A dinâmica de poluentes no ambiente aquático e a relação com o uso do solo e cobertura vegetal
Allison Gonçalves Silva (coordenador)
As atividades antrópicas conduzidas à utilização de recursos hídricos afetam fortemente os ecossistemas aquáticos, provocando alterações na sua forma e composição original. São cada vez mais notórios os impactos ambientais causados pelo homem nos ecossistemas aquáticos, ocasionados principalmente pelo esgotamento sanitário inadequado, crescimento populacional exacerbado, carência de saneamento básico e uso e ocupação desordenado do solo. Cenários como esse podem estar ocorrendo em rios ubanos da cidade de Porto Seguro, como Vila, Mundaí, Mangues e Pitinga, onde são encontrados usos e ocupações do solo de forma desordenada, retirada e/ou substituição de cobertura vegetal e, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ausência de sistema de esgotamento sanitário que atenda a todos os municípios, uma vez que em Porto Seguro apenas 66,7% do efluente gerado é tratado. Diante desse cenário e da ausência de monitoramentos periódicos da qualidade da água desses rios, o objetivo desse trabalho consiste em desenvolver, otimizar e validar metodologias analíticas com a técnica de espectrometria de emissão atômica com plasma induzido micro-ondas (MP-AES) para a determinação de Cd, Co, Pb, Cr, Ni, Zn, Mn todos totais e Cu dissolvido em água doce classe II (CONAMA 357/2005). Serão analisados pontos de amostragem ao longo dos rios, através dos parâmetros abióticos (oxigênio dissolvido, pH, condutividade elétrica e temperatura) as formas orgânicas e inorgânicas, dissolvidas e particuladas de nitrogênio e fósforo.