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O termo Transtorno do Desenvolvimento da Linguagem (TDL) é a tradução do termo em inglês Developmental Language Disorder (DLD), que é usado para se referir às dificuldades em adquirir linguagem sem uma causa aparente.

Entre 2014 e 2017 foi realizado um grande estudo que mobilizou muitos especialistas falantes de língua inglesa para se chegar a um consenso sobre o termo que melhor caracterizaria esse transtorno tão comum e tão pouco conhecido1-2. Os resultados do estudo sugeriram o uso do termo Transtorno do Desenvolvimento da Linguagem (TDL) para designar indivíduos com alterações de linguagem persistentes e que têm impacto sobre a vida diária, sem uma causa óbvia identificada. Pessoas com esse diagnóstico podem ter dificuldades para entender o que os outros dizem e também para articular suas ideias e sentimentos.

Esse termo – consensual e corroborado por profissionais de várias áreas de atuação e por indivíduos e familiares com essas dificuldades – substitui o uso do termo Distúrbio Específico de Linguagem (DEL) e de outros termos anteriormente utilizados para se referir a essa mesma condição.

TDL: o consenso explicado

Vídeo criado pelo RADLD para esclarecimentos sobre processo de consenso e os critérios para diagnóstico do TDL.

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TDL 1-2-3

Vídeo premiado, criado pelo RADLD e divulgado no mundo todo para a conscientização sobre o TDL.

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O termo Transtorno do Desenvolvimento da Linguagem (TDL) deve ser usado quando...

1. A criança tem dificuldades de linguagem que têm impacto no seu dia-a-dia e no seu desempenho escolar;

2. Essas dificuldades são persistentes e é improvável que se resolvam até os 5 anos de idade;

3. Os problemas não são associados a condições biomédicas conhecidas e diagnosticadas, tais como lesões cerebrais e alterações neurológicas, síndromes, deficiência intelectual, entre outros.

O indívíduo com TDL pode apresentar...

1. Vocabulário pobre ou inadequado à sua idade e escolaridade;

2. Dificuldades para encontrar palavras (pode apresentar longas pausas ou usar palavras inadequadamente);

3. Dificuldades para estruturar frases e usar a gramática da língua corretamente (pode inverter a ordem das palavras nas frases ou omitir palavras, por exemplo);

4. Dificuldades para contar histórias e narrar fatos de forma eficiente (na fala e na escrita);

5. Dificuldades para ler e escrever (codificação e decodificação) e/ou compreender o que leu;

6. Dificuldades para compreender e/ou para lembrar o que o outro diz (o que pode passar despercebido por parecer que a criança tem dificuldades para prestar atenção e seguir instruções, por exemplo).