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Conteúdo desta secção:

  1. PNF-Chi - Capítulo do Dossier de Estágio Curricular da Licenciatura em Fisioterapia realizado no Wellness Center do Hotel do Caracol (Terceira – Açores).
  2. Conceito de Bem-Estar/Wellness - Publicação do site Médicos de Portugal.

PNF- Chi

In Dossier de Estágio Curricular da Licenciatura em Fisioterapia realizado no Wellness Center do Hotel do Caracol (Terceira – Açores).

Elaborado por Renato Silveira e Daniel Simão (2005)

Parte deste texto foi também publicado no site Sapo Mulher. Para aceder ao site clique aqui.

O PNF-Chi é um conceito desenvolvido pelos Fisioterapeutas Eva Albuquerque e Paulo Araújo, que funde os princípios dos movimentos em diagonal do PNF (Proprioceptive Neuromuscular Facilitation) com o exercício lento, gracioso e ritmado do Tai Chi Chuan.

A observação da execução das sequências de Tai Chi por um Fisioterapeuta, levou à verificação de algum paralelismo entre estas e os padrões de diagonais de movimento Humano.

De acordo com a experiência profissional dos autores, vários praticantes de Tai Chi desenvolviam gonalgias, associadas a algumas posições específicas. Face às restrições impostas pela filosofia “milenar” do Tai Chi, que impede a alteração dos movimentos e das suas sequências, surgiu a ideia de criar algo que fugisse à “rigidez” do Tai Chi Chuan. Esta passou pela integração dos padrões de movimento normais do ser humano nos princípios da técnica oriental, retirando desta os componentes mais agressivos para as articulações.

Deste modo deu-se inicio à construção do conceito/técnica do PNF-Chi.

Tai Chi Chuan no PNF-Chi

O Tai Chi Chuan é uma forma de arte marcial que remonta à cerca de seis mil anos e cuja criação é atribuída a monges budistas. A fonte de inspiração para esta arte partiu da observação da movimentos suave e complacente utilizados pelas cobras para esquivarem-se dos seus predadores.

O seu nome quer dizer “Derradeiro Punho Supremo”, mas não simboliza o seu verdadeiro significado. As expressões “ Força na Suavidade”, “Poesia em Movimento” ou “Harmonia Móvel” estão mais próximas de exprimir a verdadeira essência do Tai Chi.

O Tai Chi Chuan é praticado actualmente por milhões de pessoas, especialmente por idosos, como uma forma de exercício e com finalidades terapêuticas. Desde o advento da medicina tradicional chinesa no ocidente, vários profissionais de saúde, entre eles o Fisioterapeuta, têm aumentado o seu interesse nos potenciais benefícios para a saúde que esta arte pode trazer (Jancewicz, 2000). O Tai Chi é considerado uma actividade que melhora a forma física, sendo a sua aplicação regular fonte de um aumento das capacidades funcionais de coordenação e mobilidade, assim como de um aumento de auto-estima e confiança (Jancewicz, 2000). É também descrito o seu papel como promotor da saúde quer a nível físico, quer a nível psicológico (Irwin et al, 2004), proporcionando ao praticante uma grande sensação de satisfação e sentimento de conquista e bem-estar (Hong et al, 2000).

Apesar do Tai Chi ser praticado por pessoas de todas as idades e de ambos os sexos, grande parte dos estudos são realizados com populações idosas. A literatura descreve inúmeros benefícios para os praticantes de Tai Chi, sendo os mais descritos:

· Ganho de controlo postural, estabilidade dinâmica e equilíbrio/ redução de quedas (Hong, 2000; Li et a, 2001; Qin et al, 2005; Taggart, 2002; Thornton et al, 2004; Verhagen et al, 2004; Wayne et al, 2004; Xu et al, 2004).

· Treino proprioceptivo (Jacobson et al, 1997 citado por Xu et al, 2004; Xu et al, 2004 ).

· Ganho de força e flexibilidade (Jancewicz, 2000; Hong, 2000; Li et a, 2001; Taggart, 2002; Verhagen et al, 2004; Wayne et al, 2004; Xu et al, 2004).

· Melhoria da capacidade funcional (Hong, 2000; Li et al, 2001; Li et al, 2001; Qin et al, 2005; Irwin et al, 2004; Taggart, 2002; Thornton et al, 2004; Wayne et al, 2004; Xu et al, 2004; Yeh et al, 2004).

· Melhoria do sistema imunológico (Li et al, 2001; Irwin et al, 2004).

· Retardamento da desmineralização óssea (Chan et al, 2004; Qin et al, 2002).

· Benefícios a nível do aparelho Cardiovascular (Hong, 2000; Jancewicz, 2000; Li et al, 2001; Irwin et al, 2004; Taggart, 2002; Thornton et al, 2004; Verhagen et al, 2004; Wayne et al, 2004; Xu et al, 2004; Yeh et al, 2004).

· Benefícios a nível do aparelho Respiratório (Jancewicz, 2000; Li et al, 2001).

Características do Tai Chi Chuan (segundo Wayne et al, 2004; Xu et al, 2005) utilizados no PNF-Chi :

· Movimentos rítmicos e lentos que facilitam a consciencialização da posição dos segmentos corporais durante o movimento, assim como da velocidade, força, trajectória e execução dos movimentos, e a consciencialização do ambiente em redor;

· Ênfase na manutenção de uma postura vertical, com o corpo numa posição central;

· Transferências de peso de um membro inferior para o outro, promovendo o ganho de força e equilíbrio dinâmico;

· O uso de diferentes segmentos corporais, actuando alternadamente como estabilizadores e mobilizadores, permite a execução de movimentos de modo suave sem comprometer o equilíbrio e a estabilidade;

· Movimentos simétricos e em diagonal do membro superior que promovem o movimento pendular do membro superior na marcha e aumentam os movimentos de dissociação entre membros superiores, tronco e a bacia;

· Flexão moderada dos joelhos que baixa o centro de gravidade e aumenta assim a estabilidade;

· Movimentos amplos e em “espiral” promovem um incremento da flexibilidade articular;

· Movimentos que envolvem tanto contracção muscular isométrica, como isotónica;

“Com o Tai Chi Chuan procura-se alcançar a velocidade do puma, a calma da garça, a paciência do camelo, a coragem do tigre e a longevidade da tartaruga”. (Levis Litz)

PNF no PNF - Chi

Como o próprio nome indica o PNF consiste na “facilitação neuromuscular proprioceptiva” do movimento, pois reconhece que a condição física depende de um processo neuromuscular que envolve receptores sensitivos e a integração do movimento funcional. Este conceito começou por ser descrito entre 1940 e 1950 por Herman Kabat, Margaret Knott e Dorothy Voss, como modalidade de tratamento para utentes paralisados. Originalmente designado para facilitar flexibilidade, fortalecimento e coordenação, o PNF encontrou seguidores nas áreas mais ligadas ao fitness.

O movimento funcional normal é composto por padrões de movimento em diagonal dos membros e dos músculos sinérgicos do tronco (Kabat, 1960 cit. por Adler et al, 1999). Estes padrões combinam movimentos nos três planos (sagital, frontal e horizontal), potencializando a actividade e exigindo menos gasto de energia com uma maior eficácia do movimento. Os padrões são compostos por três componentes principais a nível proximal (flexão/extensão; abdução/adução; rotação interna/externa) e acessórios a nível distal (flexão/extensão do cotovelo/joelho; supinação/pronação; desvio radial/cubital; flexão/extensão do punho/dedos; eversão/inversão; flexão dorsal/flexão plantar).

Segundo Adler et. al (1999), o PNF é mais do que uma técnica mas sim uma filosofia de tratamento, que tem como base o conceito que considera o ser humano como um todo e não só como um segmento corporal.

Princípios do PNF (Almeida, 2003) utilizados no PNF-Chi:

· Uso de padrões de movimento em diagonal/ espiral;

· Movimento cruzado com a linha média;

· Recrutamento de todos os componentes do movimento;

· Recrutamento dos grupos musculares relacionados;

· Movimento sem dor, mas com esforço;

· Uso de múltiplas articulações e acções musculares;

· Recrutamento de agonistas e antagonistas;

· Contracções repetidas para facilitar a aprendizagem motora e adaptação;

· Ênfase na coordenação motoro-visual;

· Progressão de actividades simples para complexas;

PNF-Chi como técnica de mobilização global activa

O PNF-Chi apresenta-se então como um conceito de mobilização global activa, desenvolvido por Fisioterapeutas, adequado a todas as idades. Baseando-se em todos os princípios do PNF e do Tai Chi descritos anteriormente, o PNF-Chi coloca o principal ênfase em:

· movimentos lentos e contínuos, executados em diagonal, e em toda a amplitude de movimento, sem colocar as articulações closed-packed position;

· co-contracção de músculos agonistas e antagonistas (execução do movimento pelo agonista com o controlo/resistência ao movimento do antagonista);

· controlo respiratório podendo ser combinado com movimentos para flexão ou para extensão conforme a intenção seja de reenforço ou de alongamento.

Tendo como principal base os princípios de movimento do Tai Chi, o PNF-Chi altera os movimentos sequenciais e circulares do primeiro, substituindo-os pelos movimentos em diagonal do PNF e integrando-os em pequenas progressões. As sequências de progressões não são fixas, tendo como linha orientadora o aumento da dificuldade dos exercícios, começando por movimentos mais simples e progredindo para mais complexos.

Geralmente cada movimento é realizado três vezes: a primeira vez serve para o aluno visualizar e tentar aprender o movimento, à segunda o aluno tenta integrar o mesmo e realizá-lo com algum grau de interiorização, enquanto à terceira vez, o aluno tenta realizar o movimento já interiorizado de forma correcta, com total consciência das alterações que ocorrem no seu corpo. A velocidade com que os movimentos são realizados, não deverá ser muito elevada de modo a promover a integração dos movimentos, permitir a adaptação contínua das estruturas mio-fasciais e articulares à posição do corpo, e promover aumento dos tempos respiratórios.

O controlo respiratório poderá ser utilizado de variadas formas, dependendo do objectivo do exercício. Se o objectivo for promover o alongamento, então nos movimentos para flexão do membro superior utiliza-se a expiração, de forma a promover um maior afastamento entre a origem e a inserção das estruturas. Contudo se o objectivo for o reenforço, utiliza-se nos mesmos movimentos a inspiração, de modo a promover uma postura de abertura mais acentuada, com maior extensão do tronco; nos movimentos para extensão do membro superior, caso o objectivo seja o reenforço, utiliza-se a expiração, permitindo uma maior exsuflação dos pulmões e consequentemente uma postura de fecho mais acentuada.

Como referido anteriormente, o PNF-Chi utiliza a co-contracção dos agonistas e antagonistas mantida ao longo do movimento para que este seja auto-resistido, ao contrário do PNF em que a resistência é aplicada externamente pelo Fisioterapeuta, o qual actua como um ponto fixo.

Dadas as características de realização dos movimentos físicos e do relaxamento adquirido com estes, é proporcionado ao praticante a oportunidade de atingir um estado contemplativo e de concentração, que lhe permite um maior controlo sobre o seu organismo. Este processo pode ser potencializada pela associação de exercícios de visualização descritos no capitulo dedicado ao relaxamento.

Assim, apesar de não existirem estudos sobre os efeitos do PNF-Chi, pode-se extrapolar a partir da experiência clínica e com base nos benefícios atrás referidos sobre o PNF e o Tai Chi, que este nova técnica promove os mesmos, dos quais se destacam o relaxamento, a consciencialização corporal, a integração de movimento, o ganho de equilíbrio e coordenação, o controlo respiratório, ganho de flexibilidade e força, ganho de resistência ao esforço e o treino proprioceptivo (posicionamento articular e equilíbrio). Esta técnica apresenta-se então como um instrumento ideal para a promoção do bem-estar físico e psicológico dos seus praticantes.

Bibliografia

- Adler, S., Beckers, D., & Buck, M. (1999). PNF Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva – Um Guia Ilustrado. São Paulo: Editora Manole Ltda.

- Hong, Y., Li, J., & Robinson, P. (2000). Balance control, flexibility, and cardiorespiratory fitness among older Tai Chi practitioners. British Journal of Sports Medicine, 34, 29-34.

- Irwin, M., Pike, P., & Oxman, M. (2004). Shingles Immunity and Health Functioning in the Elderly:Tai Chi Chih as a Behavioral Treatment. Evidence-based Complementary and Alternative Medicine, 1 (3), 223-232.

- Qin, L., Choy, W., Leung, K., Leung, P., Au, S., Hung, W., Dambacher, M., & Chan, K., (2005). Beneficial effects of regular Tai Chi exercise on musculoskeletal system. Journal of Bone Minerology and Metabolism, 23 186–190.

- Wayne, P., Krebs, D., Wolf, S., Gill-Body, K., Scarborough, D., McGibbon, C., Kaptchuk, T., & Parker, S. (2004) Can Tai Chi improve vestibulopathic postural control? Archives of Physical Medicine Rehabilitation, 85, 142-152.

- Taggart, M. (2002). Effects of Tai Chi Exercise on Balance, Functional Mobility, and Fear of Falling Among Older Women. Applied Nursing Research, 15 (4), 235-242.

- Yeh, G., Wood, M., Lorell, B., Stevenson, L., Eisenberg, D., Wayne, P., Goldberger, A., Davis, R., & Phillips, R. (2004) Patients with Chronic Heart Failure: A Randomized Controlled Trial. American Journal of Medicine, 117, 541-548.

- Chan, K., Qin, L., Lau, M., Woo, J., Au, S., Choy, W., Lee, K., & Lee, S. (2004). A randomized, prospective study of the effects of Tai Chi Chun exercise on bone mineral density in postmenopausal women. Archives of Physical Medicine Rehabilitation, 85, 717-722.

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- Kuei-Min, C., Wen-Ting, C., Jing-Ji, W., & Min-Feng, H. (2005). Frail Elders’ Views of Tai Chi. Journal of Nursing Research, 13 (1), 11-19.

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- Li, J., Hong, Y., & Chan, K. (2001). Tai chi: physiological characteristics and beneficial effects on health. British Journal of Sports Medicine, 35, 148-156.

- Xu, D., Hong, Y., Li, J., & Chan, K. (2004). Effect of tai chi exercise on proprioception of ankle and knee joints in old people. British Journal of Sports Medicine, 38, 50-54.

- Qin, L., Au, S., Choy, W., Leung, P., Neff, M., Lee, K., Lau, M., Woo, J., & Chan, K. (2002). Regular Tai Chi Chuan exercise may retard bone loss in postmenopausal women: a case-control study. Archives of Physical Medicine Rehabilitation, 83, 1355-1359.

- Wua, G., Liu, W., Hitt, J., & Millon, D. (2004). Spatial, temporal and muscle action patterns of Tai Chi gait. Journal of Electromyography and Kinesiology, 14, 343–354.

- Jancewicz, A. (2001) Tai Chi Chuan's role in maintaining independence in ageing people with chronic disease. Journal of Bodywork and Movement Therapies, 5 (1), 70-77.

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- Li, F., Harmer, P., McAuley, E., Fisher, J., Duncan, T., & Duncan, S. (2001). Tai Chi, Self-Efficacy, and Physical Function in the Elderly. Prevention Science, 2 (4), 229-239.

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- Albuquerque, E. (2005). Fisioterapia e o Wellness. Prelecção das Jornadas “Fisioterapia em Expansão 2005”. Estoril.

- Vaz, A. (2004). Apontamentos da aulas de Fisioterapia Teoria e Prática – Módulo Comunidade.

- Almeida. P. (2003). Apontamentos da aulas de Técnicas de Avaliação e Intervenção III – Módulo PNF.

Conceito de Bem-Estar / Wellness

por Renato Silveira, Daniel Simão e João Ribeiro

(Clique aqui para aceder à publicação original no site Médicos de Portugal)

O conceito de Bem-Estar / Wellness apresenta-se como uma filosofia de “bem estar”, que tem como base o desejo de uma vida mais sã e serena, permitindo ultrapassar as “batalhas diárias”, fontes de preocupação de tudo o que nos rodeia, relembrando que a “chave da solução” para os problemas pode estar dentro de Nós (Albuquerque, 2005).

Actualmente, o Bem-Estar está associado a vários conceitos, dependendo a sua definição da área geográfica e social em que os centros que prestam tais serviços estão inseridos.

O que é o Bem-Estar?*

O Bem-Estar (Albuquerque, 2005) é um conceito de prática que engloba todos os aspectos do indivíduo, assim, envolve a manutenção de uma boa nutrição, exercício, boas relações pessoais, familiares e sociais, e o controlo do stresse. Este pode ser considerado um tipo de medicina preventiva associada ao estilo de vida de cada um, podendo assim contemplar programas ou benefícios que são introduzidos para encorajar a aptidão física, a prevenção e a detecção precoce de doenças para ajudar a reduzir a utilização e os custos de futuros cuidados de saúde.

Este processo de cuidados de saúde implica uma tomada de consciência e alteração de atitudes em direcção a estilos de vida saudáveis, de modo a que os indivíduos possam fazer escolhas informadas para atingir uma saúde física e mental óptima através de serviços focados na promoção ou manutenção da Saúde em vez da correcção da doença. Os programas de Bem-Estar muitas vezes incluem rastreios da tensão arterial e outros, bem como educação para a Saúde.

O Bem-Estar apresenta-se assim como um estado dinâmico de saúde no qual o indivíduo progride em direcção a um nível elevado de funcionalidade, atingindo um equilíbrio óptimo entre o meio interno e externo.

Bem-Estar e a Fisioterapia*

O conceito de saúde tem sofrido muitas alterações ao longo dos tempos: desde o conceito de saúde como ausência de doença até ao conceito actual que considera Saúde como, “(...) o completo bem estar físico social e mental e não apenas ausência de doença ou enfermidade” (OMS, 1983). Actualmente, a abordagem holística do Ser como um todo, abre novas perspectivas a nível do tratamento nas diversas áreas da saúde.

O “Fisioterapeuta presta serviços a pessoas e populações com o fim de desenvolver, manter e restaurar o movimento e a capacidade funcional através de todo o ciclo de vida.

Tem como finalidade a promoção da saúde e prevenção da doença, da deficiência, da incapacidade e da inadaptação, e de tratar, habilitar ou reabilitar, utentes/clientes com disfunções de natureza física, mental, de desenvolvimento ou outras, incluindo a dor, com o objectivo de ajudar a atingir a máxima funcionalidade e qualidade de vida” (adaptado Ministério da Saúde-Dec.Lei nº261/93 de 24 de Julho).

A fisioterapia inclui a prestação de serviços em circunstâncias em que o movimento e a função estão ameaçados pelo processo de envelhecimento, por lesão ou doença (Albuquerque, 2005).

Assim, uma vez que o Fisioterapeuta é um profissional que intervém na manutenção da saúde, prevenção de lesões e doença, e promoção de estilos de vida saudáveis, a sua capacidade de promover a função (essencial para o Bem Estar) torna-o um profissional ideal para conduzir activamente projectos na área do Wellness e Bem-Estar (Araújo, 2005).

* Capítulo adaptado de Silveira & Simão (2005).

Bibliografia

• Albuquerque, E. (2005). Fisioterapia e o Wellness. Prelecção das Jornadas “Fisioterapia em Expansão 2005”. Estoril.

• Araújo, P. (2005). Açores, Ilhas de Bem Estar – um conceito, um projecto para um turismo inovador. Conferência “Açores, Ilhas do Bem Estar”. Angra do Heroísmo.

• Silveira, R. & Simão, D. (2005). Dossier de estágio: Wellness Center do Caracol - Disciplina de Educação Clínica V. Escola Superior de Saúde do Alcoitão.