9º EF

Durante o primeiro semestre do curso de Artes Visuais, o grupo do nono ano partiu de exercícios e reflexões sobre luz e sombra e chegou ao estudo da fotografia. As estudantes e os estudantes foram convidados a produzir diversos exercícios de fotografia, que enfocaram alguns aspectos e gêneros desta linguagem.

No segundo semestre, a partir da discussão acerca do filme “Visages Villages”, o grupo iniciou uma pesquisa sobre a relação entre imagens fotográficas e arte urbana. Neste processo de investigação, estudantes do Itinerário de Humanidades do Ensino Médio foram convidadas a apresentar a sua pesquisa sobre arte e cidade.

No quarto bimestre o nono ano se dividiu em pequenos grupos e criaram projetos de intervenção com imagens fotográficas no espaço da escola. Cada grupo elaborou um projeto de intervenção que envolvia a produção de uma imagem fotográfica autoral que seria instalada em um espaço determinado da escola, a proposta era que a imagem produzida se relacionasse com o espaço escolhido. Os projetos foram apresentados e discutidos por todo o grupo.

Ainda como parte deste projeto, o grupo conversou com o artista Raul Zito que desenvolve um trabalho de arte pública que tem como base principal a fotografia expandida.

O resultado deste trabalho pode ser encontrado nas paredes do ateliê e da quadra do colégio.

Antes de elaborarem o projeto de intervenção com imagens fotográficas no espaço da escola as estudantes e os estudantes do nono ano realizaram uma pesquisa sobre artistas que trabalhavam com arte urbana.

O artista Raul Zito foi um dos artistas estudados durante o bimestre.

No dia 29 de outubro, Zito participou de um bate-papo com o grupo do nono ano, para contar sobre o seu processo artístico e responder às perguntas que a turma preparou para o encontro.

registro do encontro com o artista Raul Zito (https://cargocollective.com/raulzito)

Amelie Sayumi e Bianca Anita


A ideia do nosso projeto é colocar a imagem de uma região de moradia mais pobre da cidade na parede do ateliê, onde podemos ver, ao fundo, a imagem de prédios altos e chiques em um bairro bem cuidado.

Com nosso trabalho, queremos sensibilizar pessoas através de uma comparação entre os lugares, o que não necessariamente gera críticas a quem mora no bairro chique, mas faz as pessoas refletirem sobre a posição social em que elas estão, como uma “cutucada” nos níveis de hierarquia social que vivemos. Assim, podemos pensar em como o lugar da cidade interfere drasticamente com o estilo de vida que levamos, as oportunidades que temos, os espaços que frequentamos e muito mais.

Dentro da realidade de nossa cidade, é importante que pessoas de diferentes posições sociais se preocupem com quem é marginalizado e sofre tanto por ter sido inserido no papel em que está. Muitas vezes, vemos que as classes mais altas (mesmo as pessoas mais progressistas e preocupadas com causas sociais) vivem tão imersas em suas bolhas que não conseguem enxergar ou não fazem nada a respeito do que deveria ser uma alta e recorrente preocupação.

Nosso projeto foi dividido em algumas etapas: fotografia de diferentes espaços, medição do muro do projeto, edição da imagem e ampliação, recorte e colagem e a etapa final de passar o trabalho para a grande parede. Tendo muitos processos, alguns momentos frustrantes aconteceram, mas com o trabalho em equipe, o projeto foi finalizado do jeito que imaginávamos. Acreditamos que conseguimos provocar as reflexões e paralelos que tínhamos intenção e, mesmo com obstáculos, realizamos um projeto muito prazeroso.

Alexander Nicacio, Felipe Camurati e Julia Marques


Nossa ideia para a intervenção pensada para a Mostra Cultural foi transformar o espaço da quadra, dando uma impressão de profundidade atrás do gol.

A proposta era fazer uma imagem que causasse a impressão de que há uma torcida presente na quadra.

Para isso, vários estudantes da nossa série levantaram as mãos como se fosse uma “ola”, para que pudéssemos produzir a fotografia.

Depois de um processo de edição e colagem digital, imprimirmos uma imagem grande para colar no espaço escolhido.



Isabela Arruda e Rebeca Maziero

Inicialmente a ideia do trabalho era trazer autenticidade de uma forma divertida e que houvesse uma grande relação com o espaço.

As primeiras propostas foram relacionar pessoas com lugares da escola, como, uma pessoa escalando na parede de escalada, mas essa ideia foi descartada pois o processo de montagem estenderia muito o prazo. Outra ideia foi montar uma colagem de alguém pendurado em um cano na sala de aula do nono ano, mas também não daria certo, pois a Mostra Cultural seria apenas nos andares de baixo da escola.

Enfim, surgiu a ideia da colagem de uma mão acertando uma bola na cesta de basquete.

O primeiro processo de montagem foi fotografar uma mão e uma bola separadamente, antes da impressão da imagem foi necessário medir o tamanho da cesta de basquete para imprimir com as medidas corretas.

Logo depois, as fotos foram impressas em partes (devido ao tamanho grande), portanto foi necessário recortar e colar as fotos umas nas outras, depois disso foi preciso levar a imagem até a cesta e comparar os tamanhos (para ver se caberia), os ajustes foram feitos e a imagem foi “encapada” com adesivo, para colocar na cesta de forma prática.

Isabella Scalabrin, Joaquim de Moraes Pereira, José Carlos de Oliveira Neto e Lucas Lima do Nascimento.

No 3º bimestre do curso de artes deste ano, estudamos fotografia e arte urbana. Dentro desta proposta, nosso grupo pensou numa imagem que trouxesse um significado, uma ideia importante que dialogasse com algum espaço da escola.

Nossa primeira ideia foi uma fotografia da equipe de limpeza da escola toda reunida. Pensamos em juntar o máximo de pessoas possível na frente de um muro, nos inspirando em uma das fotografias do filme “Visage, Village”, de Agnès Varda, que assistimos em aula, antes de começar as produções. Nesta primeira ideia, o foco da fotografia seria apenas na equipe, sem elementos externos. Uma das versões consistia em colocar o nome de cada uma das pessoas, dialogando com o motivo da nossa escolha.

Essa ideia surgiu depois de uma conversa que tivemos em aula com nosso coordenador sobre a equipe de limpeza. Os funcionários da escola têm pouca visibilidade no espaço escolar, apesar de sua importância para mantê-lo limpo e organizado. Estudantes conversam com os professores todos os dias, mas não com outros trabalhadores. A proposta é fazer com que saibamos quem são estes trabalhadores, saber quem está por trás de garantir que o espaço da escola esteja organizado.

No processo de produção das imagens, percebemos que não seriam todos que se sentiriam confortáveis para ter suas imagens expandidas e expostas para a escola. Portanto, tivemos que pensar em uma segunda versão.

A segunda versão de nossa ideia envolvia fotografar as mãos dos funcionários, e depois fazer uma colagem com elas. Quando terminamos de produzir a imagem, resolvemos imprimi-las avulsas e assim, organizá-las na parede no momento da colagem.

Na primeira versão, pensamos em instalar o trabalho nas paredes do ateliê, o principal motivo da escolha desse lugar era a visibilidade que a imagem teria. Como fica na praça da escola, seria mais fácil para as pessoas olharem para nosso trabalho, e assim saberem quem faz a escola andar, por assim dizer.

Isabela Grizendi, João Vitto Sachetim, Laura Fusco, Marcelo Hakim e Melanie Copel

Tivemos uma ideia inicial que não foi muito bem aceita quando levada para a discussão com toda a turma. Por esse motivo, precisamos repensar o projeto.

Após algumas discussões, reflexões e tentativas de adaptação da ideia inicial, decidimos que seria melhor abraçar uma nova ideia.

Para a criação deste trabalho, nos inspiramos nos “ratos que picham" de Banksy. O nosso produto final é apresentado como uma mão segurando uma lata de spray que escreve a seguinte mensagem “ viva a intensidade”.

Karen Levy, Luiza Azevedo e Mariana Marsicano.

O processo de criação da imagem começou com a junção das ideias do grupo e a escolha de uma delas.

Fizemos um esboço de cada ideia. Depois de organizar as ideias começamos a tirar fotos e medir o local onde colocaríamos as imagens e com isso pudemos escolher e apresentar para a turma a ideia que mais nos agradou.

Após a escolha, chegou o momento da produção das imagens.

Escolhemos o modelo que iria participar e começamos a tirar várias fotos para ver qual ficaria melhor. Após selecionar a melhor fotografia, editamos a imagem, transformando-a em preto e branco e recortamos o fundo usando um aplicativo.

Quando a imagem chegou da gráfica, tivemos que juntar todos os papéis um com o outro como um quebra cabeça e depois recortamos os espaços em branco e colamos os pedaços.

Daniel Rocha, Felipe Rocha, Leo Zanetti Salhab, Maya Kuffer e Rafael Affonseca de Melo

Sobre o nosso trabalho é importante ressaltar que nos preocupamos ao longo de todo este processo produtivo com ideia de gerar alguma inspiração nas pessoas. Acabamos não produzindo um trabalho que transmitisse uma mensagem específica, mas acreditamos termos criado uma imagem que poderá ter diversos significados a partir das diferentes opiniões e visões das pessoas.

Nossa ideia inicial foi uma mão saindo de uma parede, ideia que mantemos com uma pequena alteração: a mão não iria mais sair explodindo a parede, iria apenas fazer parte dela. O grupo concordou que esta alteração iria tornar o trabalho mais agradável para quem o observasse depois. Além disso, imaginamos que a ideia final trouxe um pouco mais de informalidade e originalidade ao trabalho.

No processo de produção, houve período em que as peças de nosso trabalho não haviam sido impressas, o que deu a oportunidade de ajudarmos outros grupos e planejar como seria colado o nosso trabalho. Quando nossa imagem foi impressa, não levou muito tempo para concluir o trabalho.

Como o nosso trabalho diz sobre arte, achamos interessante exibi-lo no painel do ateliê de arte, para combinar.