Talvez você já tenha ouvido algo sobre desfragmentar o HD para ter um pouco mais de desempenho no seu sistema. Mas você sabe o que é isso?
Primeiro, precisamos entender o que é fragmentação e onde isso ocorre. Como eu disse logo acima, isso ocorre em HDs, ou seja, em discos rígidos. Isso, aquela mídia magnética que vimos na semana passada.
Na animação ao lado você consegue ver como isso ocorre.
Ela mostra como os dados ao longo do tempo são armazenados na superfície do disco magnético do HD. A partir do momento que o usuário vai removendo alguns dados e salvando outros, os dados ficam fragmentados na superfície do disco magnético. Ou seja, pedaços do arquivo são armazenados não de forma sequencial, mas espalhada em sua superfície.
Qual o problema dessa fragmentação?
Ela exige mais movimentos do HD para ler um dado em sua superfície, ocasionando:
1º) maior tempo de busca: o tempo necessário para o posicionamento das cabeças de leitura/gravação numa trilha;
2º) maior latência: o tempo que se aguarda para o disco atingir a velocidade de rotação por minuto (rpm) e/ou atingir o setor na trilha após rotacionar.
Com os tempos de busca e latência altos, haverá maior lentidão no uso do sistema operacional. Para resolver isso, podemos aplicar a função de desfragmentação dos dados. Essa função vai organizar os dados de forma sequencial, melhorando o desempenho do sistema.
Como desfragmentar o disco?
Quando o HD está muito fragmentado, os tempos de busca e latência são altos, ocasionando maior lentidão no uso do sistema operacional. Para resolver isso, podemos aplicar a função de desfragmentação dos dados. Essa função vai organizar os dados de forma sequencial no HD, o que irá melhorar o desempenho do sistema.
Deve-se desfragmentar SSDs?
NÃO!!! Observe que fragmentação só é ruim devido aos tempos diferentes de busca de informação na superfície de um disco magnético. Isso não se aplica a SSDs.
SSDs possuem mesmo tempo de busca para todas as suas células de dados. Desta forma, NÃO SE DESFRAGMENTA e NEM SE RECOMENDA DESFRAGMENTAÇÃO DE SSDs.
Vantagens do SSDs
Na aula passada, listamos várias vantagens de SSDs em decorrência dessa mídia não possuir partes mecânicas, e não sofrer degradação na velocidade devido à fragmentação de dados é mais uma delas.
Outro grande benefício é que a velocidade de acesso a dados em SSDs não fica limitado à velocidade de giro de discos, podendo alcançar velocidades muito maiores que o barramento SATA impõe.
Por isso, tem surgido outros barramentos e conectores para conexão de SSDs. Um dos conectores mais famosos e atuais é o M.2.
SSDs M.2
Em sua versão inicial, o conector M.2 utilizava o barramento SATA. Essas memórias são vendidas como M.2 mSata e são mais lentas que as suas sucessoras devido ao barramento/interface que utilizam na comunicação, o SATA.
Atualmente, os conectores M.2 possuem outro tipo de conexão, bem como outro barramento/interface de comunicação, o PCIe. Isso mesmo, o mesmo barramento usado pelos dispositivos de expansão de alta velocidade, como placas de vídeo. Essas memórias são vendidas como M.2 NVMe.