O GT Educação e Democracia em tempos de Regressão Social visa explorar a relação entre Estado, Democracia e Educação no contexto atual do Brasil, pautado por políticas neoliberais que se expressam nas ditas reformas e ajustes estruturais em resposta à expansão do capital, que apresentam regressão no âmbito das políticas sociais. Pretende conectar a Sociologia aos inúmeros dilemas e desafios de nossos sistemas educacionais, suas políticas e práticas. Nesse contexto, o GT tem como eixo o debate de pesquisas que descortinam os retrocessos que afetam as atuais políticas sociais no âmbito da Educação e sua relação com as seguintes questões: 1) Educação e Formação para o Trabalho em tempos de pandemia e pandemônio; 2) O ensino de sociologia em tempos de pandemia e pandemônio; 3) As reformas (ou contrarreformas) da educação – Alterações na LDB, BNCC, Reforma do Ensino Médio; PNE, Escola sem Partido etc; 4) Educação, Relações de Gênero e Feminismos; 5) Educação e neoconservadorismo religioso; 6) Educação, Estado Democrático de Direito e justiça social.
A existência humana está pautada no modo como os indivíduos se relacionam em teias de interdependência e modos de subjetivação atravessados por relações de saber-poder em contextos normativos. O GT Sociabilidades, modos de vida, diferenças e violências visa dar luz às discussões sobre formas de relacionamento com o corpo, as emoções e a subjetividade na relação com o outro e com as regulações sociais. O GT pretende focalizar estudos que se debruçam sobre os dispositivos de violência que hierarquizam os corpos e suas existências por gênero, classe, raça, sexualidade, língua, geração etc. que, quando interseccionados, potencializam tais violências e exclusões, mas também criam formas de agenciamento e resistência. .O GT acolhe trabalhos que focalizem: 1)Marcadores de diferenças sociais e a violência estrutural; 2) A violência contra corpos LGBTQIA+ como reafirmação do conservadorismo social; 3) Feminicídio e a luta contra o silêncio, a culpabilização e a busca por justiça 4) A questão racial no Brasil e seu impacto social, 5) O impacto da precarização do serviço de atendimento às vítimas de violências e falta de incentivo às políticas públicas de educação 6) Migração, poder e contemporaneidade: novas formas de subjetivação.
O GT Fé, fronteira e demônios do Neoliberalismo está disposto a debater as perspectivas sociológicas das religiosidades, crenças e organizações do sagrado. A proposta é pensar em como Estado, Religião e Economia, por exemplo, se entrelaçam na contemporaneidade, no Brasil e no mundo e afetam direta e indiretamente a organização social. As questões que levantamos aqui para debate se direcionam em relação à: 1) Totalitarismos religiosos; 2) A expansão de determinadas religiões em campos como os midiáticos; 3) A intolerância religiosa que se perpetua e se agrava com o crescimento do conservadorismo cristão e a cada vez maior interferência política de determinados grupos, a neoliberalização e capitalização da fé em diversos aspectos; 4) As diversas novas organizações de crenças e como isso é reflexo e reflete na nossa sociedade; 5) O impacto de moralismos e demonizações nas diversas políticas públicas e projetos de lei dos últimos anos.
O GT A Arte e a Náusea tem como interesse o debate e as variadas formas de compreensão e discussões relacionadas à arte. Com um título provocativo que evoca a arte como algo que balança as emoções, sentimentos e a ruptura, o GT demonstrará como a arte foi sendo modificada e colocada ao longo da história e, na contemporaneidade. Evidentemente, a arte será tratada junto aos processos que a permeiam, como, por exemplo, o Estado e a Sociedade tendo em vista a discussão, circulação e a produção dessa arte. O alargamento dessa discussão recente junto à inserção de novos meios tecnológicos poderá vir a ser discutido e colocado em pauta frente a relevância deste tema no no Brasil e no mundo. Por agora, iremos apresentar alguns eixos que serão inseridos com o intuito de direcionar o GT: 1) Censura artística; 2) O Direito à Arte; 3) Políticas inclusivas associadas às manifestações artísticas; 4) O impacto da pandemia no mercado da arte, 5) A expansão tecnológica no consumo da arte.
A sociedade do trabalho é marcada por constantes transformações. No século XX, os modelos organizacionais taylorista, fordista e toyotista, alteraram a forma de produção industrial utilizada pelas indústrias durante a Segunda Revolução Industrial. Com a popularização e modernização das tecnologias da informação, o século XXI é marcado por novas formas de trabalho, como o trabalho virtual e o trabalho uberizado, que se intensificaram com a pandemia de Covid-19 e trouxeram consigo desigualdades, especialmente entre aquelas pessoas que dispõem e aquelas que não dispõem de condições sociais e econômicas para se adaptar ao novo contexto social e tecnológico. O estudo do trabalho deve ser aprofundado, ir além da análise do mercado de trabalho e do emprego formal, é necessário identificar os efeitos das transformações que potencializam as diferenças e desigualdades entre os indivíduos. O presente GT busca aclarar este novo horizonte via recepção de artigos que mapeiam os contornos do trabalho no momento atual da sociedade.