O segredo do funcionamento do modelo MAC-1, assim como em qualquer foguete, está na aplicação direta das Leis de Newton sobre ele. Enquanto que a terceira lei de Newton explica seu deslocamento no ar, a primeira explica o destravamento do ga-tilho que conecta os dois estágios. A conexão entre os estágios se dá através de uma válvula de retenção localizada acima do primeiro estágio. Ela permite a passagem do ar ape-nas em um sentido e isso garante que o segundo estágio não perderá pressão quando o primeiro for despressurizado.
O gatilho atua como uma trava de separação. Ele possui exatamente a mesma função que o gatilho da base de lançamento. O que o sustenta no lugar é apenas o atrito com as abraçadeiras que tentam se abrir para liberar o segundo estágio. Ao contrário do gatilho da base, que precisa ser puxado para liberar o sistema, ele se destrava no momento do lançamento com a inércia que tenta mantê-lo no lugar. Após a pressurização, a liberação do foguete se dá pelo destravamento do gatilho localizado na base.
Logo no início da partida, o gatilho entre os estágios cai destravando a conexão entre eles (na realidade não é o gatilho que cai e sim o foguete que sobe ficando o gatilho no lugar por inércia). Isso deixa os dois estágios livres para se separarem. Porém, a força provocada pela ejeção da água do primeiro estágio é maior do que a força da pressão interna do segundo mantendo então o sistema unido.
À medida que a água dentro do primeiro estágio diminui, a força de impulso decresce até se tornar menor do que a força de pressão do segundo estágio. É aí que o sistema se separa fazendo o segundo subir como se fosse um novo foguete, agora acrescido de uma velocidade inicial tornando-o mais rápido e com um alcance maior.
Outra grande vantagem é que a separação dos estágios acontece quando o sistema está em sua máxima velocidade, tornando-o extremamente eficiente.
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