Nas UCIs a frequente ocorrência de depressões da vigilia, ocorrendo naturalmente ou induzidas farmacologicamente, torna dificil monitorizar o estado funcional dos sistema nervoso central, o que aumenta o risco de lesões não detectadas em tempo útil. O EEG possibilita a monitorização continua do estado funcional cerebral, independentemente do estado de vigilia, permitindo assim detectar rapidamente alterações patológicas.
A determinação da estrutura e reactividade da electrogénese e a detecção de possiveis estado de mal não convulsivos são os contributos mais importantes deste exame. Em contexto clinico apropriado é possivel efectuar testes de supressão farmacológica em suspeitas de EMNC.
Quando se pretende detectar eventos patológicos esporádicos (Exº crises epilépticas) de forma objectiva, ou prevenir alterações exigindo respostas imediatas (Exº hipoperfusão cerebral), beneficiam deste tipo de registos. O acesso remoto permite relatórios parcelares cada 24h (tipicamente 3). Os equipamentos recentes permitem monitorizações com duração até 72h sem necessidade de apoio técnico local.
A ocorrência de eventos motores suspeitos de etiologia epiléptica pode ser dificil sem recurso ao registo sincronizado de EEG e video, o método de referência para a correcta classificação. Podemos efectuar registos até 72h com controlo remoto e vários relatórios diários.
A avaliação funcional do tronco cerebral permitida pelos Potenciais Evocados Auditivos e o prognóstico funcional obtido pelos Potenciais Somato-Sensoriais são exemplos do contributo destes estudos em doentes em coma.