Turma 301
Atividade interdisciplinar literatura e artes - Dia internacional da mulher
Descrição
Luize
Ingrid
Julia Carriconde
Sheila
Gabriela Bondisi
A guerra não tem rosto de mulher - PARTE 1 - Literatura, História, filosofia, física
A atividade a seguir foi produzida a partir da leitura obrigatória "A guerra não tem rosto de mulher", de Svetlana Aleksiévitch. O livro é uma espécie de coletânea de testemunhos com reflexões pessoais e, por isso, tensiona os limites entre literatura e história. Assim, a partir dessas reflexões foi proposto um trabalho interdisciplinar para o qual a turma se organizou em grupos e produziu uma conta do instagram (@rostodemulher_) em que divulgar o resultado de suas pesquisas e reflexões além de entrevistas com professores, militares e outras pessoas na comunidade em geral para versar sobre o contexto militar do presente. Aqui você encontra algumas das postagens e suas descrições, mas se quiser apreciar a atividade na integra bem como acessar as entrevistas, basta clicar no link a seguir e ser redirecionado para a conta no instagram. Essa atividade foi realizada de forma colaborativa entre todos os alunos da turma.
Os relatos das guerras costumam ser contados a partir de uma perspectiva masculina: soldados e generais, algozes e libertadores. Trata-se, porém, de um equívoco e de uma injustiça.
Durante a Segunda Guerra Mundial, quase um milhão de mulheres lutaram no Exército Vermelho, mas suas histórias nunca foram contadas.
A autora Svetlana Aleksiévitch, em sua obra “A guerra não tem rosto de mulher”, deixa que as vozes dessas mulheres ressoem de forma angustiante e arrebatadora, em memórias que evocam frio, fome, violência sexual e a sombra onipresente da morte.
O livro foi publicado em sua versão original, russo, no ano de 1985 e só em 2016 a Companhia das Letras publicou a versão em português. Suas 352 páginas recolhem e remontam o cenário vivido por diversas sobreviventes de um dos períodos mais obscuros da história da humanidade.
A história tem o compromisso de informar e expor fatos que ocorreram no passado, a partir do ponto de vista daquele que está narrando, sem espaço para questionamentos, apenas ocorridos sendo documentados. Vale ressaltar que esse narrador é, na maioria das vezes, um homem branco.Tudo que sabemos do passado, sabemos pelo outro, e não por nossas próprias vivências, afinal, não podemos voltar no tempo.
Já arte literária é composta por possibilidades. Seu papel principal é o de externalizar sentimentos a partir das palavras, tanto os do autor, quanto os do leitor, através das diversas interpretações que permite. A literatura é estética, delicada e sensível. É comprometida não com a verdade, mas sim com a pluralidade.
A partir dessa análise, será que ainda podemos classificar “A guerra não tem rosto de mulher” como literatura e não como história? SIM! E isso é possível pela forma em que a autora escreve sobre a guerra. Svetlana não expõe fatos que ocorreram apenas, mas sim busca saber quais sentimentos esses fatos despertaram em cada uma das entrevistadas.
Diferente do que se tem nos livros de história, a narrativa conta com diversos pontos de vista de um só fato, e permite que o leitor escolha o seu. E ainda mais importante: o ponto de vista exposto é aquele que nunca foi ouvido, o das MULHERES!
Além disso, ao ler o livro é possível não só se informar historicamente, mas também se emocionar e se sensibilizar com os ocorridos, e isso é justamente um dos papéis da literatura.
SVETLANA ALEKSIÉVITCH nasceu na Ucrânia, em 1948. Jornalista e escritora, refinou ao longo de sua obra uma escrita única, desenvolvida a partir da observação da realidade e ostentando as melhores qualidades narrativas da tradição da literatura em língua russa.
Passou parte da carreira se dedicando à escrita narrativas de entrevistas com testemunhas de acontecimentos dramáticos no país, como a Segunda Guerra Mundial.
Considerada uma das autoras mais prestigiadas a escrever sobre a URSS, os seus trabalhos têm recebido uma enorme aceitação por parte da crítica.
Algumas de suas mais importantes premiações são Nobel de Literatura, Erich Maria Remarque Peace Prize (2001), National Book Critics Circle Award (2006) e Médicis Ensaio(2013).
Você sabia que Hannah Arendt, foi uma filósofa política alemã de origem judaica, que em seu livro “Origens do Totalitarismo” ela expõe que a crítica da filosofia aos direitos humanos consiste muito mais numa reconstrução desses direitos do que na negação dos mesmos? Por isso, na filosofia se fala muito sobre questões que são gerais e fundamentais sobre a existência, conhecimento, valores, razão, mente, e linguagem, frequentemente colocadas como problemas a se resolver.
Em uma análise sociológica, podemos relacionar os pensamentos de Hannah Arendt sobre a banalização do mal com a normalização das mortes na guerra, sem pensar nas consequências que iriam trazer, tanto para as mulheres que virariam “mãe/chefe de família" quanto para a sociedade no geral como mostra o livro ‘A Guerra não tem rosto de mulher” de Svetlana.
A guerra foi um retrato de desumanização para ambas as partes, tanto para as mulheres que tiveram que sustentar sua família sem poder lidar com seu luto, frustrações e ainda serem silenciadas de todas formas possíveis, quanto para quem foi para guerra sabendo que possivelmente não voltaria.
Mas e você, o que acha e pensa sobre o cenário da mulher na Guerra?
Trecho da entrevista com o professor de história Mauri Zanirati, debatendo sobre os temas envolvidos no livro “A guerra não tem rosto de mulher” e problemáticas atuais relacionadas a gênero. Agradecemos sua participação e colaboração para nosso projeto, @maurizanirati
Você sabia o quanto as mulheres foram importantes no cenário da segunda guerra mundial? Pois bem, saiba que a maioria das mulheres ingressou no mercado de trabalho e no front de batalha durante a II Guerra Mundial, por causa da necessidade de preencher a grande demanda que surgiu quando explodiu a guerra! O trabalho das mulheres, sobretudo as operárias da indústria de armamento e aquelas que trabalhavam em indústrias de alimentos, foi essencial para a guerra e para a sobrevivência da economia do país. Fora isso, além de movimentar as indústrias, elas movimentavam a economia! Então, as mulheres que antes não trabalhavam e limitavam-se cumprir sua função de mãe e esposa passaram a exercer funções que antes eram consideradas apenas masculinas, tais como engenheiras, supervisoras de produção, motoristas de caminhão, de tanque e tantas outras profissões, resultando em um grande impacto impacto social que mudaria toda a ideologia do mundo, evidenciando a força de trabalho da mulher como fundamental para que o país se mantivesse nesse período conturbado.
A guerra não tem rosto de mulher - PARTE 2 - Química, Artes e Inglês)
Releituras de cartazes icônicos de propaganda comercial e dos governos na época da II Guerra Mundial, em língua inglesa, com utilização de frases relacionadas ao estudo das pilhas, importante produto que revolucionou o uso de equipamentos em combate.
Podcast com estações de rádio - Artes
Escolhas - português
Reflexões dos alunos da 3ª série sobre escolhas
Essas atividades foram realizadas pelos alunos do 3ª série de Ensino Médio de 2021
ALEXIA HELENA SOUZA DA SILVA -BERNARDO MARTINS FREITAS- BRUNA VARGAS DE SOUZA - CAMILA CORRÊA GARCIA - DAVID NOZARI JAQUES - DERIK AZEVEDO STANGHERLIN - DUANNY ROSA DOS SANTOS - EDUARDA SOARES DE LIMA - GABRIELA AYLEN CARVALHO BONDISI - GABRIELLY MORAES PEREIRA - INGRID DARÉ PEREIRA - JHEAN OLIVEIRA ARAUJO - JÚLIA AMABILE CARRICONDE - JULIA KLAINE FLORES - KÉTLIN KAUANY MACHADO LUIZ - LAINA DOS SANTOS KRAEMER - LUÍSA LISBOA MOURA - LUIZE FIGUEIRO RAMOS - MANUELA NAUANA SILVA DE ALMEIDA - MARIA EDUARDA ALBERTON WEBER- MARIANA SCHMIDT DE FREITAS - MONIKE MORAES ALTAMIRANDA - NICHOLAS MANFROI MARRONE - RAÍSSA AGUIAR MARTINS - SHEILA FARIAS LUDWIG - THIAGO DA SILVA ALVES RODRIGUES - VINICIUS CARDOSO DIAS