Lesado medular

Programa de Reabilitação do Lesado Medular

A lesão medular ocorre quando a medula espinhal sofre uma injúria, com alteração da sua estrutura ou do seu funcionamento fisiológico normal. As causas traumáticas são as mais frequentes e decorrem de acidentes de trânsito, quedas, mergulhos, ferimentos por arma de fogo, atos de violência e lesões desportivas. Dentre as causas não traumáticas incluem as alterações osteoarticulares degenerativas, neoplasias e processos infecciosos. O quadro clínico depende do nível e gravidade da lesão (completa ou incompleta), mas, de modo geral, caracteriza-se por alterações da sensibilidade, força e controle dos movimentos, o que resulta em tetraplegia ou paraplegia. Além disso, a pessoa ainda pode ter dificuldade para urinar, evacuar, ter relações sexuais ou controlar a pressão de forma adequada, tendo tonturas na hora que fica sentada ou trombose nos membros inferiores.

Devido à complexidade do paciente com lesão medular, o atendimento de reabilitação é realizado sistematicamente por uma equipe multiprofissional formada por médico fisiatra, pneumologista e urologista, enfermeiro, auxiliar e técnico de enfermagem, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, psicólogo e assistente social. O paciente é submetido a uma consulta/triagem e inserido em um programa de reabilitação por um período determinado, com objetivos terapêuticos definidos na avaliação e realizado em atendimentos individuais e em grupo. Também são realizadas prescrições de cadeiras de rodas, órteses e/ou auxiliares de locomoção, além da indicação de bloqueio químico neuromuscular.