Arte como caminho para o conhecimento
Cláudio Barros e Carolina Cossi - 1a série do Ensino Médio
2º semestre 2020
APRESENTAÇÃO
A 1a série do Ensino Médio tem como grande eixo temático “O homem, a natureza e o conhecimento”.
Norteada por esta discussão, a proposta que fizemos aos alunos na área de Artes Visuais buscou investigar como, em diferentes momentos da história, as experiências do Homem com a Arte se configuram como caminho para o conhecimento. Conhecimento do mundo, de si e do outro.
Numa primeira etapa, vimos como estas relações se dão de formas diferentes no Renascimento, nas Vanguardas Modernistas e na Arte Contemporânea, movimentos que também serviram como inspiração para os processos de criação dos alunos.
Por último, os alunos foram desafiados a desenvolver um projeto autoral que envolveu a seleção de uma temática, a pesquisa de artistas e obras que pudessem servir como referências, a escolha de materiais, e a criação de imagens.
PERCURSO METODOLÓGICO
Para darmos início à primeira etapa do trabalho, em que pesquisamos a arte como caminho para o conhecimento em diferentes momentos, partimos da pergunta: O que é clássico na arte?
Conhecemos, então, alguns elementos que marcaram a produção artística Grega e Romana e vimos também como elas foram retomadas no Renascimento e em outros tantos momentos na história da arte.
Para que os alunos pudessem estabelecer relações entre estas produções e o seu cotidiano, propusemos que pesquisassem elementos da Arte Clássica em objetos e elementos presentes em seu dia-a-dia: na arquitetura, em objetos de decoração, etc. O desafio aqui foi fazer com que estabelecessem conexões entre estes elementos e os significados que podem ter. Por que escolhemos estes objetos e não outros como decoração? O que a arquitetura pode revelar sobre a função e sobre o propósito de cada lugar?
Em seguida, vimos também como as Vanguardas Modernistas buscaram romper com as regras acadêmicas na produção artística, dando lugar à novas possibilidades de produção e expressão para a Arte. Neste ponto, desafiamos os alunos a ganharem maior liberdade e autonomia para criar, a partir da produção de um Autorretrato da Sombra Interior, que pudesse contar com as marcas da subjetividade de cada um.
Vimos como essas rupturas modernistas abriram caminhos para a Arte Contemporânea e como as problemáticas que afetam o nosso cotidiano se colocam como pautas para essa produção. Pudemos, então, refletir sobre o racismo, os padrões de beleza, o machismo e outras questões a partir dos trabalhos de Rosana Paulino, Flávio Cerqueira, Cildo Meireles, Cindy Sherman, Leda Catunda, Keila Alaver e outros artistas.
Estas referências alicerçaram o desenvolvimento de trabalhos autorais dos alunos, que puderam criar seus próprios discursos artísticos a partir da escolha de temáticas que fossem significativas de acordo com suas experiências de vida.
ALGUMAS REFERÊNCIAS
Cildo Meireles:
Flávio Cerqueira:
Cindy Sherman:
Leda Catunda:
http://www.ledacatunda.com.br/
Rosana Paulino:
https://www.rosanapaulino.com.br/