Palavra do Superintendente

O QUE SIGNIFICA MISSÃO DA JANELA 0 X 14

I) AS ÚLTIMAS PALAVRAS DE CRISTO

Faz quase dois mil anos que o Senhor Jesus disse: "Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura" (Marcos 16:15) e ao longo deste período tem sido escrita a história da Igreja — uma maravilhosa história da graça e do amor do Senhor e do trabalho inefável do Santo Espírito de Deus.

As últimas palavras do Senhor Jesus Cristo ficaram registradas em Atos 1:7,8 — "Não vos compete conhecer tempos ou épocas que o Pai reservou para sua exclusiva autoridade; mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém, como em toda Judéia e Samaria, e até aos confins da terra". E o texto continua: "Ditas estas palavras, foi Jesus elevado às alturas, à vista deles, e uma nuvem o encobriu dos seus olhos" (Atos 1:9).

Os primeiros discípulos ficaram com os olhos fitos no céu até que ouviram da parte de dois varões vestidos de branco: "Varões galileus, por que estais olhando para as alturas? Esse Jesus que dentre vós foi assunto ao céu, assim virá do modo como o vistes subir" (Atos 1:11).

Quando Jesus retornará? Já são quase dois mil anos que Ele subiu aos céus. Estaria Ele sendo retido pela longanimidade de Deus o Pai, que tem os tempos e épocas sob Sua exclusiva autoridade? "Há todavia, uma cousa, amados, que não deveis esquecer: que, para com o Senhor, um dia é como mil anos, e mil anos como um dia. Não retarda o Senhor a sua promessa, como alguns a julgam demorada; pelo contrário, ele é longânimo para convosco, não querendo que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento" (2 Pedro 3:8,9).

Para o homem o tempo é dois mil anos. Para Deus, porém, é de apenas dois dias, e mais do que nunca é necessária a obediência à ordem do Senhor de pregar a toda criatura e ir até aos confins da terra. Não há nada mais digno a ser realizado do que esta tarefa.

II) A TAREFA DA EVANGELIZAÇÃO MUNDIAL

"O campo é o mundo" (Mateus 13:38). O crescimento da população mundial, ou o fenômeno da explosão demográfica, é uma realidade. Estudos indicam que 2/3 dos habitantes da terra jamais ouviram falar de Cristo.

Os missiólogos, para melhor compreender a tarefa da evangelização mundial, adotam determinados esquemas, como por exemplo:

1) O esquema dos três mundos:

• O Mundo A — O mundo não evangelizado e que nunca ouviu falar de Cristo.

• O Mundo B — O mundo que já ouviu falar de Cristo mas que não é cristão.

• O Mundo C — O mundo chamado cristão, composto por todos aqueles que se denominam cristãos.

2) O esquema do evangelismo E-0, E-l E-2 e E-3.

Trata-se de uma escala para medir a distância que o missionário deve percorrer desde sua própria cultura até conseguir evangelizar pessoas de outra cultura.

• E-0 (Jerusalém) — Este nível da escala inclui a tarefa de ganhar para Cristo os próprios filhos dos crentes. Não há quase barreiras para ultrapassar. O caminho a percorrer é pequeno.

• E-1 (Judéia) — Implica em ganhar para Cristo as pessoas de sua própria cultura, as quais não pertencem à Igreja de Cristo e são cristãos só de nome.

• E-2 (Samaria) — Envolve ganhar para Cristo pessoas de uma cultura parecida, mas não idêntica à do missionário. Podem ser grupos que até vivem perto do missionário, mas que têm características distintas. Às vezes exige-se um certo deslocamento e uma adaptação a certos costumes diferentes, embora não seja necessário o aprendizado de uma nova língua.

• E-3 (Confins da Terra) — Neste nível, o missionário terá que percorrer um caminho bem longo, necessitando aprender uma nova língua e devendo estar consciente de que evangelizará pessoas de uma cultura totalmente diferente da sua.

3) O esquema das duas janelas

a) a janela 10/40

No início da década de 90, alguns pesquisadores estudaram o mundo, procurando identificar quais as nações com maiores necessidades espirituais, e descobriram que entre 1O e 40 graus de latitude norte, estendendo-se do norte da África através da Ásia até o Japão, vivia a maior população mundial sem oportunidade de ouvir o Evangelho.

Esta região foi denominada JANELA 10/40 e tem sido hoje o alvo de concentrado esforço missionário.

b) a janela 0/14

Trata-se de uma janela não geográfica mas das faixas etárias.

Diante da pergunta: “Com qual idade você conheceu a Jesus Cristo como Seu Salvador Pessoal”, a pesquisa revela que, em cada grupo de 100 crentes:

04% receberam a Cristo depois dos 30 anos

10% receberam a Cristo entre 15 e 30 anos

35% receberam a Cristo entre 10 e 15 anos

50% receberam a Cristo entre 4 e 10 anos

01% receberam a Cristo entre 0 e 4 anos.

Observe bem que dentro da JANELA 0/14 temos 86% de decisões por Cristo.

O escritor George Barna chega a afirmar que o maior desafio hoje é formar uma geração com cosmovisão bíblica cristã, e que se uma pessoa não for conduzida a uma experiência pessoal com Jesus Cristo antes dos 15 anos de idade, as chances desta decisão ser tomada depois cai para apenas 6%.

III) CONCEITUANDO A JANELA 0/14

Dentro da tarefa evangelística/missionária, há uma janela que não tem sido levada em consideração — trata-se da janela 0/14.

Janela 0/14 é um conceito que vem sendo adotado pela Aliança Pró-Evangelização das Crianças, no Brasil, para identificar mais de 60% da população mundial, que não só não tem recebido a devida atenção por parte das igrejas e organizações missionárias como também tem sido, em muitos casos, totalmente negligenciada. A janela 0/14 inclui as pessoas de todo o mundo que estão na faixa etária de 0 a 14 anos.

Um fato impressionante é que 60% a 85% das pessoas que tomaram uma decisão ao lado de Cristo e hoje pertencem a uma igreja evangélica, o fizeram entre as idades de 0 a 14 anos.

IV) OLHANDO PARA O MUNDO ATRAVÉS DA JANELA 0/14

Quem olhar com cuidado para a janela 0/14 contemplará uma triste realidade: as crianças, em todos os continentes, têm sido marginalizadas, desprezadas e abusadas.

1) Na área educacional — Existem milhares de crianças analfabetas ou semi-analfabetas, sem acesso à instrução que possa lhes abrir portas para um desenvolvimento intelectual.

2) Na área familiar — É crescente o número de crianças inseguras por causa dos desajustes familiares e da ausência dos pais na formação de seus filhos. Muitas crianças acabam vivendo a maior parte do dia em escolinhas, creches ou com parentes. Alie-se a isto a falta de uma disciplina sadia e dentro dos preceitos bíblicos e temos a "receita" para fazer surgir uma geração rebelde.

3) Na área física — Não se pode precisar o número de crianças traumatizadas pelos maus tratos corporais (espancamentos, queimaduras, mutilações, falta de alimentos, roupas e remédios). Quem descreverá a aflição das crianças que passam pelos campos de refugiados ou vivem em países onde há guerras?

4) Na área psicológica — Não há estatísticas que informem quantas crianças vivem perturbadas pelas ameaças, humilhações e privações de ordem emocional.

5) Na área religiosa — Há um sem-número de crianças enredadas nas malhas das religiões e seitas, nas quais a Salvação depende das boas obras e do esforço pessoal, ou onde o ocultismo, a feitiçaria e a superstição estão presentes.

6) Na área sexual — Atualmente, milhões de crianças vivem humilhadas, sendo levadas a participar de práticas eróticas, exploradas no comércio da prostituição e usadas na indústria da pornografia. O estupro é outra experiência traumática que deixa duradouras marcas.

7) Na área social — Quantas crianças, abandonadas pelos pais e pela sociedade, perambulam pelas ruas das principais cidades do mundo?

8) Na área trabalhista — Em muitos lugares, as crianças são exploradas, sem garantia de emprego, sendo submetidas a jornadas excessivas de trabalho em atividades das mais penosas e difíceis, algumas até ilegais. Há crianças que ficarão com a saúde irremediavelmente afetada devido aos trabalhos que realizam.

Este quadro desolador e constrangedor pode ser encontrados em todos os níveis sociais, sem exceção, e nos leva a clamar: o povo da janela 0/14 necessitaa ouvir o evangelho.

V) OLHANDO PARA A IGREJA ATRAVÉS DA JANELA 0/14

Embora haja igrejas que investem nas crianças, procurando suprir as necessidades dos seus "cordeiros" da janela 0/14, há muitas igrejas que se preocupam apenas em usar as crianças como “iscas”, literalmente, para atrair os seus pais e avós, sem um genuíno interesse na evangelização de discipulado das crianças. O quadro geral é bem desanimador:

• Poucas pessoas habilitadas para ministrar a Palavra de Deus às crianças de forma correta. Os professores são despreparados.

• Poucas atividades envolvendo as crianças em experiências de aprendizado e de serviço ao Senhor: Escola Dominical, EBF, Campanhas, Encontros, Coral Infantil, Sociedades Internas, Acampamentos, etc.

• Pouco material didático apropriado para o trabalho: quadro de giz, flanelógrafo, retro-projetor, slaides, vídeo, trabalhos manuais, cartazes, fantoches, etc.

•Pouco interesse em investir para se dar o melhor, em todos os aspectos, para que as crianças tenham prazer em estar na igreja e possam conhecer a Salvação em Cristo e crescer na vida cristã.

• Pouca convicção quanto ao fato de que uma criança pode e necessita nascer de novo, reconhecendo que é pecadora e que o sacrifício de Jesus na cruz em seu lugar é suficiente, e que ao receber a Cristo ela passa a ter a vida eterna.

Se uma pessoa, enquanto é criança e faz parte da janela 0/14, passar pela igreja sem receber a Cristo como seu Salvador pessoal, corre o risco de tornar-se apenas uma pessoa "igrejada".

Se a igreja não se preocupar em evangelizar as suas próprias crianças, evangelizará as outras crianças da sua vizinhança, de outras cidades, de outras nações? Infelizmente, não

VI) OLHANDO PARA A BÍBLIA ATRAVÉS DA JANELA 0/14

Há muitos textos nas Escrituras a respeito das crianças, e em sua maioria estão na forma de mandamentos:

1) Deuteronômio 6:6,7—"Estas palavras que hoje te ordeno estarão no teu coração; tu as inculcarás a teus filhos, e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e ao deitar-te e ao levantar-te".

2) Deuteronômio 31:12 — "Ajuntai o povo, os homens, as mulheres, os meninos, e o estrangeiro que está dentro da vossa cidade, para que ouçam e aprendam, e temam ao Senhor vosso Deus, e cuidem de cumprir todas as palavras desta lei".

3) Provérbios 22:6 — "Ensina a criança no caminho em que deve andar, e ainda quando for velho não se desviará dele".

4) Mateus 18:5,14 — "E quem receber uma criança tal como esta, em meu nome, a mim me recebe... Assim, pois, não é da vontade de vosso Pai celeste que pereça um só destes pequeninos".

5) Marcos 10:14-16 — "Deixai vir a mim os pequeninos, não os embaraceis, porque dos tais é o reino de Deus. Em verdade vos digo: Quem não receber o reino de Deus como uma criança, de maneira nenhuma entrará nele. Então, tomando-as nos braços e impondo-lhes as mãos, as abençoava".

Tanto no Velho como no Novo Testamento, o povo de Deus é desafiado a conduzir as crianças ao Senhor e ensiná-las nos Seus caminhos. A Bíblia é clara em mostrar que a criança é pecadora (Salmo 51:5) e necessita colocar a sua confiança em Deus (Salmo 78:7) para não vir a se perder (Salmo 78:8 e Mateus 18:14).

Jesus também ensinou claramente que a infância é o tempo ideal para a salvação (Mateus 18:1-4). Não é a criança que tem de tornar-se adulta para receber o reino de Deus; pelo contrário, é o adulto que precisa tornar-se como uma criança.

VII) OLHANDO PARA A EXPERIÊNCIA ATRAVÉS DA JANELA 0/14

Como já foi mencionado, 60% a 85% das pessoas que hoje são nascidas de novo, fizeram esta decisão entre 0 e 14 anos. Por quê? Uma criança tem características próprias, que são favoráveis a que venha receber a Cristo:

• É humilde e facilmente reconhece que é pecadora.

• Está numa fase da vida quando é mais fácil crer.

• Está menos presa a vícios e pecados.

Após os 14 anos a situação é completamente diferente: o orgulho, a incredulidade, a desconfiança e o pecado vão dominando o coração. Também há crescentes pressões que vão surgir em sua vida após os 14 anos, as quais aos poucos vão excluindo Deus: muitos estudos, muitas atividades interessantes, a influência dos colegas, a necessidade de trabalhar, etc.

Tem sido comprovado que, na faixa etária dos 15 aos 30 anos, o número dos que fazem a sua decisão por Cristo diminui para 10% a 25%.

A prova de que, à medida que a idade avança, torna-se mais difícil uma decisão por Cristo, está nas estatísticas que afirmam que acima dos 30 anos o número de decisões cai para 5% a 15%.

Se a experiência tem demonstrado que nesta janela 0/14 o trabalho é mais frutífero, por que não se avança com mais estratégias para alcançar este "povo"?

As crianças necessitam urgentemente de algo ou alguém em que possam firmar sua vida, pois há muita instabilidade ao seu redor. Só o Senhor Jesus pode ser este firme fundamento, não apenas para o tempo mas para toda a eternidade.

Outro dado muito importante e significativo é que 70% a 85% dos missionários que avançam mais para anunciar o Evangelho, aprendendo uma nova língua e deixando a sua própria cultura, também fizeram sua decisão por Cristo na faixa etária antes dos 14 anos. Este tipo de missionário é o mais necessário para se completar a tarefa ordenada por Jesus!

Ganhando-se uma criança para Cristo, ganha-se não apenas uma vida salva para toda a eternidade mas também uma vida útil ao serviço de Deus.

VIII) OLHANDO PARA O IMENSO DESAFIO DA GRANDE COMISSÃO ATRAVÉS DA JANELA 0/14

Numa população mundial acima de seis bilhões de pessoas, um pouco mais de três bilhões, seguramente, são crianças:

340 milhões na África

350 milhões na América

1,9 bilhão na Ásia

300 milhões na Europa

150 milhões no Oriente Médio

15 milhões na Oceania.

Só no Brasil, o número de crianças até 14 anos de idade chega a mais de 60 milhões.

Pode-se afirmar que, quantitativamente, o maior desafio para a Igreja do Senhor Jesus Cristo nos dias de hoje é alcançar a janela 0/14. Em Mateus 18:14, Jesus disse: "Não é da vontade de vosso Pai celeste que pereça um só destes pequeninos".

É urgente que as igrejas e organizações missionárias trabalhem com afinco para ganhar o maior número possível de crianças, através das mais variadas estratégias, seja nas igrejas (EBFs, Campanhas, Eventos, Escolas Dominicais); seja nas casas dos crentes (Classes de 5 Dias, Classes de Boas Novas); seja em Instituições (Hospitais, Creches, Escolas); seja nas ruas, nas praias, nas beiras de rios, nos acampamentos, nas tribos mais distantes, etc.

Já estamos na 2ª Década do Século 21. Jesus retornará em breve.

A Igreja de Cristo está avançando em todas as direções para alcançar todos os povos, até aos confins da terra. Muito trabalho está para ser realizado. A seara é imensa e os trabalhadores são poucos. Olhemos com cuidado, com dedicação, com amor, com esperança, com fé para a janela 0/14 e avancemos para alcançar todas as crianças do mundo inteiro com o precioso Evangelho de Cristo!

Venha para missões na janela 0/14.

Venha fazer parte do TIME DA APEC – a missão da janela 0/14!

Gilberto Celeti

superintendencia.apec@apec.com.br

ONDE ESTÃO OS PASTORES DE CRIANÇAS?

"Cuidado para não desprezarem um só destes pequeninos! Pois eu lhes digo que os anjos deles nos céus estão sempre vendo a face de meu Pai celeste. O Filho do homem veio para salvar o que se havia perdido. O que acham vocês? Se alguém possui cem ovelhas, e uma delas se perde, não deixará as noventa e nove nos montes, indo procurar a que se perdeu? E se conseguir encontrá-la, garanto-lhes que ele ficará mais contente com aquela ovelha do que com as noventa e nove que não se perderam. Da mesma forma, o Pai de vocês, que está nos céus, não quer que nenhum destes pequeninos se perca.” (Mateus 18:10-14)

Na história contada por Jesus a respeito do pastor que sai pelos montes procurando a ovelha perdida, encontramos algumas ações significativas:

• Deixar – Ele suspende algo que vinha fazendo e se lança numa empreitada que vai exigir certa renúncia.

• Ir – Ele se desloca movido por um impulso muito forte e totalmente focado no seu objetivo: encontrar o cordeiro que está perdido. Ele avança nessa direção.

• Procurar – Ele se esforça por alcançar ou conseguir o seu objetivo.

• Encontrar – Ele finalmente descobre, acha, dá de cara com a ovelha perdida.

• Recolher – Ele dá o devido acolhimento.

• Trazer – Ele conduz o cordeiro para o lugar seguro.

2) Buscar crianças perdidas exige:

• Diligência – Cuidado ativo, presteza em fazer alguma coisa. Zelo. Esforço. Empenho. Empregar todos os meios para fazer algo.

• Disposição – Desígnio, intenção, vontade, inclinação, prontidão.

• Dedicação – Afeto extremo, devoção. Consagração. Sacrificar-se em favor de algo. Entrega.

Quantas crianças estão perdidas? Só no Brasil são cerca de 60 milhões abaixo dos 15 anos de idade. Onde estão as crianças perdidas?

A saída para procurar crianças perdidas se reveste de um significado muito mais profundo quando ouvimos o Senhor Jesus dizer que “o Pai de vocês, que está nos céus, não quer que nenhum destes pequeninos se perca” (Mateus 18:14). Trata-se de um trabalho de acordo com a vontade de Deus! Que maravilha!

São tantas as oportunidades para buscar as crianças: aulas em creches e nas escolas, escolas bíblicas de férias, ministério nos hospitais, clubes bíblicos em lares cristãos, etc. Que bênção extraordinária seria se, em cada igreja, pelo menos 5 a 10 lares abrissem suas portas para realizarem Clubes Bíblicos para Crianças, com programação de uma vez por semana para os pequenos! Seria uma verdadeira revolução!

3) A falta de visão e de ação para buscar as ovelhinhas perdidas

Jesus Cristo, certa ocasião, ficou indignado com os seus discípulos, porque queriam impedir que as crianças se aproximassem dele. O Senhor dirigiu-lhes a seguinte palavra: “Deixem vir a mim as crianças, não as impeçam; pois o Reino de Deus pertence aos que são semelhantes a elas. Digo-lhes a verdade: Quem não receber o Reino de Deus como uma criança, nunca entrará nele.” (Marcos 10:14-15).

Embora seja possível provar, sem sombra de dúvidas, que 85% dos atuais cristãos receberam a Cristo quando ainda eram crianças, antes dos 15 anos de idade (10% o fizeram entre 15 e 30 anos, 5% após os 30 anos), ainda existem muitas pessoas colocando tropeços e impedindo as crianças de virem a Cristo.

O problema, na verdade, é teológico. Há uma teologia deficiente quando se trata das crianças. Não existem duas teologias, uma para adultos e outra para crianças. Há, isto sim, uma linguagem mais apropriada para o adulto e outra mais apropriada para a criança, mas não se pode esconder da criança a verdade do Evangelho.

Lamentavelmente, não há visão e nem interesse em compartilhar o Evangelho com as crianças. A maioria dos trabalhos com as crianças resume-se a contar “historinhas”, cantar “musiquinhas”, fazer “oraçõezinhas”, preparar “programinhas”, sem nenhuma preocupação em mostrar a realidade do pecado e como uma criança pode receber a Cristo como seu Salvador Pessoal. Esse quadro precisa mudar urgentemente!

4) O problema todo se resume numa só palavra: p e c a d o!

Pecado é uma palavra derivada de uma raiz que significa “errar o alvo”, “fracassar”. Trata-se, na verdade, do fracasso em não atingir um padrão conhecido, vindo a desviar-se do mesmo. Pecado é afastamento daquilo que Deus considera e estabelece como a conduta ideal. O pecado acaba se tornando uma oposição a Deus, uma verdadeira rebelião. O pecado é a transgressão da lei e do padrão de Deus.

O trabalho com crianças que não reconhecer esta problemática do pecado, mesmo no coração de um pequenino, terá pouca chance de ser frutífero. Se desejarmos pastorear e preparar uma nova geração, temos que enfrentar o problema principal, sem rodeios, sem sentimentalismo, sem fugir do diagnóstico, ainda que seja duro: “O Senhor viu que a perversidade do homem tinha aumentado na terra e que toda a inclinação dos pensamentos do seu coração era sempre e somente para o mal.” (Gênesis 6:5)

O Senhor Jesus foi também categórico ao afirmar: “Pois do interior do coração dos homens vêm os maus pensamentos, as imoralidades sexuais, os roubos, os homicídios, os adultérios, as cobiças, as maldades, o engano, a devassidão, a inveja, a calúnia, a arrogância e a insensatez. Todos esses males vêm de dentro e tornam o homem impuro.” (Marcos 7:21-23)

Há milhões de crianças perdidas no pecado, caídas, e que correm o risco de se perderem eternamente. Uma das principais doutrinas na Bíblia, que precisa ser bem compreendida, refere-se à queda do homem. Ao pecar, o homem rebelou-se contra Deus. Tornou-se inimigo de Deus.

No final de Gênesis 3, no último versículo, vemos o homem expulso do jardim do Éden e sem possibilidade de retorno, levando consigo e para todos os seus descendentes as consequências de sua queda: dores, sofrimentos, trabalho duro para obter o sustento, doenças e a morte.

Os filhos de Adão e Eva nasceram após a queda e receberam essa herança pecaminosa. “Portanto, da mesma forma como o pecado entrou no mundo por um homem, e pelo pecado a morte, assim também a morte veio a todos os homens, porque todos pecaram” (Romanos 5:12) “Sei que sou pecador desde que nasci, sim, desde que me concebeu minha mãe.” (Salmo 51:5) Estes textos tão claros mostram que cada criança já nasce num estado de pecado que a coloca em inimizade com o Deus Eterno, que é Santo e não tolera o pecado.

Só há uma maneira de apagar o pecado: através do sangue do Cordeiro Justo e Imaculado, do Filho de Deus, sem pecado, perfeito, o Senhor Jesus Cristo! “Tudo isso provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo e nos deu o ministério da reconciliação, ou seja, que Deus em Cristo estava reconciliando consigo o mundo, não levando em conta os pecados dos homens, e nos confiou a mensagem da reconciliação. Portanto, somos embaixadores de Cristo, como se Deus estivesse fazendo o seu apelo por nosso intermédio. Por amor a Cristo lhes suplicamos: Reconciliem-se com Deus. Deus tornou pecado por nós aquele que não tinha pecado, para que nele nos tornássemos justiça de Deus.” (2 Coríntios 5:18-21)

5) A mensagem que a criança precisa ouvir!

Pastorear e preparar crianças para o futuro é conduzi-las ao novo nascimento, contando-lhes a preciosa mensagem do Evangelho.

Toda criança precisa conhecer:

• Que Deus a ama com imenso amor – João 3:16.

• Que ela tem um problema (doença, necessidade) – Romanos 3:23; 6:23.

• Que só há uma solução (remédio, provisão) para o seu problema – Atos 4:12; 1 Coríntios 15:3,4; 1 Timóteo 2:5.

• Que ela precisa apropriar-se de Cristo (recebê-lo) – João 1:12,13.

• Que a salvação é eterna (segurança) – João 10:28-29; 1 João 5:11-12.

É preciso levar a criança a reconciliar-se com Deus, reconhecendo que é pecadora, buscando o perdão e confiando no sacrifício de Cristo realizado na cruz do Calvário, pois “o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado” (1 João 1:7).

Sim, o pecado foi eliminado completamente na cruz. “Portanto, agora já não há condenação para os que estão em Cristo Jesus” (Romanos 8:1). A criança que estava perdida foi achada.

COntinuaremos esta palavra falando que o pastor não somente busca a ovelha perdida mas também apascenta o cordeirinho de Cristo.

Gilberto Celeti

Este artigo saiu na Revista "O Evangelista de Crianças" ano 58, nº 227, abril/maio/junho/20

A figura que melhor representa aquele que trabalha com crianças é a figura de um pastor. Tios, tias, professores, professoras, palhaços, palhaças, monitores, voluntários e tantos outros precisam sair de cena.

Chega de pajear, de entreter ou de meramente “ensinar” crianças. Vamos pastoreá-las. O momento atual exige isso.

A) CARACTERÍSTICAS DO VERDADEIRO PASTOR

1) Instrui e guia as ovelhas com a sua palavra e com o seu exemplo, indo adante delas.

2) Vive bem familiarizado com as suas ovelhas, e elas o conhecem bem, o que indica comunhão e comunicação.

3) É inteiramente devotado ao seu rebanho e dá a própria vida pelas suas ovelhas.

4) Garante a segurança do rebanho, vigiando contra os ataques dos inimigos.

5) É sadio na doutrina, forte na fé, tem prazer em ensinar e é capaz de fazê-lo.

6) Vive uma vida de piedade e manifesta o fruto do Espírito em sua vida.

7) É responsável e perseverante.

8) Busca a santificação, é equilibrado e livre de vícios.

9) Tem boa reputação e não é dado a contendas.

10) Tem uma linguagem sadia e não usa de maledicências ou fofocas.

11) Vive honestamente, não é ganancioso, nem anda atrás do dinheiro.

12) Tem uma boa família, que não lhe traz perturbações.

13) É conhecido pelas boas obras que realiza.

Todas essas características fazem violento contraste com os falsos pastores, que são indivíduos totalmente egoístas e perversos, e que, na realidade, não podem oferecer qualquer vantagem ou bênçãos ao rebanho de Deus. Pelo contrário, há até muitos obreiros e “pastores” que são pedófilos e abusadores de crianças, que ficam muitas vezes acobertados para não ficarem expostos e serem motivos de escândalo. Absurda esta “compaixão” parta com estes “pastores” que são na verdade lobos com pele de ovelha. “A compaixão nem sempre é virtude, quem poupa a vida do lobo, condena à morte as ovelhas”, afirmou o escritor francês Vitor Hugo.

Muito triste também é constatar que em muitos lugares são colocadas pessoas para instruírem as crianças sem que tenham as qualificações necessárias. Diante dos cordeirinhos precisam estar os melhores “pastores e mestres”. Não é tarefa para “qualquer um” realizar.

Podemos olhar o pastor de crianças em três posições bem distintas:

• Aquele que procura a ovelha perdida;

• Aquele que apascenta os cordeirinhos de Cristo;

• Aquele que livra e protege dos inimigos.

B ) O PASTOR QUE PROCURA O CORDEIRINHO PERDIDO

Vamos considerar a ação de buscar a ovelha perdida:

"Cuidado para não desprezarem um só destes pequeninos! Pois eu lhes digo que os anjos deles nos céus estão sempre vendo a face de meu Pai celeste. O Filho do homem veio para salvar o que se havia perdido. O que acham vocês? Se alguém possui cem ovelhas, e uma delas se perde, não deixará as noventa e nove nos montes, indo procurar a que se perdeu? E se conseguir encontrá-la, garanto-lhes que ele ficará mais contente com aquela ovelha do que com as noventa e nove que não se perderam. Da mesma forma, o Pai de vocês, que está nos céus, não quer que nenhum destes pequeninos se perca.” (Mateus 18:10-14)

Na história contada por Jesus a respeito do pastor que sai pelos montes procurando a ovelha perdida, encontramos algumas ações significativas:

• Deixar – Ele suspende algo que vinha fazendo e se lança numa empreitada que vai exigir certa renúncia.

• Ir – Ele se desloca movido por um impulso muito forte e totalmente focado no seu objetivo: encontrar o cordeiro que está perdido. Ele avança nessa direção.

• Procurar – Ele se esforça por alcançar ou conseguir o seu objetivo.

• Encontrar – Ele finalmente descobre, acha, dá de cara com a ovelha perdida.

• Recolher – Ele dá o devido acolhimento.

• Trazer – Ele conduz o cordeiro para o lugar seguro.

1) Buscar crianças perdidas exige:

• Diligência – Cuidado ativo, presteza em fazer alguma coisa. Zelo. Esforço. Empenho. Empregar todos os meios para fazer algo.

• Disposição – Desígnio, intenção, vontade, inclinação, prontidão.

• Dedicação – Afeto extremo, devoção. Consagração. Sacrificar-se em favor de algo. Entrega.

Quantas crianças estão perdidas?

Só no Brasil são cerca de 60 milhões abaixo dos 15 anos de idade.

Onde estão as crianças perdidas?

São tantas as oportunidades para buscar as crianças: aulas em creches e nas escolas, escolas bíblicas de férias, ministério nos hospitais, clubes bíblicos em lares cristãos, etc.

Que bênção extraordinária seria se, em cada igreja, pelo menos 5 a 10 lares abrissem suas portas para realizarem Clubes Bíblicos para Crianças, com programação de uma vez por semana para os pequenos! Seria uma verdadeira revolução!

A saída para procurar crianças perdidas se reveste de um significado muito mais profundo quando ouvimos o Senhor Jesus dizer que “o Pai de vocês, que está nos céus, não quer que nenhum destes pequeninos se perca” (Mateus 18:14). Trata-se de um trabalho de acordo com a vontade de Deus! Que maravilha!

2) A falta de visão e de ação para buscar as ovelhinhas perdidas

Jesus Cristo, certa ocasião, ficou indignado com os seus discípulos, porque queriam impedir que as crianças se aproximassem dele. O Senhor dirigiu-lhes a seguinte palavra: “Deixem vir a mim as crianças, não as impeçam; pois o Reino de Deus pertence aos que são semelhantes a elas. Digo-lhes a verdade: Quem não receber o Reino de Deus como uma criança, nunca entrará nele.” (Marcos 10:14-15).

Embora seja possível provar, sem sombra de dúvidas, que 85% dos atuais cristãos receberam a Cristo quando ainda eram crianças, antes dos 15 anos de idade (10% o fizeram entre 15 e 30 anos, 5% após os 30 anos), ainda existem muitas pessoas colocando tropeços e impedindo as crianças de virem a Cristo.

O problema, na verdade, é teológico. Há uma teologia deficiente quando se trata das crianças. Não existem duas teologias, uma para adultos e outra para crianças. Há, isto sim, uma linguagem mais apropriada para o adulto e outra mais apropriada para a criança, mas não se pode esconder da criança a verdade do Evangelho.

Lamentavelmente, não há visão e nem interesse em compartilhar o Evangelho com as crianças. A maioria dos trabalhos com as crianças resume-se a contar “historinhas”, cantar “musiquinhas”, fazer “oraçõezinhas”, preparar “programinhas”, sem nenhuma preocupação em mostrar a realidade do pecado e como uma criança pode receber a Cristo como seu Salvador Pessoal. Esse quadro precisa mudar urgentemente!

3) O problema todo se resume numa só palavra: p e c a d o!

a) Pecado é uma palavra derivada de uma raiz que significa “errar o alvo”, “fracassar”. Trata-se, na verdade, do fracasso em não atingir um padrão conhecido, vindo a desviar-se do mesmo. Pecado é afastamento daquilo que Deus considera e estabelece como a conduta ideal. O pecado acaba se tornando uma oposição a Deus, uma verdadeira rebelião. O pecado é a transgressão da lei e do padrão de Deus.

b) O trabalho com crianças que não reconhecer esta problemática do pecado, mesmo no coração de um pequenino, terá pouca chance de ser frutífero. Se desejarmos pastorear e preparar uma nova geração, temos que enfrentar o problema principal, sem rodeios, sem sentimentalismo, sem fugir do diagnóstico, ainda que seja duro: “O Senhor viu que a perversidade do homem tinha aumentado na terra e que toda a inclinação dos pensamentos do seu coração era sempre e somente para o mal.” (Gênesis 6:5)

O Senhor Jesus foi também categórico ao afirmar: “Pois do interior do coração dos homens vêm os maus pensamentos, as imoralidades sexuais, os roubos, os homicídios, os adultérios, as cobiças, as maldades, o engano, a devassidão, a inveja, a calúnia, a arrogância e a insensatez. Todos esses males vêm de dentro e tornam o homem impuro.” (Marcos 7:21-23)

c) Há milhões de crianças perdidas no pecado, caídas, e que correm o risco de se perderem eternamente. Uma das principais doutrinas na Bíblia, que precisa ser bem compreendida, refere-se à queda do homem. Ao pecar, o homem rebelou-se contra Deus. Tornou-se inimigo de Deus.

No final de Gênesis 3, no último versículo, vemos o homem expulso do jardim do Éden e sem possibilidade de retorno, levando consigo e para todos os seus descendentes as consequências de sua queda: dores, sofrimentos, trabalho duro para obter o sustento, doenças e a morte.

d) Os filhos de Adão e Eva nasceram após a queda e receberam essa herança pecaminosa. “Portanto, da mesma forma como o pecado entrou no mundo por um homem, e pelo pecado a morte, assim também a morte veio a todos os homens, porque todos pecaram” (Romanos 5:12) “Sei que sou pecador desde que nasci, sim, desde que me concebeu minha mãe.” (Salmo 51:5) Estes textos tão claros mostram que cada criança já nasce num estado de pecado que a coloca em inimizade com o Deus Eterno, que é Santo e não tolera o pecado.

e) Só há uma maneira de apagar o pecado: através do sangue do Cordeiro Justo e Imaculado, do Filho de Deus, sem pecado, perfeito, o Senhor Jesus Cristo! “Tudo isso provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo e nos deu o ministério da reconciliação, ou seja, que Deus em Cristo estava reconciliando consigo o mundo, não levando em conta os pecados dos homens, e nos confiou a mensagem da reconciliação. Portanto, somos embaixadores de Cristo, como se Deus estivesse fazendo o seu apelo por nosso intermédio. Por amor a Cristo lhes suplicamos: Reconciliem-se com Deus. Deus tornou pecado por nós aquele que não tinha pecado, para que nele nos tornássemos justiça de Deus.” (2 Coríntios 5:18-21)

4) A mensagem que a criança precisa ouvir!

Pastorear e preparar crianças para o futuro é conduzi-las ao novo nascimento, contando-lhes a preciosa mensagem do Evangelho.

Toda criança precisa conhecer:

• Que Deus a ama com imenso amor – João 3:16.

• Que ela tem um problema (doença, necessidade) – Romanos 3:23; 6:23.

• Que só há uma solução (remédio, provisão) para o seu problema – Atos 4:12; 1 Coríntios 15:3,4; 1 Timóteo 2:5.

• Que ela precisa apropriar-se de Cristo (recebê-lo) – João 1:12,13.

• Que a salvação é unicamente pela graça imerecida de Deus - Efésios 2:8,9.

• Que a salvação é eterna (segurança) – João 10:28-29; 1 João 5:11-12.

É preciso levar a criança a reconciliar-se com Deus, reconhecendo que é pecadora, buscando o perdão e confiando no sacrifício de Cristo realizado na cruz do Calvário, pois “o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado” (1 João 1:7).

Sim, o pecado foi eliminado completamente na cruz. “Portanto, agora já não há condenação para os que estão em Cristo Jesus” (Romanos 8:1). A criança que estava perdida foi achada.

C) O PASTOR QUE ALIMENTA O CORDEIRO DE CRISTO!

Consideremos agora o pastor como aquele que alimenta o rebanho. O termo “pastor” aparece setenta e sete vezes no AT (raah). No grego (poimén) aparece dezoito vezes. No seu sentido literal, um “pastor” é alguém que cuida dos rebanhos de ovelhas. Aparece pela primeira vez em Gênesis 4:2, referindo-se a ocupação de Abel. Pode-se dizer que, ao lado da profissão de agricultor, é a mais antiga profissão do mundo.

Moisés era apenas um pastor, em Midiã, quando Deus o chamou ao Egito para libertar o povo de Israel, que estava ali escravizado há várias gerações.

Davi era apenas um pastor, em Belém, quando Deus o chamou a fim de liderar o reino de Israel.

Deus é o Pastor de Israel. “O Senhor é o meu pastor, nada me faltará”(Salmo 23:1). Ver ainda Isaías 40:11; Jeremias 31:10 e Ezequiel 34:12.

No NT Jesus Cristo é o Bom Pastor que deu a sua vida pelas suas ovelhas (João 10:2,11,14,16). Ele é chamado o Grande Pastor em Hebreus 13:20. Em 1 Pedro 2:25 Ele é chamado de Supremo Pastor.

Mais além da evangelização das crianças, é preciso alimentá-las. O alimento é a doutrina bíblica e saudável. Este é o alimento verdadeiro para as crianças que Jesus chama de seus cordeiros. Ele mesmo EXIGE:“Apascenta os meus cordeiros” (João 21:15).

Depois de comerem, Jesus perguntou a Simão Pedro: Simão, filho de João, você me ama mais do que estes? Disse ele: Sim, Senhor, tu sabes que te amo. Disse Jesus: Cuide dos meus cordeiros” (João 21:15).

A palavra aqui significa alimentar, cuidar. No versículo seguinte significa governar, dirigir, orientar, fazer tudo o que um pastor tem que fazer com um rebanho. Mas no versículo que fala dos cordeirinhos o significado principal é o de alimentar. Este dever não pode ser negligenciado. Há uma necessidade imperiosa de instruir as crianças na fé. As crianças precisam principalmente aprender a doutrina, a verdade e a vida do evangelho de Cristo. Elas precisam que a verdade da Palavra de Deus lhes seja ensinada com clareza e convicção.

Os que ministram às crianças precisam tornar a doutrina simples; essa será a parte principal do seu trabalho. Ensinar aos pequenos a verdade completa porque as crianças salvas, os cordeirinhos de Jesus, têm que crescer, aumentando a capacidade de saber, de ser, de fazer, de sentir, portanto precisam ser bem alimentadas e bem instruídas.

Elas correm o risco de que sua fome seja satisfeita com a mentira, com o erro, com a má doutrina. O inimigo fará de tudo para ganhar as mentes das crianças. Nós temos que chegar primeiro e ganhar os corações dos pequenos com a mensagem de Deus

Infelizmente, o que se vê hoje é cordeiros e ovelhas sem pastoreio algum, sem alimento. É a época do alimento desprovido de nutrientes e que provoca doenças como câncer e diabetes. Só coisas gostosas e atraentes, lanches, doces, bebidas efervescentes, e tanto mais. Hoje, o que se vê é show, atração, brincadeiras, festas. Onde estão os púlpitos?

O versículo “Ensina a criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele” (Provérbios 22:6) talvez seja um dos mais conhecidos e citados quando o assunto é a criança. No entanto, a questão é a seguinte: Até que ponto acreditamos em sua afirmação e agimos de acordo? O que, de fato, se ensina à criança hoje?

a) Entremos, por um momento, numa casa cujos pais estão com os filhos nos primeiros anos de sua vida; talvez um deles já iniciando sua experiência na escola. Quais brincadeiras e brinquedos atraem estas crianças? Quanto tempo de conversação os pais têm com os seus filhos? Em que momento todos se reúnem para oração e leitura da Bíblia? Será que a família tem tempo para conversar? Será que faz suas refeições diante da televisão? Será que estas crianças ficam totalmente “ligadas” nos games, nos programas de tv, nos jogos da internet?

b) Entremos, também, numa sala de aula. Que tipo de ensino recebem as crianças? Será que ouvem que o mundo surgiu por acaso? Ou na seqüência de um processo evolutivo? E que não existe um Criador?

c) E se entrarmos numa igreja local, encontraremos crianças sendo devidamente orientadas quanto à Pessoa de Deus? Quanto ao evangelho todo da salvação em Cristo? Quanto ao valor e à riqueza da Bíblia, a Palavra de Deus? Ou será que encontraremos apenas entretenimento sem conteúdo e professores despreparados? O que, afinal, está sendo colocado nas mentes das crianças?

Para atrair as pessoas para si, principalmente as crianças, a Igreja está mais empenhada em divertir os seus pequenos. O que mais se vê é um programa atrativo, cheio de atividades interessantes, com barulho, muito movimento, novidades e surpresas. Metodologias com características inovadoras têm surgido. Algumas excelentes, outras nem tanto assim. Metodologias são muitas bem vindas! De qualquer forma, independente da metodologia escolhida o fundamental é: Existe um conteúdo bíblico consistente?

As aulas para as crianças precisam ter conteúdo bíblico, ensino sério sobre a pessoa de Deus, dependência e presença do Espírito Santo, seriedade, respeito, reverência.

Pessoas procuram métodos inovadores, visuais que impressionam, músicas que tenham ritmo e barulho, atividades com movimento, atividades manuais excêntricas... Mas não estão preocupadas com o genuíno leite espiritual. (I Pedro 2:2).

Onde está o ensino que vai livrar a criança do inferno? (Mateus 10:28) Onde está o ensino que vai livrar dos enganos de satanás? (I Timóteo 4:1) Onde está o ensino que vai fazê-lo andar no caminho certo mesmo na velhice? (Provérbios 22:6) Onde está o ensino que leva ao Príncipe da verdadeira Paz? (Isaías 9:6).

Não se trata de ser contra brincar, fazer atividade manual, cantar com ritmo e barulho, nem mesmo contra a diversão! Pelo contrário, tudo isso é importante. O fundamental é colocar, nas programações, em primeiro lugar, o ENSINO DE DEUS.

Onde estão os pastores de crianças que vão ajudar e incentivar as crianças a memorizarem versículos bíblicos? A cantarem músicas com conteúdo cristão? A conhecerem o evangelho e a doutrina através de lições bíblicas bem preparadas? A direcionar toda e qualquer atividade para o ensino, fixação e prática da Palavra de Deus, a Bíblia?

D) O PASTOR QUE LIVRA A OVELHA QUANDO ATACADA PELOS ANIMAIS FEROZES

Há uma guerra real acontecendo. O objetivo é dominar as mentes das crianças. Muita gente não percebe. Trata-se de uma guerra invisível, das forças de Satanás, para capturar os cérebros infantis. Quem conseguir dominar estas mentes ganhará o futuro.

Quando teremos pastores que imitam Jesus, o nosso Pastor Modelo, que é chamado de BOM, GRANDE e SUPREMO Pastor? Onde está o pastor que:

1. Procura a ovelha perdida?

2. Alimenta o cordeiro de Cristo?

3. Livra a ovelha quando atacada pelos animais ferozes?

Que os pais, professores, líderes e pastores se coloquem agora mesmo diante do Supremo Pastor e ouçam a mesma pergunta que, com tanta ternura, restaurou Simão Pedro: Você me ama?

Pobre Pedro, que houvera negado o Senhor tão vergonhosamente! Aquela pergunta colocava o dedo bem no meio da ferida inflamada: Você me ama?

Pedro confessou: “Sim, Senhor, tu sabes que te amo”.

Charles Spurgeon, em seu livro Pescadores de Crianças (Edições Shedd), comentando esta passagem disse o seguinte: “Eu te amo tanto que confio a você aquilo que eu comprei com o sangue do meu coração. A coisa mais preciosa que tenho em todo o mundo é o meu rebanho: veja, Simão, eu tenho tanta confiança em você, dependo inteiramente da sua integridade como sendo uma pessoa que me ama sinceramente, que eu lhe faço um pastor de meus cordeiros. São tudo que eu tenho na Terra, dei tudo por eles, até minha vida; e agora, Simão, filho de Jonas, cuide deles por mim”.

Onde estão os pastores de crianças? Que o Senhor levante pela sua graça e bondade, em cada igreja local, homens e mulheres que tenham o coração cheio de amor para com o Senhor, que respondam ao Senhor: Eu te amo! E que ouçam o Senhor Jesus lhes ordenando: Apascentem os meus cordeiros!

Gilberto Celeti

E-mail: superintendencia.apec@apec.com.br

O pastor é aquele que conhece os cordeirinhos e as ovelhas pelo nome. Como já foi mencionado, tios, tias, professores, professoras, palhaços, palhaças, monitores, voluntários e tantos outros, embora sejam úteis no trabalho entre os pequeninos, não podem jamais ocupar o lugar dos que pastoreiam as crianças.

Chega de pajear, de entreter ou de meramente “ensinar” crianças. Elas necessitam, já, de pastoreio. Que os líderes em cada uma das igrejas locais tenham a visão correta sobre o ministério entre os pequeninos! Que os pais aceitem o desafio de se tornarem “pastores” de seus próprios filhos!

Além de buscar crianças perdidas e alimentar as que já receberam a Jesus Cristo como seu Senhor e Salvador, uma terceira atividade do pastor é livrar o cordeiro quando atacado pelas feras.

Como pastor ele cuida de seu rebanho, com o braço ajunta os cordeiros e os carrega no colo; conduz com cuidado as ovelhas que amamentam suas crias.” (Isaías 40:11)

A ternura do Senhor como Pastor é comovente. Ele tem uma grandeza incomparável! A continuação do texto de Isaías mostra o seu domínio absoluto sobre toda a Criação, e mesmo assim é o DEUS PASTOR! Sim, Deus é revelado como infinitamente forte e infinitamente terno.

O verdadeiro pastor vai denunciar os abusos de qualquer ordem contra as crianças. O verdadeiro pastor vai abrir a boca a favor dos pequeninos, que muitas vezes são ameaçados para que fiquem calados. Quantos cordeirinhos sofrendo em silêncio!

O verdadeiro pastor, que busca a ovelha perdida, que nutre com a sã Palavra de Deus os cordeirinhos, vai proteger e defender as ovelhas. Para ele, o texto de Provérbios 31:8 é levado a sério: “Abre a tua boca a favor do mudo, pelo direito de todos os que se acham desamparados”. Abrir a boca a favor do mudo é abrir a boca a favor dos que não têm voz. Quem vai falar pelas crianças?

E) CONCLUSÃO - O PASTOR MODELO

Estamos conncluindo, sem nenhuma dúvida, que a atividade que melhor representa aquele que trabalha com as crianças é a atividade de um pastor.

Jesus é quem fala do pastor que sai a procura da ovelha perdida e associa esta linda imagem ao fato de que é de suma importância buscar as crianças que estão perdidas, porque não é da vontade do Pai Celestial que nenhum pequenino se perca (Mateus 18:10-14). Sim, o pastor é aquele que procura o cordeiro perdido.

Jesus é quem dá a Pedro a incumbência de apascentar os cordeirinhos e pastorear as ovelhas, que traz também essa imagem preciosa do cuidado que tem o pastor em suprir as necessidades de alimento, de direção, de cuidado, tanto das crianças como dos adultos (João 21:15-17). Sim, o pastor é aquele que alimenta o cordeiro de Cristo.

Não há percepção desta batalha, pois não é visível. Não se consegue visualizar o que está acontecendo na esfera espiritual. As pessoas percebem as guerras que acontecem ao redor do mundo porque essas imagens chegam todos os dias pelos noticiários. Há cenas horríveis de crianças esqueléticas por causa da fome, dos bairros destruídos por bombas, das crueldades, dos tiroteios, das barbáries, dos choros e lamentos, das tragédias e das catástrofes, das cenas de desolação e morte.

1) Estratégias do inimigo

E a guerra espiritual para dominar a mente das crianças e da juventude, quem a observa? Quem se choca? Satanás age de maneira estratégica quando investe na mente infantil, lançando mão de suas setas destruidoras: a pornografia, a sexualidade precoce, a exploração sexual das crianças, os jogos, as brigas, etc.

Quantas vidas estão sendo destruídas e ficando miseráveis? As crianças estão sendo ensinadas, por exemplo, a olharem a homossexualidade como algo normal. Isso é um ataque às suas mentes. Quem percebe estes ataques destruidores às mentes das crianças, através de filmes, jogos e livros?

As famílias estão sendo bombardeadas! Não há filme ou novela que não lance essas granadas mortíferas para desestabilizar, descaracterizar e destruir a família. A família está sendo arrebentada, quebrada. Famílias fracas, com crianças deprimidas que buscam nas drogas algum tipo de escape, são ataques às mentes das crianças. O ódio de Satanás pelas crianças fica patente no elevadíssimo índice de abortos que se pratica diariamente, em toda parte. O número de abortos revela uma crueldade imensa.

As crianças têm as suas mentes bombardeadas através de jogos e vídeos em que a violência e o satanismo seguem de mãos dadas. Os jogos de RPG, por exemplo, incentivam o mal. Quanto mais o jogador for perverso, quanto mais maldades cometer, obterá um resultado melhor na pontuação do jogo. É um verdadeiro absurdo! E as crianças estão sendo ensinadas assim.

2) A estratégia mais sutil

Nessa guerra, que parece que ninguém vê nem percebe, há bombas lançadas nas mentes de líderes de igrejas evangélicas, para cegá-los quanto às necessidades espirituais das crianças. Muitos assimilaram ideias que não estão de acordo com a Palavra de Deus, e raciocinam que só depois dos 13 anos é que uma criança pode ser evangelizada. Ora, nessa idade já é tarde, embora para Deus nunca seja tarde demais.

Infelizmente, não se percebe que o melhor tempo para conduzir as crianças a Cristo é nos primeiros anos, começando desde quando são bebês, aproveitando muito bem o período de ouro quando são pré-escolares, durante os anos que estão nos estudos da fase fundamental e tendo a bênção de ver as crianças já nascidas de novo antes mesmo de entrarem na pré-adolescência.

O fato é que o índice dos que recebem a Cristo antes dos 15 anos de idade é sempre muito superior ao de que qualquer outra faixa etária, levando líderes cristãos como George Barna a dizer que se uma pessoa não vier a Cristo antes dos 15 anos de idade as chances desta pessoa vir a se converter é bem pequena.

Charles Spurgeon também “brigou”, e muito, pela evangelização e discipulado das crianças, afirmando em certa ocasião: “Espero que você não esteja entre aqueles que esperam ver suas crianças convertidas apenas quando forem crescidas, e sente-se satisfeito ao deixá-las permanecer em seus pecados enquanto são crianças. Espero que você ore pela conversão das crianças enquanto são crianças, e esteja trabalhando neste sentido com a ajuda graciosa do Espírito. Se você estiver fazendo isto, não conheço qualquer outro serviço mais adequado para incluir os anjos do céu se lhes fosse permitido fazê-lo”.

3) Crianças sendo tocadas com mãos imundas

A violência da ação maligna contra a infância acontece de maneira surpreendente nos casos de abusos, sejam verbais, sejam físicos, sejam sexuais. O alto índice de pedofilia, a exploração sexual de crianças e a pornografia têm sido uma realidade cada vez mais presente na sociedade e, vergonhosamente, dentro dos ambientes chamados “evangélicos”.

É preciso estar atento, como pastor cuidadoso, para verificar que todos os cordeirinhos estejam íntegros, sem marcas de mãos sujas em seus corpos.

É preciso estar atento para verificar se as crianças estão sendo impedidas de falar, sendo obrigadas a permanecer em silêncio, sendo ameaçadas pelos “lobos” que sempre aparecem vestidos de ovelhas. É preciso estar atento para que, inclusive certos “pastores”, não se aproveitem para macular as ovelhas.

Este texto saiu, no ano de 2012, nas edições da revista "O Evangelista de Crianças", publicação trimestral da APEC.

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A PERGUNTA DE SÓCRATES

Conta-se que quando Sócrates, o filósofo, voltava para Atenas, sempre perguntava:

— Onde estão as crianças?

— Por que perguntas pelas crianças?

— Porque o futuro de Atenas depende destas crianças!

Meditar nesta pergunta séria e solene: ONDE ESTÃO AS CRIANÇAS? faz estremecer.

A falta de interesse, de cuidado, de amor e de compreensão para com os filhos determinará o que acontecerá na próxima geração.

A omissão no ensino da Palavra de Deus e a falta de visão para se levar as crianças a colocarem em Deus a sua confiança fará surgir uma geração infiel e rebelde (Salmo 78:8).

Onde estão as crianças?

Estão exatamente onde os adultos as têm deixado: teledependentes, consumidoras desenfreadas, abandonadas à própria sorte e à influência daqueles que manipulam as pessoas por motivos daninhos, egoístas e diabólicos.

O futuro depende destas crianças!

Se alguém deseja trabalhar por um futuro melhor é urgente trabalhar melhor com as crianças que estão hoje em suas mãos.

Amanhã será tarde demais.

É urgente evangelizar as crianças, e há tantas estratégias e ministérios que podem ser desenvolvidos para que, diante da pergunta:ONDE ESTÃO AS CRIANÇAS? a resposta possa ser: ESTÃO SALVAS EM CRISTO JESUS!

Aí, sim, haverá bom futuro!

Gilberto Celeti

E-mail: superintendencia.apec@apec.com.br

O MILAGRE DA MULTIPLICAÇÃO

O milagre da multiplicação dos cinco pães e dos dois peixinhos é um dos mais extraordinários realizados por Jesus. João o coloca como um sinal que Jesus fez diante dos discípulos e que foi registrado para que muitos pudessem crer que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tivessem vida em seu nome (João 20:30-31). João descreve este sinal no capítulo seis de seu Evangelho, registrando também as palavras de Jesus no dia seguinte ao milagre realizado, palavras contundentes e de grande importância.

Os anos passam, a história da humanidade avança, a tecnologia se desenvolve, os contextos sociais e econômicos mudam mas o homem continua o mesmo. É interessante observar que, quando Jesus realizou esse sinal, sua popularidade estava no auge. Todo mundo queria estar onde Jesus estava. Todos gostavam de ouvir as suas palavras. Acabamos de entrar em 2012, segundo ano da segunda década do século vinte e um. A julgar pelas estatísticas, nunca foi tão popular aqui no Brasil as pessoas dizerem: “Sou de Jesus!” É imenso o número dos que se declaram evangélicos.

No relato de João, Jesus se dirige aos que o buscavam, com palavras que exigem de nós séria reflexão e que bem poderiam ser dirigidas à imensa massa da cristandade de nossos dias: “Vós me procurais, não porque vistes sinais, mas porque comestes dos pães e vos fartastes.” (João 6:26)

A preocupação com as bênçãos materiais está no cerne das mensagens contemporâneas. A ênfase em ser bem-sucedido, ter prosperidade, sentir-se confortável, é cada vez mais acentuada. A identificação com Jesus Cristo, envolvida no ato de comer a carne do Filho do Homem e de beber o seu sangue, como Jesus mesmo afirmou em João 6:53, soa muito difícil aos ouvidos do homem de hoje, como foi também aos ouvidos dos que seguiam Jesus naquela ocasião:

“Pois a minha carne é verdadeira comida, e o meu sangue é verdadeira bebida. Quem comer a minha carne e beber o meu sangue permanece em mim, e eu, nele. Assim como o Pai, que vive, me enviou, e igualmente eu vivo pelo Pai, também quem de mim se alimenta por mim viverá.” (João 6:55-57)

Olhar para o Milagre da Multiplicação dos pães e dos peixes nos inspira a traçar alguns paralelos entre aquele momento notável e a nossa própria história, hoje. Aquele sinal foi tão impressionante que todos os evangelistas o registraram. Notemos como a situação era desfavorável:

1) Era um lugar deserto.

2) A hora era adiantada.

3) A multidão estava sofrendo.

4) Havia muita gente doente.

5) A multidão estava desorientada – eram como ovelhas sem pastor.

6) Estavam todos com muita fome.

Hoje também a aridez é intensa nas mais diversas dimensões da vida humana: social, mental, emocional e espiritual. As pessoas estão secas. No deserto. A hora também está bem avançada. A escuridão e as trevas do pecado, da imoralidade, da rebelião contra o Criador estão cada vez mais densas. As pessoas estão sem rumo, sem proteção, sem saber onde se firmar, sem saber em quem confiar, com doenças na alma e no corpo; estão famintas, desesperadamente famintas.

Sem dúvida, há muito trabalho a ser feito para atender a tão diversas necessidades, e isso está acima da capacidade humana. Naquela ocasião, a ordem de Jesus para os seus discípulos foi que dessem de comer à multidão. Impossível. Hoje, a ordem é a mesma. E também dizemos: É impossível. Há inúmeras necessidades imediatas a serem supridas especialmente em relação às crianças. Abusadas, exploradas, desprezadas, desassistidas...

O evangelista João nos apresenta a linda história do rapaz doando seus cinco pães e dois peixinhos. Um nada para uma multidão tão numerosa. No entanto, foi exatamente esse pouco colocado nas mãos de Jesus, que Ele abençoou e multiplicou.

Onde estão os que hoje podem dar o pouco que têm e o pouco que são para que Jesus use e abençoe? Quem vai dar os seus cinco pães e dois peixinhos para o Senhor?

O ponto central desta história não é o milagre do povo sendo alimentado, mas compreender que Jesus é o Verdadeiro Pão da Vida. O cerne da questão é que as pessoas deveriam se apropriar de Jesus com mais fome do que se apropriaram de um pedaço de pão. É receber e se alimentar de Jesus.

Quando Jesus fez estas colocações, infelizmente muitos disseram: “Duro é este discurso; quem o pode ouvir?” E abandonaram a Jesus e já não andavam com ele.

Jesus, então, perguntou aos seus discípulos: “quereis também vós outros retirar-vos?”

E as palavras de Pedro foram solenes e preciosas: “Senhor, para quem iremos? Tu tens as palavras da vida eterna; e nós temos crido e conhecido que tu és o Santo de Deus.” (João 6:68-69).

O ano de 2012 esta aí, diante de todos nós. Milhões de crianças no Brasil e no mundo estão com fome. É o vazio da fome de quem não conhece o Pão da Vida.

Somos poucos, não temos nada. Apenas cinco pães e dois peixinhos. É hora de entregar tudo o que temos e somos nas mãos do Senhor para que Ele faça o Milagre da Multiplicação a fim de que nesta hora avançada, no deserto árido deste mundo sem Deus, muitas crianças sejam alimentadas do Pão Vivo que desceu do céu: o Senhor Jesus Cristo!

É o que a APEC continuará fazendo. É o que se espera dos que desejam fazer a vontade de Deus e já sabem que “não é da vontade do Pai celeste que nenhum pequenino se perca” (Mateus 18:14). Participe você também! Entregue seus poucos pães e peixinhos ao Senhor. Invista seus talentos, seus tesouros e seu tempo na tarefa da evangelização e do discipulado das crianças. Seja também um Amigo da APEC: Amigo Intercessor, Amigo Contribuinte e/ou Amigo Voluntário.

Nossa esperança e oração é que as crianças que alcançarmos em 2012 possam dizer com toda convicção: Senhor Jesus, para quem iremos? Tu tens as palavras de vida eterna!

“Está aí um rapaz que tem cinco pães de cevada e dois peixinhos; mas isto que é para tanta gente?” (João 6:9)

O milagre da multiplicação dos cinco pães e dos dois peixinhos é um dos mais extraordinários realizados por Jesus. João o coloca como um sinal que Jesus fez diante dos discípulos e que foi registrado para que muitos pudessem crer que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tivessem vida em seu nome (João 20:30-31). João descreve este sinal no capítulo seis de seu Evangelho, registrando também as palavras de Jesus no dia seguinte ao milagre realizado, palavras contundentes e de grande importância.

Os anos passam, a história da humanidade avança, a tecnologia se desenvolve, os contextos sociais e econômicos mudam mas o homem continua o mesmo. É interessante observar que, quando Jesus realizou esse sinal, sua popularidade estava no auge. Todo mundo queria estar onde Jesus estava. Todos gostavam de ouvir as suas palavras. Acabamos de entrar em 2012, segundo ano da segunda década do século vinte e um. A julgar pelas estatísticas, nunca foi tão popular aqui no Brasil as pessoas dizerem: “Sou de Jesus!” É imenso o número dos que se declaram evangélicos.

No relato de João, Jesus se dirige aos que o buscavam, com palavras que exigem de nós séria reflexão e que bem poderiam ser dirigidas à imensa massa da cristandade de nossos dias: “Vós me procurais, não porque vistes sinais, mas porque comestes dos pães e vos fartastes.” (João 6:26)

A preocupação com as bênçãos materiais está no cerne das mensagens contemporâneas. A ênfase em ser bem-sucedido, ter prosperidade, sentir-se confortável, é cada vez mais acentuada. A identificação com Jesus Cristo, envolvida no ato de comer a carne do Filho do Homem e de beber o seu sangue, como Jesus mesmo afirmou em João 6:53, soa muito difícil aos ouvidos do homem de hoje, como foi também aos ouvidos dos que seguiam Jesus naquela ocasião:

“Pois a minha carne é verdadeira comida, e o meu sangue é verdadeira bebida. Quem comer a minha carne e beber o meu sangue permanece em mim, e eu, nele. Assim como o Pai, que vive, me enviou, e igualmente eu vivo pelo Pai, também quem de mim se alimenta por mim viverá.” (João 6:55-57)

Olhar para o Milagre da Multiplicação dos pães e dos peixes nos inspira a traçar alguns paralelos entre aquele momento notável e a nossa própria história, hoje. Aquele sinal foi tão impressionante que todos os evangelistas o registraram. Notemos como a situação era desfavorável:

1) Era um lugar deserto.

2) A hora era adiantada.

3) A multidão estava sofrendo.

4) Havia muita gente doente.

5) A multidão estava desorientada – eram como ovelhas sem pastor.

6) Estavam todos com muita fome.

Hoje também a aridez é intensa nas mais diversas dimensões da vida humana: social, mental, emocional e espiritual. As pessoas estão secas. No deserto. A hora também está bem avançada. A escuridão e as trevas do pecado, da imoralidade, da rebelião contra o Criador estão cada vez mais densas. As pessoas estão sem rumo, sem proteção, sem saber onde se firmar, sem saber em quem confiar, com doenças na alma e no corpo; estão famintas, desesperadamente famintas.

Sem dúvida, há muito trabalho a ser feito para atender a tão diversas necessidades, e isso está acima da capacidade humana. Naquela ocasião, a ordem de Jesus para os seus discípulos foi que dessem de comer à multidão. Impossível. Hoje, a ordem é a mesma. E também dizemos: É impossível. Há inúmeras necessidades imediatas a serem supridasespecialmente em relação às crianças. Abusadas, exploradas, desprezadas, desassistidas...

O evangelista João nos apresenta a linda história do rapaz doando seus cinco pães e dois peixinhos. Um nada para uma multidão tão numerosa. No entanto, foi exatamente esse pouco colocado nas mãos de Jesus, que Ele abençoou e multiplicou.

Onde estão os que hoje podem dar o pouco que têm e o pouco que são para que Jesus use e abençoe? Quem vai dar os seus cinco pães e dois peixinhos para o Senhor?

O ponto central desta história não é o milagre do povo sendo alimentado, mas compreender que Jesus é o Verdadeiro Pão da Vida. O cerne da questão é que as pessoas deveriam se apropriar de Jesus com mais fome do que se apropriaram de um pedaço de pão. É receber e se alimentar de Jesus.

Quando Jesus fez estas colocações, infelizmente muitos disseram: “Duro é este discurso; quem o pode ouvir?” E abandonaram a Jesus e já não andavam com ele.

Jesus, então, perguntou aos seus discípulos: “quereis também vós outros retirar-vos?”

E as palavras de Pedro foram solenes e preciosas: “Senhor, para quem iremos? Tu tens as palavras da vida eterna; e nós temos crido e conhecido que tu és o Santo de Deus.” (João 6:68-69).

O ano de 2012 esta aí, diante de todos nós. Milhões de crianças no Brasil e no mundo estão com fome. É o vazio da fome de quem não conhece o Pão da Vida.

Somos poucos, não temos nada. Apenas cinco pães e dois peixinhos. É hora de entregar tudo o que temos e somos nas mãos do Senhor para que Ele faça o Milagre da Multiplicação a fim de que nesta hora avançada, no deserto árido deste mundo sem Deus, muitas crianças sejam alimentadas do Pão Vivo que desceu do céu: o Senhor Jesus Cristo!

É o que a APEC continuará fazendo. É o que se espera dos que desejam fazer a vontade de Deus e já sabem que “não é da vontade do Pai celeste que nenhum pequenino se perca”(Mateus 18:14). Participe você também! Entregue seus poucos pães e peixinhos ao Senhor. Invista seus talentos, seus tesouros e seu tempo na tarefa da evangelização e do discipulado das crianças. Seja também um Amigo da APEC: Amigo Intercessor, Amigo Contribuinte e/ou Amigo Voluntário.

Nossa esperança e oração é que as crianças que alcançarmos em 2012 possam dizer com toda convicção:Senhor Jesus, para quem iremos? Tu tens as palavras de vida eterna!

Pr. Gilberto Celeti

Artigo extraído da revista “O Evangelista de Crianças” nº 226 – jan/fev/mar/2012

E-mail: superintendencia.apec@apec.com.br

EVANGELIZAÇÃO DAS CRIANÇAS – O desafio!

1. O Princípio do Evangelho

Vários estudiosos têm a convicção que o evangelho de Marcos foi o primeiro a ser escrito, servindo inclusive de base e de consulta para os outros autores sinópticos, a saber, Mateus e Lucas. A palavra “sinóptico” vem do grego e significa “ver dum ponto de vista”. Cada um dos três sinópticos, de fato, viu de um determinado ângulo a vida, as palavras, os milagres, o sacrifício de Cristo, a sua ressurreição e ascensão.

É notório que Mateus escreveu para os judeus e viu o Senhor como o Rei dos judeus. Lucas escreveu para os gregos e viu o Senhor Jesus como o homem perfeito, ideal. Já Marcos, escreveu para os romanos e viu o Senhor Jesus como o servo em ação, cumprindo as profecias dadas por Isaías, sobre o servo sofredor.

João, embora não seja considerado um sinóptico, destacou a divindade de Jesus, aquele que diz: Eu Sou!

Marcos começa com estas palavras: “Princípio do evangelho de Jesus Cristo, Filho de Deus” (Marcos 1:1). Podemos afirmar que a proclamação de João Batista, logo a seguir, marca, histórica e definitivamente, o momento que o evangelho de Jesus Cristo se realiza e tem início, cumprindo as promessas do Antigo Testamento.

O fenômeno de uma série de profecias antiquíssimas terem o seu cumprimento, com exatidão nos pormenores, por ocasião do nascimento de Jesus, é maravilhosa e confirma não só a veracidade da Bíblia como a sua autoria divina. Nenhum outro homem na face da terra, seja quem for, teve sequer alguma indicação de que haveria de chegar e existir.

É interessante observar como Marcos conclui o seu relato: “De fato o Senhor Jesus, depois de lhes ter falado, foi recebido no céu, e assentou-se à destra de Deus. E eles, tendo partido, pregaram em toda parte, cooperando com eles o Senhor, e confirmando a palavra por meio de sinais, que se seguiam” (Marcos 16:19,20).

2. A Mensagem do Evangelho não Terminou

O evangelho não terminou com a obra completa do Senhor Jesus Cristo – sua morte substitutiva, sua estupenda ressurreição e sua ascensão gloriosa. Não! O evangelho continua com os seus discípulos que partem, pregando em toda parte, com a assistência e a cooperação do próprio Senhor, confirmando a palavra anunciada com evidências inquestionáveis.

O fato é que este evangelho ainda não chegou ao seu final.

Nesta Década 2011/2010, chamada pela APEC de A DÉCADA DO DESAFIO, há discípulos saindo e pregando em toda parte, com a assistência e confirmação do Senhor. Há Projetos em andamento: Crianças Indígenas para Cristo - Projeto Bola na Escola - Site WONDERZONE/BRASIL para crianças - Projeto Super 5 - Projeto Crianças em Ação

3. A Mensagem do Evangelho que é anunciada pela APEC

Como realizar esses Projetos? Só com a cooperação do Senhor, suprindo as necessidades, dando a estratégia, abrindo as portas, quebrando as barreiras e possibilitando uma maior e mais precioso alcance. Sim. O Evangelho ainda continua... até quando? Breve Jesus retorna e o tempo da oportunidade acabará.

O Evangelho anunciado apresenta às crianças:

a) Deus, o Criador e Autor da Bíblia e da Salvação.

b) O problema do pecado, Não o esconde, pelo contrário, deixa bem claro esta realidade triste da criatura humana.

c) A salvação só em Cristo. Aponta para a solução, centralizando a mensagem na pessoa e na obra do Filho de Deus, Jesus Cristo.

d) Dando a oportunidade para que a criança pudesse crer e receber a Cristo como Seu Senhor e Salvador.

Sem nenhuma sombra de dúvida o evangelho se resume nestas palavras: “Antes de tudo vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, e que foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras” (I Coríntios 15:3,4).

Este é o evangelho a ser anunciado. Quando este evangelho é pregado, temos a certeza do cooperação do Senhor. Este é o evangelho que Ele mandou fosse anunciado a toda criatura e até aos confins da terra.

4. A Mensagem do Evangelho vem sendo adulterada

Lamentavelmente esta mensagem raramente está sendo anunciada. O apóstolo Paulo já havia advertido em 2 Coríntios 11:3,4: “Mas receio que, assim como a serpente enganou a Eva com a sua astúcia, assim também seja corrompida a vossa mente e se aparte da simplicidade e pureza devidas a Cristo. Se, na verdade, vindo alguém prega outro Jesus que não temos pregado, ou se aceitais espírito diferente que não tendes recebido, ou evangelho diferente que não tendes abraçado, a esse, de boa mente, o tolerais”.

Viu só o que acontece? Se prega um outro Jesus; se aceita um espírito diferente (que não é o Espírito Santo de Deus); se aceita um evangelho diferente. Veja bem: Jesus, espírito e evangelho diferentes. Exatamente o que está acontecendo diante de nós. Pelo rádio, pela televisão, nos púlpitos em geral. O evangelho da cura, da prosperidade, daquele que determina, do poder, da fé, do sobrenatural, da melhora psicológica, do ser relevante no meio da sociedade, do compromisso com a cidadania, do louvor e da emoção.

Certas igrejas chamadas de evangélicas estão descaradamente envolvidas com o ocultismo, fazendo uso de adivinhação e de magia, especialmente quando usam produtos e objetos para conseguirem os fins propostos. É a tal de varinha da fé, da flor ungida, do sal que afugenta os demônios, da água milagrosa, da areia do Rio Jordão, do sabonete purificador, e vai por aí a fora. Não há limite para a mentira, o engodo e a superstição.

Outras, estão envolvidas numa pregação que acaricia o ego, enfatizando a auto estima, com a preocupação de apagar os chamados “traumas” causados por terceiros ao longo da vida, num tom mais psicológico do que teológico, deixando num plano secundário a pregação do evangelho.

Para outras, tudo se resume em resolver os problemas sociais, em acabar com as injustiças, em lutar contra as discriminações, os abusos, as desigualdades, em fazer valer os direitos de cada um, em promover uma sociedade mais justa e mais fraterna.

Os dias são difíceis. A apostasia é uma realidade. Alguns famosos pregadores e que atraem muitos ouvintes, estão anunciando um “deus” que não sabe o que acontece e nem o que vai acontecer. Um “deus” que não tem planos para as suas criaturas, que é pego de surpresa pelos acontecimentos. Pregar o evangelho tal qual exposto na Palavra de Deus tornou-se obsoleto. No trabalho com as crianças então, a última coisa que se pensa é em evangelizá-las.

5. A APEC é uma Missão levantada por Deus para a evangelização das crianças

Para a Aliança Pró Evangelização das Crianças (APEC), a pregação do evangelho aos pequeninos é o que deve vir em primeiro lugar. Jamais pode ser negligenciada a pregação do evangelho às crianças. Esta é a mensagem que a nova geração precisa ouvir de maneira clara e genuína.

Mas é necessário que primeiro o evangelho seja pregado a todas as nações” (Marcos 13:10). Há muito ainda a ser feito. Alcançando as crianças para Cristo estaremos alcançando pessoas que tem a vida inteira para servir ao Senhor. Vamos alcançar a geração que se colocará nas mãos de Deus para completarem a obra que falta. Que as crianças que hoje estamos evangelizando se levantem para levar a mensagem a todas as nações.

Nestes dias difíceis há uma mensagem a ser anunciada e quando isto é feito, há a cooperação do Senhor, confirmando a Palavra. O Senhor Jesus já tinha orientado: “Mas eu vos digo a verdade: convém-vos que eu vá, porque, seu eu não for, o Consolador não virá para vós outros; se, porém, eu for, vo-lo enviarei. Quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo: do pecado, porque não crêem em mim; da justiça, porque vou para o Pai, e não me vereis mais; do juízo, porque o príncipe deste mundo já está julgado” (João 16:7-11).

Quando da realização dos projetos e minstérios da APEC crianças recebem a Cristo como Seu Senhor e Salvador. Isto acontece porque o evangelho é anunciado e porque o Espírito Santo age, através da Palavra de Deus.

Nos Cursos da APEC os alunos aprendem o porquê, o como, o quando e o onde da evangelização das crianças.

A APEC teve início em 1937 nos Estados Unidos. O Brasil foi depois o primeiro país a ter este trabalho, iniciado em 1941. Desde o início até hoje a prioridade máxima na APEC é anunciar a mensagem do evangelho às crianças.

O desafio continua imenso.

Mais de 60 milhões de crianças entre 0 a 14 anos de idade estão à espera de quem lhes anuncie a mensagem do Evangelho, em nossa Pátria. Quem irá?

Há também centenas de tribos indígenas, das quais muitas nunca foram sequer alcançadas. Há pastores e líderes indígenas que precisam receber a visão e receber treinamento para alcançarem as suas crianças.

Há muitas cidades estratégicas onde é necessário que a APEC tenha obreiros.

No final deste ano, o tema do Congresso APEC dá também o tom do desafio da APEC nesta década: “SEMEADORES DE ESPERANÇA!” Os dias são dificéis e maus, mas "esperando contra a esperança", devemos seguir em frente para FORMAR UMA GERAÇÃO DE TIMÓTEOS, semeando no solo fértil que é o coração da criança, a mensagem do evangelho!

6. Conclusão

Aproxima-se o dia quando “então, verão o Filho do Homem vir nas nuvens, com grande poder e glória. E ele enviará os anjos e reunirá os seus escolhidos dos quatro ventos, da extremidade da terra até à extremidade do céu...... Vigiai, pois, porque não sabeis quando virá o dono da casa: se à tarde, se à meia-noite, se ao cantar do galo, se pela manhã; para que, vindo ele inesperadamente, não vos ache dormindo”. (Marcos 13:26,27,35,36).

O evangelho vai ter o seu final. Até quando viveremos neste período marcado pela longanimidade do Senhor para conosco, quando ele não quer que nenhum pereça, “senão que todos cheguem ao arrependimento?” (2 Pedro 3:9).

Que possamos fazer chegar o genuíno evangelho às crianças ao nosso redor, dos nossos bairros, das nossas cidades, do nosso país, de todas as nações, enquanto ainda há tempo.

Gilberto Celeti

E-mail: superintendencia.apec@apec.com.br

Conheça um pouco dos Projetos da APEC:

BOLA NA ESCOLA

CRIANÇAS DO AMAZONAS PARA CRISTO

CRIANÇAS EM AÇÃO

SUPER 5

O ENTRAVE NA EVANGELIZAÇÃO DAS CRIANÇAS É TEOLÓGICO

O Senhor Jesus Cristo teve, certa ocasião, uma contenda com os seus discípulos, porque estes impediam que as crianças se aproximassem dEle.

Jesus chegou a ficar indignado e dirigiu-lhes então a seguinte palavra: “Deixai vir a mim os pequeninos, não os embaraceis, porque dos tais é o reino de Deus. Em verdade vos digo: Quem não receber o reino de Deus como uma criança de maneira nenhuma entrará nele” (Marcos 10:14,15).

Embora se possa provar, sem sombra de dúvidas, que 86% dos atuais cristãos receberam a Cristo quando ainda eram crianças, antes dos 15 anos de idade; contra 10% que o fizeram dos 15 aos 30 anos; e diante do fato que só 4% tomaram esta decisão após os 30 anos; mesmo assim se coloca muito tropeço impedindo as crianças de virem a Cristo.

Lamentavelmente, não há visão e nem interesse em compartilhar o Evangelho com as crianças.

A grande maioria dos trabalhos com as crianças se resumem em contar historinhas, cantar musiquinhas, fazer oraçõezinhas, preparar programinhas, sem nenhuma preocupação em mostrar a realidade do pecado e como uma criança pode receber a Cristo como seu Salvador Pessoal.

Este quadro precisa mudar u r g e n t e m e n t e !

O problema, na verdade, é teológico. Há uma teologia deficiente quando se trata das crianças.

Não existem duas teologias, uma para adultos e outra para crianças.

Há, isto sim, uma linguagem mais apropriada para o adulto e outra mais apropriada para a criança, mas não se pode esconder da criança a verdade do Evangelho.

Ah! Atentemos às palavras do salmista Asafe: "...não o encobriremos a seus filhos; contaremos à vindoura geração os louvores do Senhor, e o seu poder, e as maravilhas que fez" (Salmo 78.4).

Gilberto Celeti

JESUS E AS CRIANÇAS

Pr. Gilberto Celeti

Superintendente Nacional da APEC

“Depois disto, algumas pessoas levaram as suas crianças a Jesus para que ele as abençoasse, mas os discípulos repreenderam aquelas pessoas. Quando viu isso, Jesus não gostou e disse: Deixem que as crianças venham a mim e não proíbam que elas façam isso, pois o Reino de Deus é das pessoas que são como estas crianças. Eu afirmo a vocês que isto é verdade: quem não receber o Reino de Deus como uma criança, nunca entrará nele. Então Jesus abraçou as crianças e as abençoou, pondo as mãos sobre elas” (Marcos 10.13-16).

1. Pessoas levaram as suas crianças a Jesus

Será que pode existir uma tarefa mais nobre do que esta? Como é maravilhoso ver pessoas com uma missão - a de levar as crianças para Jesus.

2. Levar suas crianças para quem?

Esta é a primeira pergunta a ser feita. Levar as crianças para Jesus! Existiria uma missão mais digna? Certamente, não!

Quem é esta pessoa chamada Jesus? O nome e a pessoa de Jesus estão descaracterizados. Embora Jesus seja tema de tanta gente, na arte, na política, na religião, no comércio... Pouquíssimos têm uma idéia correta de quem realmente é Jesus a quem as crianças devem ser conduzidas.

Veja o que está escrito a respeito de Jesus, em Hebreus 1.2-4: Foi Ele quem Deus escolheu para possuir todas as coisas e foi por meio dEle que Deus criou o Universo. O Filho brilha com o brilho da glória de Deus e é a perfeita semelhança do próprio Deus. Ele sustenta o Universo com a Sua palavra poderosa. E, depois de ter purificado os seres humanos dos seus pecados, sentou-Se no céu, do lado direito de Deus, o Todo-Poderoso”.

3. Levar suas crianças para quê?

Esta é a segunda pergunta. Para que Cristo as tocasse – as abençoasse! O toque puro, santo, singelo, abençoador de Jesus.

4. As crianças hoje estão sendo tocadas por mãos sujas, pecaminosas.

No dia 06/11/08, o Jornal “O Estado de São Paulo” noticiou que o Google Brasil entregou à Comissão Parlamentar de Inquérito da Pedofilia, em Brasília, 18.330 álbuns do Orkut suspeitos de conter imagens de pornografia infantil.

Em abril, já tinham sido entregues à CPI, 3.261 álbuns, que permitiram a identificação de 500 pedófilos e renderam material para a deflagração, em setembro, da Operação Carrossel 2, a maior do gênero já feita pela Polícia Federal. Tal operação resultou na busca e apreensão de grande quantidade de pornografia infantil em 113 endereços, com ramificações no exterior.

A abertura desses conteúdos só foi possível após uma briga judicial muito longa, porque a empresa Google se recusava entregar tais materiais.

Há um problema com as leis do Brasil que não consideram crime armazenar imagem de pornografia infantil. Está em andamento mudança nestas leis, para considerar como crimes o assédio e o aliciamento de crianças e adolescentes pela Internet, assim como fotomontagens, anunciar venda e comercialização de material de pedofilia.

O Projeto de Lei 1167/07 do Senado torna crime adquirir, receber, ocultar ou guardar material com imagens de sexo explícito ou pornografia envolvendo crianças e adolescentes. Além disso, determina que os provedores de internet comuniquem ao Ministério Público para que o crime seja apurado. A pena para este crime é de 2 a 6 anos de reclusão e pagamento de multa.

5. O que diz a lei sobre pornografia e pedofilia

    • Estupro - Este crime acontece quando há relação sexual (vaginal) mediante violência. O artigo 213 do Código Penal prevê pena de 6 a 10 anos de reclusão;

    • Atentado violento ao pudor - é a prática de outros atos sexuais mediante violência. O artigo 214 do Código Penal prevê pena de 6 a 10 anos de reclusão;

    • Corrupção de menores - é corromper ou facilitar a corrupção - roubando a inocência - de adolescentes entre 14 e 18 anos. A prática de libidinagem, ou a indução à prática. O artigo 218 do Código Penal prevê pena de 1 a 4 anos de reclusão.

No entanto, todos esses crimes só são julgados mediante manifestação dos pais ou responsáveis pela vítima. Quando os pais ou responsáveis são os abusadores, qualquer pessoa pode denunciar o crime.

    • Pornografia infantil - é a produção ou a participação em pornografia envolvendo criança ou adolescente. Está no artigo 240 do ECA e prevê pena de 2 a 8 anos de reclusão;

    • Divulgação de pornografia infantil - é a publicação, inclusive pela internet, de pornografia envolvendo criança ou adolescente. Está previsto no artigo 241 do ECA, com 2 a 8 anos de reclusão;

    • Prostituição infantil - submeter criança ou adolescente à exploração sexual. O artigo 244-A da ECA prevê de 4 a 10 anos de prisão.

Também nestes casos, é preciso que haja a denúncia por parte dos pais ou responsáveis. Se eles estiverem envolvidos nos crimes, qualquer pessoa pode fazer a denúncia.

6. Conheça a Ong SafeNet - www.safernet.com.br

As denúncias de abusos contra crianças e adolescentes cresceram 75% entre janeiro a setembro deste ano, em comparação com o mesmo período no ano passado, segundo a ONG Safer-Net-Brasil, que recebeu 42.122 queixas de crimes de pedofilia contra 24.070.

Uma enquete realizada pela Ong SaferNet com a participação de 1.326 internautas de todo o País, entre julho e setembro com o tema: Você monitora o conteúdo que seu filho acessa na internet? mostrou que 53% das crianças acessam sites com conteúdos agressivos e considerados impróprios para sua idade e que 60% dos pais não impõem regras para o uso que os filhos fazem da internet.

Entre as crianças e jovens, 87% afirmaram que não possuem restrições quanto ao uso da internet. Os sites de relacionamento são os mais acessados por esse público.

Contrariando orientações de especialistas, a pesquisa revelou ainda que 64% dos jovens usam a internet no próprio quarto. "A criança se arrisca menos quando o computador é utilizado em área comum da casa", afirma Rodrigo Nejm, diretor de prevenção e atendimento da SaferNet e psicólogo responsável pela pesquisa.

Já entre os pais ouvidos pela pesquisa, 84% disseram temer que os filhos sejam vítimas de adultos mal intencionados, enquanto 74% têm medo de que eles tenham contato com conteúdos impróprios.

Ainda, 40% dos pais informaram que os filhos já explicitaram incômodo ou constrangimento em relação ao que vivenciaram pela internet, embora 63% afirmam não impor regras para o uso que os filhos fazem da rede.

Apesar dos índices, a ONG condena o uso de softwares que restringem o uso da internet pelas crianças. "Os programas de controle de acesso fragilizam a relação de confiança entre pais e filhos e não educam de maneira nenhuma", afirma Nejm. Uma solução melhor, segundo o psicólogo, é o "estabelecimento de um diálogo constante, com acompanhamento da navegação, sempre que possível".

7. Como denunciar a pedofilia e como proteger seus filhos

Existem programas que bloqueiam conteúdo impróprio. Eles não podem ser encarados, no entanto, como uma solução para a segurança da criança na internet. Nenhum deles é infalível. A navegação segura é mais uma questão de educação do que técnica.

Há meios de controlar o conteúdo acessado pelas crianças na web e há sites que permitem denúncias anônimas

    • Filtros: Há programas que bloqueiam conteúdo. No entanto, eles não são garantia de navegação segura. O software que usa palavras-chave pode acabar impedindo o acesso a conteúdos educacionais, sem garantir o bloqueio de todo o conteúdo impróprio. É possível impedir o acesso a alguns sites, mas não há como fazer uma lista de todos os endereços impróprios;

    • Espaço: A internet é um espaço público. As imagens e informações podem ser acessadas por todo mundo. Os jovens não devem revelar dados pessoais na internet nem publicar fotos suas. As informações podem ser usadas por pessoas mal-intencionadas;

    • Educação: Os pais precisam ensinar aos filhos como se comportar na rede mundial, assim como ensinam a eles como se comportar nas ruas. As crianças devem evitar contatos com estranhos e recusar encontros com desconhecidos. Devem desconfiar das informações que recebem e devem conversar com os pais sobre suas atividades na rede. É melhor que o computador não seja instalado no quarto. Colocar como página principal uma página que a criança sempre acessa, dificulta que ela fique navegando desnecessariamente.

As denúncias de pedofilia podem ser feitas em locais como a Promotoria de Justiça da Vara da Infância e Juventude e o Conselho Tutelar de cada Estado. Com uma ligação anônima, é possível fazer uma denúncia pelo número "Disque 100", da Secretaria dos Direitos Humanos da Presidência da República (SEDH/PR).

Na internet, alguns sites aceitam denúncias anônimas. A ONG SaferNet recebe dados de pornografia infantil na internet do País e aceita informações pelo site. Há também a Central Nacional de Denúncias de Crimes Cibernéticos, onde as denúncias são anônimas.

8. Discípulos que impedem as crianças de irem a Cristo.

No texto que está sendo considerado neste artigo, é espantoso ver os próprios discípulos colocando impedimentos.

Ainda hoje a falta de visão da importância e da necessidade do trabalho de levar as crianças a Cristo é uma grande realidade.

Quanta displicência e indiferença dos líderes, dos professores e até dos próprios pais. Há, de fato, uma preguiça aguda e crônica nas questões espirituais e morais, quando o assunto é a evangelização e discipulado das crianças.

Não se dá a mínima importância para a educação dos filhos nos caminhos do Senhor.

9. Jesus afirma sobre as crianças: DOS TAIS É O REINO DE DEUS

Dos que são como tais. Quem não receber o Senhor Jesus como uma criança, de maneira nenhuma entrará nele.

Não é a criança que tem de se tornar adulta, pelo contrário é o adulto que precisa se tornar como criança. A criança é um modelo.

Pergunta: Qual é a melhor idade para alguém vir a Cristo?

Resposta: Quanto mais cedo, melhor!

Sessenta anos é uma boa idade. Quarenta é melhor. Vinte é ainda melhor. Quinze é melhor ainda. Mas é muito melhor confiar em Jesus Cristo com dez, oito ou seis anos!

Quase a vida inteira está à frente...

Quem evangeliza crianças, não está apenas interessado em sua alma, mas em sua vida.

Quando uma criança confia em Jesus, ainda tem muitos anos, com a permissão de Deus, para viver para Ele.

Lionel Hunt, num livro publicado pela Moody Press, registrou uma pesquisa que demonstra de uma forma inequívoca qual a melhor idade para a evangelização e a conversão:

1% = Antes de 4 anos

85% = De 4 a 14 anos

10% = De 14 a 30 anos

4% = Após 30 anos

O fato é que as crianças são importantes para Deus. Elas têm uma alma imortal e uma vida inteira pela frente. Elas ouvem e atendem a mensagem do Evangelho mais prontamente do que qualquer outro grupo de pessoas.

D. L. Moody disse: "Eu creio que, se as crianças têm idade suficiente para vir à Escola Dominical, elas têm idade suficiente para vir ao Calvário. Vamos abrir nossas mentes e que Deus nos ajude a ganhar as crianças para Cristo".

Vamos investir, por todos os meios, para alcançar todas as crianças ao nosso redor.

Foi Jesus quem disse: "Assim, pois, não é da vontade de vosso Pai celeste que pereça um só destes pequeninos" (Mateus 18.14). O contexto de Mateus 18 mostra claramente uma criança no meio dos discípulos.

10. O reino de Deus

“Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo” (Romanos 14.17).

Onde as crianças estão:

    • É um ambiente de alegria;

    • É um ambiente de brincadeiras;

    • Gostam de estar umas junto das outras;

    • Fazem de um pequeno objeto um grande brinquedo.

Seja como as crianças!

Trabalhe com elas com toda pureza, com toda alegria.

A alegria do Senhor é a nossa força. Salmo 105.3 – “alegre-se o coração dos que buscam o Senhor”!

Que em 2009...

    1. Levemos as crianças a Cristo – O REI DOS REIS E SENHOR DOS SENHORES!

    2. Não sejamos repreendidos pelo Senhor por nos tornarmos uma barreira ou um obstáculo para as crianças!

    3. Possamos abraçar todas as crianças com pureza, amor, sabedoria e alegria!

    4. Vejamos todas as crianças do nosso bairro entrando no reino, pela fé, à medida que vão recebendo a Cristo como Seu Senhor e Salvador!

    5. Sejamos nós mesmos como crianças: humildes, confiantes, dependentes e sempre desejosos de aprender!

    6. Combatamos e denunciemos toda e qualquer mão suja que deseja tocar as crianças!

    7. Você, que é evangelista de crianças, se coloque como criança nos braços do Senhor Jesus, para que Ele, impondo as Suas mãos sobre você, o abençoe! Amém!

Extraído da Revista "O Evangelista de Crianças nº214" - Todos os direitos reservados.

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