranhão, dando vários recitais de canto, em São Luís e na vizinha cidade de Belém (PA). Em julho de 1893, apresentou-se na tríplice função de cantor, regente e compositor, na estréia de sua Missa Solene, apresentada com sucesso na igreja da Imaculada Conceição, de São Luís. Um ano depois, regeu outras peças de sua autoria, entre as quais a Quarta sinfonia originale, para flauta, cordas e piano; Preghiera, para celo e piano; e a Grande tarantela, para piano solo. Em 1894, foi convidado para lecionar violino e canto em Recife (PE); foi, também, para Salvador (BA), onde deu aulas no Conservatório de Música da Bahia. De volta a São Luís, organizou os Pastores Líricos, entidade empresarial e artística dos cantores desempregados.
Criou a Escola de Música do Maranhão, em 1901, da qual foi o primeiro diretor e professor de canto. Em 1905, foi ao Rio de Janeiro para lecionar canto no Instituto Nacional de Música, falecendo logo em seguida.
Música dramática: Iracema, ópera (incompleta).
Música orquestral: Hino abolicionista, Hino do Maranhão, Protofonia São Luís, Primeira sinfonia originale, Segunda sinfonia originale, Terceira sinfonia originale e Quarta sinfonia originale.
Música sacra: Ave Maria, Ladainha a Nossa Senhora, Missa de réquiem, Missa solene, Tantum ergo e Te Deum.
Texto retirado de http://www.perfilcultural.com.br/
UBIRAJARA RAYOL FILHO
Ubirajara, ou Bira, como o chamávamos, foi o 1° colocado do vestibular da turma de Engenharia Civil da Escola de Engenharia do Maranhão com início em 1970, a mesma turma da qual participavam todos os componentes do Grupo MUSA.
Em abril de 1970, em parceria de seu irmão Carlos Rayol, apresentaram junto com Ronaldo Mota e Luis Alfredo, cinco músicas no I Festival Estudantil de Música Maranhense, classificando duas delas para o dia final (12 músicas).
Bira foi transferido da Escola de Engenharia do Maranhão no final de 1971. Concluiu Engenharia Civil e bacharelado em Matemática na UnB, licenciatura em Matemática na PUC/SP e Direito na UFPE. Tem dois filhos, um com 26 anos, Procurador da República em Belém e outro cursando Engenharia Civil em Fortaleza, onde atualmente reside. Depois de alguns empregos em Brasília, fixou-se na PETROBRAS onde está há 30 anos, como diretor técnico de empresas coligadas, uma delas a Companhia Maranhense de Gás. Bira faleceu em 2021.
Sinhô, João do Vale, Ronaldo Mota, Ubirajara Rayol e Luis Alfredo cantando no I Festival Estudantil da Música Maranhense que ocorreu em abril de 1970.
Recorte de jornal da época do I Festival Estudantil da Música Maranhense.
Outro recorte de jornal da época do I Festival Estudantil da Música Maranhense.
Folheto com a letra da música Lua Nova de Ubirajara Rayol Filho e Carlos Henrique Rayol, que foi apresentada no I Festival Estudantil da Música Maranhense.
Folheto com a letra da música Caminhada de Ubirajara Rayol Filho e Carlos Henrique Rayol, que foi apresentada no I Festival Estudantil da Música Maranhense.
HILTON ASSUNÇAO
Hilton Assunção Filho
São Luís (MA) - 21/05/1955
Violonista, arranjador, maestro e compositor.
Hilton morava na Rua Antonio Rayol quase defronte da casa de João Augusto, onde se reuniam todas as noites para tocar violão, e é bem provável que ali tenha nascido a idéia de ser músico, até mesmo também por influência do seu tio que compunha a famosa dupla Ponto e Vírgula.
Estudou música com José Soeiro, o Zequita, mestre da banda da Polícia Militar. Iniciou-se profissionalmente como guitarrista em conjuntos de baile de sua cidade natal. Mais tarde integrou o grupo vocal Tonga Trio, com Leonardo Espirro e Zé Carlos Tibinga. Autodidata, mudou-se para o Rio de Janeiro, em 1978, para continuar seus estudos de música, onde se formou Bacharel em Regência pelo Conservatório Brasileiro de Música. Estudou piano, em São Luís, com Herbênia Machado e Irlanda Correa Lima e, no Rio de Janeiro, com Maria Luiza Jaguaribe Alencar de Moura. Foi regente do Coral da UFMA, entre 1992 e 1995. Trabalhou em shows e gravações com vários artistas da MPB.
Texto retirado de http://www.perfilcultural.com.br/
João Augusto, Hilton Assunção, Sérgio Habibe e José Oscar no Armazém Estrela para assistir o show de Hilton (junho, 2006).
Sérgio Habibe e Hilton Assunção tocando e cantando durante o show (junho, 2006).
Hilton Assunção acompanhado de sua esposa ao piano (junho, 2006).
Hilton Assunção em show no Botequim Armazém (setembro, 2007).
Hilton Assunção tocando com sua esposa no show (setembro, 2007).
José Oscar, Hilton Assunção e João Augusto, no intervalo do show (setembro, 2007).
GIORDANO MOCHEL
Giordano Mochel Filho
São Luís (MA) - 12/11/1949
Cantor, compositor e violonista.
Giordano também estudou na mesma época que os componentes do MUSA na Escola de Engenharia do Maranhão e não raro estavam juntos tocando e cantando.
Desde cedo teve inclinação para a música. Com o violão abriu seu caminho no mundo musical com rapidez e segurança. Transferiu-se para Brasília e Rio de Janeiro, onde conviveu com a música dos festivais e do tropicalismo, nos anos 70. Em 1972, retornou ao Maranhão, onde participou, com Sérgio Habibe, César Teixeira, Chico Saldanha, Ubiratan Sousa, Ronaldo Mota e Josias Sobrinho, dos eventos da época, que seriam o embrião da moderna realidade da arte em São Luís. Em 1971, participou do I Festival de Música Popular do Maranhão, com a música Boqueirão. Estudou na Escola de Música do Estado do Maranhão com o barítono alemão Clemens Hilbert. Tem trabalhado como produtor de shows e discos. Participou de vários festivais. Ganhou o Prêmio Sharp de Música, Revelação Regional, em 1993. Tem músicas gravadas por artistas como Diana Pequeno, Vidal França, Luanda, João Bá, Banda Mafuá, Dorothy Marques, Saulo Laranjeiras e Titane.
Discografia
Boqueirão (1993) Independente LP
Texto retirado de http://www.perfilcultural.com.br/
SÉRGIO HABIBE
Sérgio Roberto Uchoa Habibe
São Luís (MA) - 31/08/1949
Cantor, compositor, violonista e flautista.
O convívio com Sérgio sempre foi uma constante desde o I Festival Estudantil da Música Maranhense.
Conviveu desde pequeno em ambiente artístico. Seu pai tocava cavaquinho, cantando em festinhas e reuniões de amigos. Aos 14 anos já tocava violão. Sua primeira composição, Azulado, foi criada aos 16 anos. Em 1971, participou do I Festival de Música Popular do Maranhão, com Fuga e antifuga e Viola e violeta. Em 1972, no II Festival de Música Popular do Maranhão, conquistou o prêmio regional Cavala Canga. Tem músicas gravadas por Papete, Boca Livre, Céu da Boca, Dorothy Marques, Cláudio Pinheiro. Estudou flauta na Proarte e violão na Escola de Música do Estado do Maranhão (com João Pedro Borges), onde ensinou flauta. Ajudou a criar o Laboratório de Expressões Artísticas (LABORARTE)), em 1972, onde desenvolveu, ao lado de César Teixeira, uma tentativa de movimento vanguardista, propondo uma arte integrada, voltada especificamente para a cultura nativa. É um dos compositores mais representativos de uma nova geração projetada nos anos 60/70, sendo autor de verdadeiros marcos musicais, como Eulália, Cavalo cansado e Panaquatira, entre outras.
Discografia
Sérgio Habibe (SD) Independente Compacto simples
Bela mocidade – Cláudio Valente e Sérgio Habibe (1988) BMG LP
Sérgio Habibe (1993) Independente LP
Sérgio Habibe (1997) VCR/Governo do Estado/USIMAR/Lígia Fernandes CD
Texto retirado de http://www.perfilcultural.com.br/
Sérgio Habibe tocando e cantando no Armazém Estrela.
João Augusto, Sérgio Habibe e José Oscar no show no Armazém Estrela.
CHICO DA LADEIRA
Francisco de Assis Vieira
São Luís (MA) – 06/12/1949
Compositor.
Chico é um velho conhecido desde da época em que João Augusto morava na rua Antonio Rayol, naquela casa que chamávamos das 99 pessoas, muito embora ele não tenha participado do nosso movimento musical daquela época.
Sambista, nasceu na Rua Antonio Rayol, na casa onde funcionava o bloco Os Lunáticos. Foi compositor da Escola de Samba Flor do Samba e autor de sambas-enredo que ficaram na história da escola. Com 16 anos, apresentou-se na Rádio Gurupi, cantando música de Roberto Carlos. Seu talento como compositor foi descoberto em 1978, quando, convidado por Augusto Maia, fez O Circo, para a Flor do Samba. Em 1979, compôs, novamente com Augusto Maia, o samba Haja Deus, para a Flor do Samba, que o consagrou definitivamente. Em 1980, compôs para a escola Unidos da Camboa, junto com Zé da Conceição, parceiro preferido. Posteriormente, continuou compondo para a Flor. Mesmo tendo fortes ligações com as festas de momo, seus temas preferidos são questões sociais e músicas de protesto.
Texto retirado de http://www.perfilcultural.com.br/
MAESTRO NONATO
Raimundo Nonato Rodrigues de Araújo
Itapecurú-Mirím (MA) - 14/02/1936
Maestro, tecladista e professor.
Devemos ao maestro Nonato todos os arranjos musicais das músicas defendidas nos dois festivais que participamos.
Iniciou-se na música com seu pai Patrício Eugenio de Araújo. Seu primeiro instrumento foi uma harmônica, com a qual tocava, todos os domingos, na igreja matriz de sua cidade natal. Seu primeiro instrumento de sopro foi o baixo tuba. Depois experimentou o sax, a clarineta, o trompete, o violão e outros. Entrou no cenário musical na década de 50, mas a carreira artística foi iniciada somente na década de 60.
Sua vinda para São Luís ocorreu no ano de 1958, e, em 1959, reunindo-se com um grupo de estudantes dos colégios Liceu, Ateneu e Maristas, fundou o grupo musical Os Colegiais, que tocava, geralmente, nos bailes de formatura estudantis. O grupo sobreviveu somente um ano, mas foi o suficiente para alimentar o gosto pela música em São Luís. Posteriormente, em 1963, fundou o grupo Nonato e seu Conjunto, que participou ativamente, por cerca de 20 anos, da produção musical maranhense. Em 1982, o grupo foi desfeito e o maestro Nonato passou a atuar em um estúdio de gravações, pioneiro na cidade. Em 1982, o grupo desfeito e o maestro Nonato passou a atuar em um estúdio de gravações, pioneiro na cidade. Faz parte do Conselho Regional da Ordem dos Músicos do Brasil, no Maranhão.
Encontrei o maestro e prof. Nonato, como colega do nossos departamento DHS/IFMA, quando ele me contou uma curiosidade na qual tinha sido ele quem musicou os versos do poeta Bandeira Tribuzzi na música ganhadora do Festival.
Texto retirado de http://www.perfilcultural.com.br/