Simpósios Temáticos

ACESSO ÀS SALAS DE APRESENTAÇÕES DOS STs



RESUMOS APROVADOS E CRONOGRAMA DE APRESENTAÇÕES DOS STs



ST 1 - A MULHER NA ANTIGUIDADE

Profa. Msc. Gizeli da Conceição Lima – Doutoranda em História do Brasil pela Universidade Federal do Piauí- UFPI, E-mail: gizelilima@hotmail.com

Prof. Dr. José Petrúcio de Farias Junior – Professor do CSHNB/UFPI e do PPGHB/UFPI, E-mail: petruciojr@terra.com.br


RESUMO

As discussões historiográficas de gênero, fomentadas a partir de demandas contemporâneas, têm sido relevantes para uma mudança de foco nos estudos da Antiguidade nas últimas décadas. O Mundo Antigo, durante muito tempo, visto predominantemente sob a ótica masculina, ganhou novas leituras que destacaram movimentos de resistência e protagonismo feminino, sobretudo nos espaços de poder. O presente simpósio temático apresenta uma proposta de discussão sobre o olhar para o feminino na antiguidade a partir de pautas diversificadas e apropriações discursivas que ganham especificidades interpretativas em diferentes contextos. Trata-se de um simpósio que está aberto à participação de pesquisadoras e pesquisadores dedicados aos estudos da mulher nas sociedades antigas. Interessa-nos refletir sobre os diversos elementos, tais como: a atuação das mulheres na antiguidade dentro e fora do espaço privado; em produções literárias; nos símbolos; signos projetados como forma de fazer política; dos movimentos artísticos; das expressões amorosas; das identidades; e das memórias que fortalecem as resistências.


ST 2 - MEMÓRIAS E NARRATIVAS DE UMA JUVENTUDE EM MEIO A UM CENÁRIO TRANSPANDÊMICO

Profa Dra Elaine Ferreira do Nascimento – UFPI, E-mail: negraelaine@gmail.com Professora Permanente do Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas da UFPI

Profa Dra Liana Maria Ibiapina do Monte – Fiocruz Piauí, E-mail: lianaibiapina@yahoo.com Pesquisadora Fiocruz/Piauí.

Prof. Paulo de Tarso Xavier Sousa Junior – UFSM, E-mail: paulo_juniorpio@hotmail.com, Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Psicologia pela Universidade Federal de Santa Maria


RESUMO

Já é de conhecimento de boa parte da população as consequências ocasionadas pela pandemia da Covid-19. Com o avanço de medidas de combate ao vírus e as perdas e mudanças vivenciadas, o cenário de transpandemia apresenta um futuro sobre a qual todas as pessoas estarão sobre influência das consequências deste momento histórico. Pensando nisso, afetamentos, narrativas, histórias e memórias fazem parte de formas de articulação e estratégias de autocuidado e bem estar psíquico. Realizando um recorte diante da pluralidade existente, a juventude, sobretudo brasileira e inviabilizada (lê-se pessoas LGBTIQA+, mulheres, negros e negras, indígenas e quilombolas, idosos, pessoas com deficiência) farão parte do foco deste encontro. Este simpósio temático, portanto, busca acolher trabalhos das diversas modalidades e diferentes áreas de conhecimento, de forma a discutir como essa juventude brasileira constrói sua história e se encontra esperançando diante deste futuro transpandêmico. Articulação diante de temáticas como gênero, exclusões, direitos humanos, coletividade, ancestralidade e atuação profissional serão bem vindas. Além do mais, os trabalhos desta secção busca promover e suscitar a criação de ideias e movimentos em prol desta juventude, onde possam seguir construindo suas memórias, assumindo o devido protagonismo e o empoderamento. Agindo portanto, como mecanismo de transformação social. Se você se encaixa diante destas discussões provocadas pelas linhas anteriormente, nós convidamos que se junte a este esperançar. Contamos com você!

ST 3 - HISTÓRIA E RELAÇÕES DE GÊNEROS: perspectivas de pesquisas e produção de conhecimentos contemporâneos nas Ciências Humanas

Profa Dra. Olívia Candeia Lima Rocha (UFPI), E-mail: oliviarocha779@gmail.com

Profa Dra Samara Mendes Araújo Silva (UFPR), E-mail: samaramendes1977@gmail.com


RESUMO


A proposta desse Simpósio Temático é congregar estudos que contemplem discussões de gênero, onde esteja presente as relações de uma construção social e cultural que atravessa os mais variados âmbitos da vida social, perpassando, a corpo, os papéis e lugares sociais atribuídos aos indivíduos, que, enquanto sujeitos históricos, se envolvem com as questões relacionadas à sexualidade e à inserção em espaços públicos (re)definindo a representatividade e o protagonismo na sociedade contemporânea. As novas problematizações, metodologias e fontes de pesquisa resultaram em uma renovação dos mais diversos campos de pesquisa, com destaque para a História. Dentre as novas abordagens e produções de conhecimentos, destacam-se os estudos relacionados à História dos Gêneros, História das Mulheres, História das Masculinidades, História das Relações Sexuais, etc. Verifica-se também o questionamento da divisão sexual do trabalho e dos espaços e atividades considerados femininos e masculinos na família e na sociedade. Nesse sentido, os lugares sociais atribuídos ao masculino, ao feminino, as (con)figurações de masculinidade e feminino também são compreendidos como elaborações culturais. Enfatiza-se ainda, que o processo de transformações sociais e culturais na sociedade tem implicações na elaboração de subjetividades, tendo em vista que os indivíduos são portadores de desejos e aspirações, e que são capazes de exercer um papel ativo na produção de si mesmos e da imagem que desejam transmitir aos outros. Esse processo de subjetivação realiza-se também através da rejeição à modelos heteronormativos ou calcados na assimetria de relações entre homens e mulheres. Portanto, trata-se também de identificar as diferentes formas pelas quais realiza-se a produção de novas configurações de gênero a partir de iniciativas individuais e de ações coletivas, a partir dos estudos de uma variedade de fontes textuais, sonoras e imagéticas.

ST 4 - O ENSINO DE HISTÓRIA E AS RELAÇÕES DE GÊNERO: ARTICULAÇÕES PARA UMA FORMAÇÃO HISTÓRICA PLURAL

Profa Dra Joseanne Zingleara Soares Marinho, Professora Adjunta da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), Docente no Mestrado Profissional em Ensino de História (ProfHistória/ UESPI) e do Programa de Pós-Graduação em História do Brasil da Universidade Federal do Piauí (PPGHB/UFPI), E-mail: joseannemarinho@cchl.uespi.br

Profa Ana Karla da Silva Cruz, Discente do Mestrado Profissional em Ensino de História (ProfHistória/ UESPI) e professora de História da rede pública do Ensino Básico do Maranhão. E-mail: anakarlas.cruz@outlook.com

Profa Helen Pabline Leal Conceição, Discente do Mestrado Profissional em Ensino de História (ProfHistória/ UESPI) e professora do Ensino Básico de História na rede privada do Piauí. E-mail: pablinecx@gmail.com


RESUMO

O saber na história é resultado de demandas que estão vinculadas ao cotidiano, com isso torna-se emergente a existência da articulação da produção do conhecimento considerando-se o que é efetivamente vivido, condição que Jörn Rüsen (2007) identifica como formação histórica. Nesse sentido, professoras e professores precisam ser capazes de investigar os problemas que estão presentes no cotidiano escolar, visando mobilizar conhecimentos e procedimentos para a proposição de intervenções qualificadas no processo de ensino- aprendizagem discente (CAIMI, 2009). A partir dessa perspectiva, é que o Simpósio Temático tem como objetivo apresentar, discutir e avaliar as relações que se estabelecem entre o ensino de História e as questões de gênero no espaço escolar como inerentes às novas demandas e condições sociais contemporâneas vividas por alunas e alunos nos ambientes de interação com caracteres público e privado. Para isso, é necessário considerar que as configurações estabelecidas em torno do tema devem adquirir uma dimensão que incorpore não somente mulheres e homens, mas também as categorias LGBTQIA+, que são frequentemente invisibilizadas no debate. Além disso, é imperativo (re)conhecer as práticas de ensino de História que ensaiam abordagens em que a categoria de gênero e as suas interseccionalidades, conforme o significado apontado por Carla Akotirene (2019), estão presentes por meio de marcadores sociais como questão racial, setor econômico, religião e geração. Nesse sentido, a intenção é contribuir para o redimensionamento da disciplina História em um sentido plural, considerando-se a reprodução de uma hierarquia entre os saberes e a produção do conhecimento histórico que ainda compõem afirmativamente o proscênio.

ST 5 - QUEER E ALÉM: PERSPECTIVAS DO QUE SE CHAMA DE QUEER NA CONTEMPORANEIDADE

Prof Dr Ruan Nunes Silva (UESPI), E-mail: ruan@phb.uespi.br

Profa Dra Renata Cristina da Cunha (UESPI/IFPI), E-mail:renatacristina@phb.uespi.br


RESUMO

Diante da riqueza teórica e das complexidades da contemporaneidade, dizer que a teoria queer está presente tanto em espaços de investigação quanto em práticas artísticas é permanecer na superfície. Considerando distintas genealogias para o que chamamos de queer, este simpósio pretende ser um lócus para discutir as relações complexas e nem sempre harmônicas entre as artes e as perspectivas queer. Compreendemos aqui que queer vai além de discussões butlerianas sobre gênero e sexo, ou seja, reconhecemos as contribuições que destacam, por exemplo, a arte chicana de Gloria Anzaldúa e Cherríe Moraga, o fracasso de Jack Halberstam, a crítica do homonacionalismo de Jasbir K. Puar, a heteronormatividade de Michael Warner, os desafios cosmogônicos de Joshua Whitehead, a questão dos afetos de Sara Ahmed, o transfeminismo de Beatriz Bagagli e Leticia Nascimento, o cuir de tatiana nascimento e as tensões diaspóricas de Jota Mombaça. Em suma, falar de queer significa ir além da performatividade de gênero: queremos sugerir outros interstícios teóricos que possam oferecer novas (des)orientações críticas no mundo para falar de sujeitos LGBTQIAPN+. Faz sentido, portanto, pensar em teorias ou estudos queer no plural não apenas como um movimento de expansão de horizontes, mas principalmente como um exercício de desconstrução de heranças normalizantes. Dessa forma, o presente simpósio busca trabalhos investigativos que versem não apenas sobre questões “tradicionais” dos estudos queer, mas também propostas transversais que desafiem as próprias bases epistemológicas do campo, dialogando com distintos sistemas semióticos como literatura, pintura, dança, cinema etc.

ST 6 - OS ESTUDOS DE GÊNERO E DIREITOS HUMANOS SOB A PERSPECTIVA DA HISTÓRIA: diálogos possíveis

Profa Dra Georgiane Garabely Heil Vázquez - Professora do Departamento de História da Universidade Estadual de Ponta Grossa- UEPG e dos Programas de Mestrado em História (PPGH/UEPG) e PROFHISTÓRIA/UEPG.E-mail: profgeorgiane@hotmail.com

Prof Frederico Renan Hilgenberg Gomes, Mestrando em História, Cultura e Identidades pela Universidade Estadual de Ponta Grossa- UEPG. Bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior- Capes. E-mail: frhg.fred@gmail.com

Profa Thayná Guedes Assunção Martins, Mestranda em História, Cultura e Identidades pela Universidade Estadual de Ponta Grossa- UEPG. Bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior- Capes. E-mail: thaynaguedes1996@gmail.com


RESUMO


Considerando-se os estudos de Gênero como cada vez mais imprescindíveis diante das pesquisas nas áreas de Ciências Humanas, tais como História e Educação, é que torna-se convidativo e importante a proposição de reflexões em torno dessa perspectiva de análise. Também se torna patente lembrar que a garantia de direitos básicos, como saúde e alimentação, foram garantidos somente com a Constituição Federal de 1988 e mesmo assim setores marginalizados da sociedade encontravam dificuldades para ter acesso a esses direitos, questão que se agravou nos últimos anos devido ao desmonte das políticas públicas voltadas para a diminuição das desigualdades entre gêneros, sexos, etnias e sociais. Partindo disso, é que esse simpósio temático propõe os diálogos possíveis em torno da História da saúde e das doenças, da maternidade, não desenvolvimento da condição materna, violências de gênero, memórias, parteiras, sexualidades, narrativas, dentre outras categorias de discussão que estão relacionadas às pesquisas em torno das humanidades, mas que tenham como eixo central a relação entre as discussões de Gênero e os Direitos Humanos do ponto de vista historiográfico. A proposta do simpósio é disponibilizar um diálogo junto a historiadoras e historiadores, mas também junto a pesquisadoras e pesquisadores de áreas afins, de modo a promover a interdisciplinaridade e mobilização de saberes a partir das diferentes áreas de produção do conhecimento. Considerando o tema central do seminário, a perspectiva de reflexões que o simpósio busca constituir encontra-se em torno das articulações dos estudos de gênero e Direitos Humanos, levando em conta as continuidades, descontinuidades e rupturas tecidas ao longo da História, sob um olhar do passado para compreensão do presente.

ST 7 - A CRÍTICA PÓS-COLONIAL E OS ESTUDOS SOBRE GÊNERO: Diálogos emergentes para o campo das Ciências Humanas e Sociais

Profa Silmária Reis dos Santos, Doutoranda UFBA-bolsista CNPq, E-mail: silreis.reis@gmail.com


RESUMO

Nos últimos anos, o pensamento pós-colonial tem adentrado significativamente o campo das ciências humanas e sociais no Brasil, sobretudo com a emergência do debate decolonial, os estudos subalternos indiano, a proposta das epistemologias do sul, pensada por Boaventura dos Santos e Maria P. Meneses, e o revisionismo dos estudos clássicos dos pós-coloniais afrodiaspóricos de meados do século XX, com Frantz Fanon, Albert Memmi, Aimé Césaire e Edward Said. Estes(as) intelectuais comportam um debate internacional e, em pesquisas atuais, têm se encontrado com o debate anticolonial brasileiro, com autoras(es) como Beatriz Nascimento, Lélia Gonzalez, Nilma Lino Gomes, Neusa Santos, Sueli Carneiro, Aílton Krenak, Davi Kopenawa, Paulo Freire, Abdias do Nascimento, entre outros(as). No âmbito de uma prática descolonial e interdisciplinar, essas diferentes vertentes de pensamento têm dinamizado as pesquisas brasileiras, sobretudo nas discussões sobre gênero, que tem no seu cerne a crítica aos ditames do sistema moderno colonial e da colonialidade nas práticas políticas, culturais, sociais e econômicas dado o enaltecimento do patriarcalismo nesses diferentes setores da sociedade. Como embate a esse enaltecimento, afirma Maria Lugones, “Descolonizar o gênero é necessariamente uma práxis. É decretar uma crítica da opressão de gênero racializada, colonial e capitalista heterossexualizada visando uma transformação vivida do social” (LUGONES, 2014, p. 940). Pensando a pesquisa empírica como resistência ao “sistema moderno/colonial de gênero” (LUGONES, 2014), sobretudo no âmbito da “colonialidade do saber (LANDER, 2005), este Simpósio Temático busca abarcar trabalhos que dialoguem com estudos pós-coloniais e pesquisas sobre gênero. A intenção é fazermos um diálogo expansivo visando uma troca de referências para o desenvolvimento de nossas respectivas pesquisas. De modo geral, buscamos visibilizar experiências teórico-metodológicas na abordagem de diferentes temáticas e fontes históricas voltadas a complexidade das discussões sobre gênero na historiografia hoje.

ST 8 - DECOLONIZANDO O GÊNERO: PERSPECTIVAS AFRICANAS, AFRODIASPÓRICAS E INDÍGENAS

Fernanda Vieira de Sant’ Anna (UEMG) fernandavsantanna@gmail.com

Jânderson Albino Coswosk (IFES) jandersoncoswosk@gmail.com


RESUMO

A formatação dos espaços colonizados sob o olhar eurocêntrico caminhou em paralelo ao surgimento das categorias raciais e de gênero, fortalecendo uma ideia ocidental da história humana pautada na prevalência de um conhecimento cartesiano, validado em detrimento àqueles instituídos pelos povos originários de Abya Yala (Américas), africanos e afrodescendentes. A compreensão histórica de tais categorias deve levar em conta os múltiplos processos de invasão, expropriação territorial, o transporte compulsório e a escravização de povos oriundos de Abya Yala, de África e da Ásia através do empreendimento colonial europeu ocorridos ao longo dos últimos cinco séculos, os quais impulsionaram a consolidação do capitalismo e da industrialização, da formação dos Estados-nação e das transformações histórico-culturais advindas da hegemonia europeia sobre os espaços colonizados (OYĚWÙMÍ, [1997] 2021). Existências milenares foram rasuradas pela tentativa de imposição de uma monocultura de ser/existir ocidental que despreza identidades divergentes de tal empreendimento colonial. Desta forma, o presente simpósio acolhe trabalhos que questionam tais premissas, ao investirem em epistemologias africanas, afrodiaspóricas e de Abya Yala que desenham outras formas de ser e estar no mundo a partir da literatura, das artes plásticas, cinematográficas e visuais. Priorizaremos estudos cujo foco destitua o (cis)gênero masculino como propulsão do conhecimento que organiza a cultura, os corpos e os afetos para acolher trabalhos que dialoguem com i) produções artístico-literárias indígenas de temática queer/cuir e twospirit; ii) produções artístico-literárias africanas e/ou afrodiaspóricas de temática queer/cuir; iii) expressões artístico-literárias indígenas, africanas e afrodiaspóricas, mulheridades e masculinidades dissidentes; iv) decolonização do gênero e vertentes teórico- críticas afro-indígenas em oposição à heterossexualidade compulsória; v) feminismos decoloniais, mulheridades e entronque patriarcal.

Cronograma para Simpósios Temáticos

Inscrições para apresentação de trabalho nos ST: 15/09 - 26/11/2022 (Envio de Resumos)

Divulgação dos trabalhos aceitos: 30/11/2022

Realização do evento: 25/11; 05 -07/12/2022

Apresentação dos trabalhos nos Simpósios Temáticos: 05 e 07/12/2022

Prazo final para envio dos artigos completos já revisados para publicação nos Anais do evento (E-book): 16/01/2023

Publicação dos ANAIS (E-book): 27/02/2023