Dia 7 - Careiro Castanho~Manaus

Data de postagem: Sep 10, 2011 12:43:22 AM

Primeiro deixe-me colocar o vídeo que faltou ontem. Uma passagem básica das pontes malditas.

Dormimos em Careiro Castanho. Não saímos tão cedo de lá. Não senhor. A brabeza dos dias anteriores se fez cobrar nessa noite. Acordamos tarde.

Enfim, asfalto! Nem acredito que existe isso. Que coisa lisa, sem trepidação, lisinha... paramos até para tirar foto. Fiquei até emocionado em ter conseguido passar a peleja que passamos e novamente encontrar asfalto.

No asfalto a coisa rende. Chegamos na balsa que dá acesso a Manaus. Ô lugarzinho feio, com direito a policial grosso que mandou a gente tirar as motos de onde estavam. Elas nem estava no fluxo de carros. Não estavam atrapalhando. O sujeito faz só para aparecer como otoridade. Ainda mais com turistas... mas eu já tinha noção de Manaus. Já tinham me falado que lá é assim a coisa.

Na balsa, a mesma coisa. Mal colocamos as motos, ainda nem tinha descido dela, nem tinha desligado o motor e nem tinha tirado o capacete o cidadão já veio cobrando pela passagem. Repare que os carros entram na balsa de ré.

Perguntei: "Quanto é?"

O cara olhou para a minha moto, olhou para a do Jardim e disse: "Vinte."

Eu disse: "Vinte as duas, correto?"

Ele me olhou emburrado de quem não gostou e disse: "É."

Ah, bom. Cobrar vintão por cada moto sendo que a gente sabia que era 10 é brabo. Mais um para querer pegar turista trouxa. Já comecei a perder o encanto.

Bom, mas o encanto logo voltou com a beleza eu é ver o rio amazonas. O encontro das águas. A gente passa com a balsa em cima dele. Impressionante os dois rios vão lado-a-lado por tantos quilômetros sem misturarem. Uma coisa linda mesmo.

Daí o povo na balsa juntou ao redor das motos. É assim em quase todos os lugares em que a gente para mais que cinco minutos. As crianças ficam simplesmente encantadas. Essa daí se apaixonou na moto do Jardim. Pediu umas 10 vezes para o pai dela colocá-lo na moto. Em uma dessas, tirei essa foto.

A travessia durou uns 50 minutos. Chegamos no porto em Manaus e joguei no GPS o hotel. Foi certeiro, apesar de que como a gente não conhece o perfil da cidade, o GPS manda a gente passar em cada local... vixe, cada bocada que se fosse em outra cidade não entrava, pois parece entrada de favela. Mas fomos, mesmo assim, confiando no GPS. Ficamos no GO Inn Manaus, uma indicação que o Jardim tinha na manga. Show de bola o hotel, novinho, fica do lado do teatro Amazonas, no centro.

Daí fomos para o quarto, um merecido banho em um chuveiro decente. É hora de lavar as roupas. Acho que fiquei um bom tempo para lavar todas as minhas roupas que estavam sujas. Sujas é elogio, na verdade. Estava imundas. Olha, vou te dizer, um abraço bem carinhoso para todas as lavadeiras de roupas e para o pessoal da Brastemp que inventou a máquina de lavar.

Daí fomos para o shopping comer alguma coisa, pois já estava tarde e não tinha nada aberto nas ruas. Manauara Shopping. Enorme. Aproveitamos para comprar um livro para cada. Iríamos pegar o barco dali a uns dias. Afinal, serão 5 dias dentro dele.

Amanhã de manhã tomei uma decisão difícil, mas necessária. Vou nos Correios despachar parte da minha bagagem de volta para casa. Mandar as coisa que não precisarei mais, como barraca e saco de dormir, por exemplo, além de parte das ferramentas e de equipamentos. Na transamazônica a pegada é mais "fácil".

E por falar em Transamazônica, está chovendo por lá. Ai, ai, ai... com chuva não dá para fazer. Bom, vamos acompanhando. Quem sabe passa.