Dor de Cabeça e Enxaqueca
As dores de cabeça ou cefaleias são muito frequentes, a maioria de curta duração, relacionadas a situações de estresse ou "tensão nervosa", desaparecendo espontaneamente ou com o uso de analgésicos comuns.
Dentre os muitos tipos de dor de cabeça recorrente, a Enxaqueca é a mais importante, tanto pela freqüência, quanto pela intensidade.
Caracteriza-se por episódios repetidos de dor de cabeça intensa, geralmente latejante, atingindo mais o lado direito ou esquerdo da cabeça (hemicrânica), acompanhada ou não de náuseas, vômitos, alterações visuais e outras sintomas.
Outros tipos comum de dor de cabeça e dor facial são: cefaleia tensional e neuralgia de trigêmeo.
Embora as queixas dos pacientes sejam muito características, nem sempre o diagnóstico é fácil, pois pode se associar, no mesmo indivíduo, outros tipos comuns de dor de cabeça, como a cefaleia tensional (estresse), as dores de cabeça secundárias a sinusite, hipertensão arterial, disfunção da articulação temporo-mandibular (ATM) e outras causas.
O diagnóstico da enxaqueca exige a diferenciação e exclusão de doenças associadas, por vezes mais graves, como distúrbios circulatórios cerebrais, meningite, crises hipertensivas, etc.
Por isso, são feitos exames subsidiários que, em geral, vêm normais nos casos de enxaqueca.
O eletrencefalograma (EEG), com ou sem estudo quantitativo e mapeamento topográfico, costuma também ser normal, embora existam formas de epilepsias, como a epilepsia parcial primária associada à cefaleia com foco occipital, que costumam mostrar alterações eletrencefalográficas localizadas.
O tratamento das enxaquecas é feito evitando-se os fatores desencadeante, como determinados alimentos (queijo, vinho, chocolate, comida oriental – temperada com glutamato – Ajinomoto).
O jejum prolongado, a falta de sono e, principalmente, a tensão emocional (estresse) que muitas vezes constitui- se no principal agente desencadeante.
O uso de hormônios (pílulas anticoncepcionais, por exemplo) podem desencadear crises de enxaqueca, associado-se, raramente, a fenômenos trombóticos cerebrais (derrames).
O tratamento medicamentoso é feito por ocasião da crises com analgésicos comuns, no início, ou medicamentos específicos, quando necessário. Se a freqüência das crises for muito grande utiliza-se medicação preventiva, de uso contínuo, ansiolíticos, antidepressivos e, mais recentemente, drogas antiepilépticas.