Reprodução da imagem da publicação, por Bronzati et al. (2025)
O pesquisador Mario Bronzati, em colaboração com uma rede de pesquisadores de vários países, incluindo Alemanha, Argentina, EUA e Reino Unido, descobriu que pterossauros (os primeiros vertebrados capazes de voo ativo) desenvolveram cérebros surpreendentemente semelhantes aos de certos dinossauros próximos das aves modernas. Embora esses dois grupos tenham evoluído o voo de forma totalmente independente, o estudo publicado na revista Current Biology revela que ambos passaram por transformações neuroanatômicas convergentes.
Usando técnicas avançadas de morfometria geométrica para reconstruir e comparar a forma do cérebro, incluindo imagens tridimensionais geradas no CDB, a equipe analisou como o órgão mudou ao longo da linhagem que levou dos lagerpetídeos terrestres aos pterossauros voadores. Os resultados mostram que, no momento em que surgiram os primeiros pterossauros, seus cérebros já haviam sofrido uma evolução rápida e profunda, adquirindo uma forma mais globosa e hemisférios ampliados, características que também aparecem em paravianos não avianos, como troodontídeos e Archaeopteryx.
Diferentemente das aves, que herdaram parte de sua configuração cerebral de dinossauros ancestrais, os pterossauros parecem ter desenvolvido essas características quase do zero, em um salto evolutivo associado ao surgimento do voo. A descoberta ajuda a entender como diferentes linhagens de répteis responderam aos desafios neurossensoriais do deslocamento aéreo — e mostra que, mesmo separados por milhões de anos e trajetórias evolutivas distintas, seus cérebros acabaram seguindo caminhos surpreendentemente parecidos.
O estudo está disponível em:
https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0960982225014678?via%3Dihub
Reprodução da imagem da publicação, por Rosa et al. (2025)
Os pesquisadores da USP Rafael M. Rosa (CEBIMAR) e Daniel C. Cavallari (CDB, FFCLRP), em colaboração com Rodrigo B. Salvador da Universidade de Helsinque, redescobrem na natureza e descrevem com riqueza de detalhes a biologia de Drymaeus magus, o caracol-mago, uma espécie de gastrópode terrestre do sudeste brasileiro que ficou "esquecida" pela ciência por 200 anos. O estudo alçou mão de imagens de tomografia computadorizada (CT Scan) geradas no CDB, além de outras técnicas como filogenia molecular, para elucidar a identidade e as relações de parentesco da curiosa espécie cujos registros na literatura eram bastante escassos.
O estudo está disponível em: https://academic.oup.com/zoolinnean/article/203/3/zlaf017/8096306
Reprodução da imagem da publicação, por Presti et al. (2025)
Os pesquisadores Paulo Presti e Alessio Datovo, do Museu de Zoologia da USP, em colaboração com G. David Johnson (in memoriam), do Instituto Smithsonian, dos EUA, descrevem em detalhes o recessus orbitalis, uma estrutura anatômica presente nos Pleuronectiformes (grupo de peixes ósseos que inclui os linguados e solhas) relacionada à projeção da órbita ocular acima do nível da cabeça. O estudo aprofundado alçou mão de imagens de tomografia computadorizada (CT Scan) geradas no CDB, além de outras técnicas, para elucidar o funcionamento da estrutura, e confirmou sua presença em várias famílias de Pleuronectiformes, estabelecendo-a como uma sinapomorfia do grupo.
O estudo está disponível em: https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/joa.70000
Reprodução da imagem da publicação, por Jornal da USP (2025). Foto por Juizfloro/Wiki Commons.
A espécie asiática mexilhão-verde (Perna viridis) ocorre naturalmente em águas tropicais e subtropicais do Indo-Pacífico. No entanto, desde 1995, sua disseminação tem provocado crescente preocupação pelos impactos ambientais, econômicos e sanitários que pode causar fora de sua área de ocorrência natural. Em estudo recente, realizado por meio de três diferentes abordagens (amostragens de campo, revisão de literatura e busca na plataforma iNaturalist), foram identificados 41 registros da espécie ao longo da costa brasileira.
Publicado na Marine Biology, o artigo foi conduzido por pesquisadores do Instituto de Pesca de São Paulo, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e da USP, além da Universidade da República, no Uruguai.
Leia o restante da reportagem em: https://jornal.usp.br/ciencias/mexilhao-verde-invade-costa-brasileira-e-pode-impactar-biodiversidade-marinha/
O Centro para Documentação da Biodiversidade é um espaço multiusuário para a geração, edição e impressão de imagens de pequenos organismos – Foto: Marcos Santos/USP Imagens
Ribeirão Preto inaugura Centro para Documentação da Biodiversidade
Por Erika Yamamoto
20 de dezembro de 2017
No dia 19 de dezembro, foram realizadas as cerimônias de inauguração do Centro para Documentação da Biodiversidade, da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras (FFCLRP), e das melhorias de infraestrutura da Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCFRP).
O Centro para Documentação da Biodiversidade é um espaço multiusuário para a geração, edição e impressão de imagens de organismos para fins de pesquisa, extensão e ensino. O professor Flávio Alicino Bockmann, coordenador do Centro, apresentou o Nano/Micro CTScan, equipamento de tomografia computadorizada com precisão de registrar imagens em escala nanométrica como, por exemplo, pequenos insetos.
“O Nano/Micro CT-Scan é um dos poucos do Estado de São Paulo e será fundamental para a conservação de informações obtidas a partir de coleções biológicas com foco particular em dados morfológicos extraídos de espécimes depositados nos acervos e, assim, estabelecendo padrões internacionais de conservação e disponibilização desse material”, explicou Bockmann.
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