Chegada da Família Polonini

Em 13 de novembro de 1876 - nesta data o navio CLEMENTINA aportou em Piúma, no sul do Espírito Santo, conduzindo 768 imigrantes italianos, que haviam embarcado em Gênova, em 11 de outubro. Foram 33 dias de viagem. A maioria dos imigrantes eram da região da Lombardia. Haviam também no grupo famílias procedentes do Vêneto e do Trentino. Ao partir da Itália, os imigrantes tinham como destino a província de Santa Catarina, onde seriam encaminhados às colônias demarcadas na então província sul brasileira. Mas por que desembarcaram no Espírito Santo? O responsável pela contratação, transporte e distribuição desses imigrantes no Brasil, conforme contrato celebrado com o Governo Imperial, era Joaquim Caetano Pinto Junior. Pelas cláusulas contratuais, ele tinha por responsabilidade de trazer 100 mil imigrantes ao país. De acordo com o sociólogo Renzo Grosselli*, assim funcionava esses “caçadores de emigrantes”: “Caetano Pinto, que ao que parece vivia em Paris, confiou ao Cônsul brasileiro em Marselha, Costa Saraiva, a direção da organização que agia no norte da Itália e no Trentino. Este, por sua vez, confiou à Companhia de Navegação Depas não apenas o transporte dos emigrantes para o Brasil, como também a criação de uma rede de colaboradores ou “caçadores de emigrantes”, como se dizia então. (...) a Depas enviava a todos os administradores municipais do Trentino [e do norte da Itália] um panfleto sobre as ofertas brasileiras aos emigrantes. Em um primeiro momento, a publicidade era assinada pelo próprio Joaquim Caetano Pinto Júnior, com certificado de conformidade do Consulado de Marselha.” Obviamente o panfleto de propaganda tinha muitas promessas para convencer os camponeses a emigrar. Por circunstâncias desconhecidas, o comandante da embarcação realizou o desembarque dos passageiros em Piúma, dizendo aos passageiros, então exaustos da longa viagem pelo Atlântico, que haviam chegado ao seu destino. Muitos pensaram que estavam em Santa Catarina. Ao perceber que foram enganados, muitos se revoltaram e exigiram ser conduzidos para o sul do país, totalizando 173 pessoas: para Santa Catarina seguiram 137 imigrantes; Rio de Janeiro, 19; São Paulo, 14 e Rio Grande do Sul foram três imigrantes. Os 595 que aceitaram permanecer no Espírito Santo ocuparam lotes na Colônia de Rio Novo. Desse total, 29 famílias foram instaladas no Segundo Território; 49 no Quarto e 89 famílias foram as fundadores do Quinto Território da citada colônia. *Fonte: https://ape.es.gov.br/Media/ape/PDF/Livros/Colonias_Imperiais_na_Terra_Cafe.pdf p. 78. Chegaram na mesma data, em 1895, 11 imigrantes no vapor Rosário, vindos de Santos e Rio de Janeiro. Relação dos 7 sobrenomes das famílias que chegaram a bordo do vapor ROSÁRIO em 13 de novembro de 1895: BERTOLA - BISI - CESCHINI - GRANITI - MURARI - PLOTEGHER e SASSIO Relação dos 229 sobrenomes das famílias que chegaram a bordo do vapor CLEMENTINA em 13 de novembro de 1876:

 ANDINELLI – APARID BARRACCA - BASAGLIA - BASSI -BENEDUZZI - BENELLI - BENINI - BERCONI - BERGAMASCHI - BERTAGNA - BERTOCHI - BESCHI - BETTONI - BOLZONI - BONIZZONI - BORTOLUZZI – BUTORA CAMPAGNONI - CAMPI - CAPRINI - CARATI - CASTELLANI - CERATA - CHIESA - CHINALI - CHIROLI - COLLI - COMMANDULE - COMMINOTTI - CONTE - CONTURBA - CORSI - COSTA – COZZETTI DALLAPARTE - DELLANOCE - DELMATI - DEPARIS - DONARINI EPIS FACCHINETTI - FACCO - FERLA - FERRARESI - FERRARI - FERRASCHI - FERRO - FESTA - FILIPPETTI - FIORANI - FONNANI - FONTANA - FRANZA – FUGAZZA GALUZZI - GAMBORINI - GARATINI - GARGIONI - GAZZI - GERPOLLI - GIAVARINI - GINELLI - GIORGETTI - GIORNADA - GIUBELINI - GOBBI - GOLTARA - GRITI - GRITTI - GUARENGHI - GUERINI - GUIDINI – GUINTELLI INTRA - ISABELLI - ISOTTON - IZE LAMERA - LAZZERI - LEONI - LISI - LISONI - LOCATELLI - LODI - LODIGIANI - LONGARI - LUPPI – LUSSANA MACCABELLI - MACONI - MAINA - MALANCHINI - MALVICINI - MANFREDINI - MANNOELLI - MARCHESI - MARCHETE - MARCHETTI - MARCHI - MARCONI - MARIANI - MARTELLETTI - MARTINELLI - MASIOLI - MAZZOLARI - MAZZONI - MERCADANTE - MERIGHETTI - MERLO - MINELLI - MOLZINI - MONDADORO - MONICO - MONTANARI - MONTIPPÒ - MONTREGA - MORANDI - MORBINI - MORELLI - MOROSINI - MOROZZOTI - MORRONI - MOSCHETTI - MOTA - MOURO – MUTTI NASCHETTI - NAZZARI - NEBRINELLI - NEGRINI – NICCHETTI OGLIOSI - OLIOSI - ONOFRIO – ORSOLINI PACCHIONI - PALTENGHI - PANDOLFI - PARABONI - PARATI - PARMAGNANI - PARRASCHI - PATTINI - PEDRINI - PELIZZARI - PELLEGRINI - PEOSSI - PERCICA - PERSONALI - PIA - PIAZZA - PICOLTINI - PIOMBINI - POLESCHI - POLINETTI - POLLETI - POLLINI - POLONINI - PREMOLI QUINTINI RADAELLI - RADARELLI - RASSETTI - RIGHETI - RIGHETTI - RINALDO - RIZZI - ROMEI - ROSA - ROSSETTI - ROSSI – ROVETTA SABBADINI - SACCANI - SALARO - SALLA - SANDRINI - SANGIOVANNI - SANTUCCI - SARTESCHI - SARTORI - SARZI - SAVACHI - SCALFONI - SCANDELLI - SCOTTI - SERVEGNINI - SERVI - SEVERGNINI - SOARDI - SOAVE - SPAZZINI - SPINELLI - SPINI - SPINOLA – STORI TAMBORIN - TANNO - TIRABOSCHI - TIRELLI – TRASPADINI UCELLI - UMILTÀ – USELLI VACCARI - VALCETE - VALDARENGHI - VALSECHI - VANELLI - VANZINI - VASSALI - VENTURINI - VESCOVI - VICENZI - VIGINI - VIOLINI - VITTI - VIZZOLI – VOLPINI ZAFERI - ZAMBELLI - ZANIBONI - ZANINI - ZANONI - ZERBONI - ZIVIANI e ZULIANI. Pesquise suas origens. Consulte nossa base de dados:

 www.imigrantes.es.gov.br – e-mail:

 imigrantes@ape.es.gov.br Arquivo Público do Estado do Espírito Santo: Rua Sete de Setembro, 414 – Centro, Vitória (ES). www.ape.es.gov.br - 27-3636.6128 Foto: Piuma, 1869. Albert Richard Dietze. Biblioteca Nacional.