Trajetórias do Sol na esfera celeste e o nascer e ocaso helíaco das Plêiades
Curso de Formação Intercultural em Astronomia
Curso de Formação Intercultural em Astronomia
Nem todos os americanos concebem o tempo e o espaço da mesma maneira. As cosmologias das sociedades industriais estão entrelaçadas com a história destas sociedades, refletindo a acumulação da sua tecnologia e da percepção do outro e do mundo com base em suas tensões e seus desejos. Entre as sociedades não industriais o céu também reflete sua tecnologia, seus calendários ritualísticos, seus princípios organizacionais, suas fontes de poder e temor. Nas sociedades tradicionais há astronomias e calendários entre os grupos nômades de caçadores e coletores, como há entre grupos horticultores e agrícolas, relacionados com certos fenômenos celestes. As culturas populares campesinas, e o campesinato latinoamericano também seguem relacionando-se com sistemas astronômicos próprios, baseado em conhecimentos de seus ancestrais indígenas, aparentemente ocultos, mas latentes sob a imitação de religiões e da astronomia ocidental.
Cada sociedade integra os elementos de seu entorno em seu sistema classificatório geral. Para dar significados aos céus, é necessário observa-los, e em seguida considerar seus movimentos e suas relações. Se vê com os olhos, o que o cérebro está programado para conceber como significante, dado o conteúdo arbitrário ou cultural que tenha sido interiorizado na sociedade ou no indivíduo. A partir de uma observação topocêntrica, os ameríndios tem desenvolvido vários conceitos astronômicos. Ao longo do ano, os lugares por onde o Sol sai e se oculta descrevem sobre o horizonte um arco de solstício a solstício, de apenas 46o, simétrico de um lado ao outro a partir da linha leste oeste. Ao passo que, em altas latitudes este arco sobre o nascente e poente do Sol é mais evidente. Nos trópicos, com o plano do horizonte paralelo ao eixo de rotação terrestre, noites e dias alternam ao longo do ano sem variação significativa na duração, ou seja, a duração dos dias são sempre iguais à duração das noites.
As atividades a seguir foram planejadas para abordar alguns fenômenos presentes na astronomia dos indígenas como os guarani, kogui, entre outros.
1 - Arcos de duração do dia do Kit para o Ensino de Astronomia
Orientação com bússolas e identificação das características dos arcos da trajetória do Sol na latitude 20o sul.
2 - Variação da duração da parte clara e da parte escura de um dia.
a) Clasificação de gráficos de barras.
3 - Trajetórias do Sol na esfera celeste
Arcos do Sol na esfera celeste.
4 - Sessão comentada no planetário: Marcações do Tempo
A sessão simula o movimento do Sol na esfera celeste nos solstícios e equinócios. Em cada uma destas datas serão identificadas as principais constelações do início da noite em algumas latitudes, comparando com as referências estabelecidas nos calendários e templos guaranis e koguis.
5 - Modelos geocêntrico e heliocêntrico.
Placas para representar solstícios e equinócios.
6 - Modelo de arco diurno das Plêiades para Belo Horizonte.
7 - Permanência do Sol em cada Constelação do Zodíaco.
Definição de constelações pela Astronomia
Mapa das Constelações do Zodíaco
8 - Sessão comentada no planetário: "Astronomia Indígena".