Universidade Federal de Santa Maria

Centro de Educação

Curso de Mestrado Profissional do Programa de Pós-Graduação em Tecnologias Educacionais em Rede



Rede Colaborativa Virtual: conectando saberes entre professores



Produto Final: Manual Orientador para criação de Rede Colaborativa Virtual de Aprendizagem


Autora: Daniela Cherobini Cargnelutti

Orientadora: Profª Drª Ana Cláudia Oliveira Pavão

Caro Educador!

Este estudo está vinculado à linha de pesquisa de Desenvolvimento de Tecnologias Educacionais em Rede, do Programa de Pós - Graduação em Tecnologias Educacionais em Rede – PPGTER, da Universidade Federal de Santa Maria - UFSM. O produto final se constitui na construção de um manual orientador que objetiva propor estratégias a fim de estimular a criação de redes colaborativas virtuais de aprendizagem para professores em formação continuada que atuam nos anos iniciais do Ensino Fundamental.

O manual foi pensado partindo do estudo realizado, pautado no embasamento científico, em possíveis conclusões, após a análise reflexiva das categorias pré-elaboradas anteriormente (cultura digital, rede colaborativa virtual e formação continuada docente) e nas vivências da pesquisadora enquanto cursista da formação que ocorreu durante o Programa Conexão de Saberes em 2019 e 2020, no município de Santa Maria/Rio Grande do Sul.

Para uma rede colaborativa virtual de aprendizagem contribuir com a formação continuada de professores é preciso levar em consideração três itens: contexto, demanda e necessidade cultural; ambiente e ferramentas; mediação e colaboração.

Contexto, Demanda e Necessidade Cultural

a) Garantir que tecnologias da informação e comunicação estejam presentes nas políticas públicas que norteiam a educação municipal, mantendo diálogo entre gestores escolares e de governo.

b) Manter a utilização de plataformas digitais em projetos em sala de aula a fim de incentivar a fluência tecnológica entre os professores e estudantes, como por exemplo: Google Workspace e seus aplicativos.

c) Promover a sociabilidade digital, encontrar na virtualização de informações intenções de pesquisa, leitura e construção de novos conhecimentos teóricos.

d) Motivar a si e os outros a buscar novas formar de ensinar e aprender dentro de um contexto emergente de inovação tecnológica, no que tange ao aprimoramento e experiência com metodologias ativas, como por exemplo: rotação por rotações, sala de aula invertida, Flex, Laboratório Rotacional.

e) Tornar-se um cibercidadão, aquele que se apropria e domina a tecnologia da escrita em favor da inclusão digital.

f) Inovar e reconhecer que a tecnologia pode atuar como dispositivo de formação continuada e promover encontros e trocas de experiências

g) Reconhecer quais as reais necessidades de formação docente, apropriando-se uma pesquisa diagnóstica, coletas de dados, em geral utilizando o aplicativo Google Forms.

Ambientes e Ferramentas

a) Incentivar que os encontros formativos sejam efetivamente consolidados em ambientes virtuais de aprendizagem. Escolher em quais ambientes virtuais de aprendizagem será hospedada a formação, preferencialmente gratuitos, as sugestões são:

Moodle

Google Sala de Aula

b) Agrupar professores em comunidades virtuais para que se identifiquem nas suas relações de trabalho ou intenções educativas a fim de que possam interagir com seus pares, como por exemplo: organizar grupos por modalidade de ensino.

c) Ter objetivos claros sobre temáticas, organização de tempos (carga horária) e espaços, se é presencial, híbrido ou totalmente a distância, por conta da necessidade de acesso de todos, supondo que há ainda docentes que apresentam dificuldades em navegar em dispositivos digitais.

d) Organizar um Plano de Ensino bem estruturado contendo: Identificação, carga horária, ministrantes; Ementa: principais objetivos da formação; Cronograma com o conteúdo programático a ser desenvolvido durante a formação (elencando a carga horária presencial ou virtual); Metodologia de ensino: cabe explorar como será desenvolvido o curso, por qual meio virtual, qual a plataforma que será utilizada, qual a organização didático-metodológica; Procedimentos de avaliação e a certificação; Referências.

e) Buscar novos conhecimentos teórico-metodológicos a fim de promover a inovação e a transformação de práticas pedagógicas e utilizar dispositivos digitais de leitura, como:

Kindle, Plataforma Scielo, Periódicos Capes, Google Scholar.

f) Adotar a tecnologia no cotidiano escolar e utilizar a plataformas digitais como recurso para a montagem e gerenciamento de planejamentos das aulas: Mindmeister, ClassDash, GoConqr, Coggle, Google Sites.

g) Explorar usos de ferramentas digitais a fim de ampliar fluência tecnológica dos professores, além de produção de conteúdo e informações:

aplicativos pedagógicos para dispositivos móveis, games, lousas inteligentes, realidade aumentada, inteligência artificial;

Microsoft PowerPoint, Google Apresentações, Genial.ly e Prezi, para apresentações dinâmicas e interativas;

Easel.ly, Piktochart, Lucidchart, Creately e Canva, para infográficos, organização de informações, desconstrução de conceitos e simplificação de informações complexas.

QR Codes, sites Discord e Anchor, para podcasts;

h) Incitar debates, discussões e reflexões acerca de temáticas emergentes e compartilhamento de motivações, aprendizados, propostas e contextos.

Momentos síncronos (ao vivo): videoconferência Google Hangouts e Google Meets, Microsoft Teams, Zoom, Jitsi Meet;

Momentos assíncronos: fórum de discussão

i) Apropriar-se da gamificação de conteúdos, exercícios interativos e aplicação de quizzes:

Gamificação: Kahoot, Worwall, Quizizz, Educandy, Flippity, ClassTools, TeacherMade;

Nuvem de palavras: Wordart, WordCloud Generator, EdWordle, WordiOut, Mentimeter

Exercícios interativos: Hot Potatoes, Liveworksheetes; LearningApps;

Moodle: Forca, Palavras cruzadas; Sopa de letras; Glossário

j) Estimular a produção e o trabalho colaborativo:

Google Drive, Twiddla, Edmodo, Minecraft, Economics-games;

Padlet, Jambord, ConceptBoard, Limmu

k) Utilizar ferramentas de comunicação como Whatsapp; ou redes sociais como Facebook, Instagram etc. é possível criar propostas pedagógicas que utilizem ferramentas que não foram desenvolvidas para fins pedagógico;

l) Planejar avaliação formativas:

Edpuzzle , Flipgrid , Google Forms, Plickers


Colaboração e Mediação

a) Promover a aprendizagem colaborativa, por meio do estudo em grupo, pela troca entre profissionais com os mesmos interesses, anseios e propostas de ensino.

b) Estimular a interação e interatividade através de exercícios e problemáticas em comum, preferencialmente, estudos de caso reais e desafios cotidianos de sala de aula, desencadeando novos “conflitos cognitivos” (TORRES, ILARA, p.74).

c) Organizar os papeis que cada um assume na formação, embasados em modelo 3C (Comunicação, Cooperação e Coordenação), a comunicação, caracterizada pela troca de mensagens, pela argumentação e pela negociação entre pessoas; a coordenação, caracterizada pelo gerenciamento de pessoas, atividades e recursos; e a cooperação, caracterizada pela atuação conjunta num espaço compartilhado para a produção de artefatos ou informações.

d) Garantir encontros formativos pautados na qualificação do ser docente, onde a comunicação, acesso e disseminação de informações, além da disposição para colaborar e trocar experiências estejam presentes.

Na figura, retrata três pontos importantes numa proposta de formação.


Portanto, salienta-se que as sugestões presentes nesse produto pressupõe que todos os envolvidos estejam conectados e envolvidos com a proposta formativa, imersos em um contexto de inovação diante dos aspectos legais recomendados pela BNCC. E ainda, sugere o modo como uma rede colaborativa virtual contribui na formação continuada docentes. Para aprender com o outro, o professor deve estar predisposto a colaborar para trocar experiências e assim atingir o objetivo de qualificar a educação.


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