O título é referência do filme de Michelangelo Antonioni: "Identificazione di una Donna" (1982), em que o realizador é filmado à procura da mulher perfeita, para ser a protagonista do seu próximo filme. O próprio Antonioni, o realizador é a personagem. A sua procura é a descoberta do homem de si para si, desta forma a autoconsciência da sua arte, converte o filme no motivo principal de reflexão sobre ele próprio, no desejo de encontrar novas relações e refrações da sua própria imagem.
O subtítulo: A História Universal de um homem chamado Rodrigo Vilhena advém de dois temas: O primeiro surge das diversas tentativas de criar uma História Universal do Homem. O segundo vem do filme de Elliot Silvestein, intitulado: "Um Homem chamado Cavalo" (1970). Uma das muitas narrativas sobre A História Universal foi realizada em Londres com textos de diferentes áreas e de diversos autores. Mapas, desenhos, ilustrações, esquemas, textos, notas, continha os sessenta e cinco volumes publicados entre 1747 e 1768. Infelizmente era limitada ao ponto de vista dos Europeus, os colonizadores. No filme Um Homem chamado Cavalo, reparamos com a história de um colonizador, um aristocrata britânico chamado John Morgan, que é capturado por guerreiros Sioux em 1805. Escravizado, começa a sua lenta aprendizagem na cultura dos índios Sioux, acabando por compreender a sua história e a respeitá-la. Recupera a sua dignidade no teste de bravura chamado Voto do Sol, acabando por se juntar à tribo.
A primeira página da web site em 2000, apresentava quatro fotos de um homem a nadar até chegar à praia. Eis O Homem da Atlântida (1977-1978), a série norte-americana, que narrava a história de um híbrido com amnésia. O atlante, único na sua espécie, a humanidade acredita que seja o último sobrevivente da Atlântida. Este é o homem que não é deste mundo, onde tem de obrigatoriamente viver.