Trabalho em áreas de pesquisa interdisciplinares, dinâmica gravitacional e de vórtices sobre variedades, modelagem matemática aplicada à epidemias e mais recentemente a matemática no processo da composição musical. Aparentemente muito distintas essas áreas compartilham algumas ferramentas matemáticas. Através da modelagem e, dos consequentes estudos teóricos de modelos concebidos elas se encontram compartilhando recursos tais como sistemas dinâmicos, topologia, álgebra. Essa prática favorece o treinamento da mente de forma não trivial. Estimula o trabalho em áreas aparentemente diferentes, amplia os horizontes criativos e, por consequência, às vezes abre novos caminhos, novas linhas de pesquisa.
Pela natureza altamente interdisciplinar, dentro e fora do âmbito puramente matemático, cada membro de uma equipe contribui para o resultado pretendido de formas particulares. O biólogo através seu expertise na biologia e o matemático na sua capacidade de abstração com seu interlocutor. É o trabalho da equipe que se destaca. Este ir ao encontro do seu interlocutor, se apropriar de uma linguagem em comum é o que favorece um crossfetilizing. É a energia de grupo que propulsiona a pesquisa, atraindo para si até alunos bem jovens, que se integram a projetos inovadores.
Se de um lado a minha especificidade matemática é mais voltada para sistemas dinâmicos, geometria diferencial, redes complexas com uma pincelada de EDP, topologia e análise de dados, por outro lado, talvez eu devesse me definir como uma cientista interdisciplinar, favorável a uma concepção de poliglotismo científico, a favor do uso da ciência em benefício da sociedade.
Nesse contexto, a matemática pode se tornar um meio para expressar o conhecimento em todas as áreas com as quais ela se comunica, tornando-se um centro de irradiação para outros saberes, que passam a fazer parte de uma rede em comum.