Os historiadores apontam que desde que o Brasil é Brasil há atividades científicas em nosso país. Isso porque as primeiras expedições para explorar o território demandaram estudos sobre a vegetação, fauna, entre outras atividades de produção de conhecimento.

  Cientistas e produção científica, portanto, se entendemos ciência como uma atividade de geração de conhecimentos socialmente instituídos, tinham características diversas das que observamos hoje. Eram profissionais que se envolviam em múltiplas atividades, recebendo (ou não) incentivo de setores produtivos ou do governo, com instrumentos, metodologias e um olhar científico próprios para cada contexto social, cultural e histórico. 

   Assim, entender o papel que as práticas científicas têm no Brasil e sua relação com a forma de analisar a sociedade é um desafio para aqueles que se voltam para o passado - contando a história das ciências, para os pesquisadores do presente - que buscam novas perguntas, demandas sociais e mais fomento ao desenvolvimento científico, assim como para os pesquisadores do futuro.

  Neste ano de 2023; em que celebramos 150 anos de nascimento de Santos Dumont (1873) reconhecido como o “Pai da Aviação” e um dos maiores nomes brasileiros em pioneirismo e inovação; a ONU e a UNESCO trazem-no como Ano Internacional das Ciências Básicas para o Desenvolvimento Sustentável. Destarte, é essencial reconhecer o fato de que as ciências básicas, muito embora gerem conhecimento sem uma aplicação imediata, geram o alicerce para que a pesquisa aplicada e a inovação aconteçam.

  Dessa forma, com o tema “Pioneirismo, ciência e inovação”, a terceira edição do SeCIF e décima primeira edição da IFTech Campus Curitiba pretendem homenagear grandes cientistas brasileiros e brasileiras; evidenciado que a ciência é construída por todas as etnias e gêneros, desmistificando a idéia da visão de ciência eurocentrada e que muitas vezes refuta o que não é “branco, masculino e ocidental”. A ideia é resgatar trajetórias marcadas pela transformação de conhecimento em novas tecnologias e na solução de problemas que impactaram a sociedade, enquanto estimulamos e popularizamos a produção científica e um pensar sobre a ciência voltada às contribuições para o desenvolvimento social do país.

Os seguintes Eixos Tecnológicos são contemplados:

1. Ambiente, Saúde e Segurança;

2. Apoio Educacional;

3. Controle e Processos Industriais;

4. Gestão e Negócios; Hospitalidade e Lazer;

5. Informação e Comunicação;

6. Infraestrutura;

7. Produção Cultural e Design.