PODCAST CAPITÃES DA AREIA
Ouçam os Podcasts criados pelos alunos dos 9º anos com a discussão sobre a atualização de diversas questões abordadas na obra "Capitães da areia" de Jorge Amado.
Apresentação do Projeto
9º Ano D
Alunos participantes: Beatriz Peloso Santana, Bianca Pakrauskas Vellozo, Fernando Peluzo Abreu, Dal Rovere, João Pedro Pompeu Veloso, Frederico Cavalcanti, Gabriel Gaburro Schlechtriem, Leonardo Segatto Camargo, Luana Santos Fonseca, Luiza Bittar Morais, Luiza Helena Watanabe Rodrigues, Maria Luísa Rabello Miguel Moreno, Maria Vitória Toledo e Rafael Rosa Palamidese
Leiam também os poemas escritos pela aluna Gabriela Ribeiro Balas do 9º Ano B relacionados ao livro "Capitães da Areia" de Jorge Amado:
10 problemas para 10 anos: o que não te contaram sobre a vida de um Capitão da Areia marginalizado pela sociedade
Gabriela Ribeiro Balas (9ºB)
Matar?
Viver?
Sofrer?
Rir?
Chorar?
Ficar?
Sair?
Gritar?
Apanhar?
Se calar?
Meus pés doem
Ele já racharam,
Meu coração também
Ele já se foi mesmo
Tudo que era meu se foi mesmo
O que me resta?
Ter um amor?
Vira estrela.
Ser amado?
Só em sonho.
Eles já me bateram,
tiraram minha sanidade,
meus pensamentos,
meu peso,
meu coração,
minhas costas.
Só me resta rir
porque quem ri por último
não ri melhor, mas
ri vingado,
ri de tudo,
ri de ódio,
ri de felicidade,
ri de liberdade.
Mas me tiraram isso também.
Liberdade.
Me tiraram até o que não tinha,
Me tiraram meus sonhos ,
Me tiraram minhas mãos,
Minha consciência,
Meu sofrimento por alguém.
Só me resta crescer,
Crescer,
Crescer,
Crescer,
Crescer,
Crescer,
Não dá mais, eu já cresci.
Dos 18 para os 10
Brincar de cowboy de verdade,
Viver verdadeiras aventuras,
Viver os problemas,
Viver o que aos 18 não se vive,
Viver com várias,
Viver sem nada,
Viver …
Mas será que viver compensa?
Quando o mundo pensa
Que se você morrer ele vai melhorar?
Então por isso
Eu matei,
Eu vivi,
Eu sofri,
Eu ri,
Eu chorei,
Eu fiquei,
Eu saí,
Eu gritei,
Eu apanhei,
Mas eu não me calei.
Então eu
Morri no mar,
Virei estrela,
Porque no céu eu sou dono de tudo,
Ninguém me tira nada
Agora sou valente estrela.
Abandonados no Trapiche
Gabriela Ribeiro Balas (9ºB)
Sob a lua,
num velho trapiche
abandonados,
os que ontem apanharam
e que hoje procuram carinho
dormem, e olhando ao céu
não veem um destino traçado.
Atravessamos o nosso porto
sem pai, nem mãe, ou conforto
como ladrões, bandidos, malandros
como Lampião junto a seu bando.
Atravessamos pro outro lado
descendo o morro em direção aos intocados
que tem carinhos, dinheiro esbanjado
esfregando na cara com mau olhado.
Ogum
Ogum
Ogum
Ogum
Onde está minha mãe,
Dora ela,
morta já
meu pai,
me largou
fiquei a- ban-do-na-do
dando a mão pras navalhas
só o trapiche pra ficar
onde se escondem ?
onde estás ?
Deus severo, onde estás ?
Deus severo, onde estás ?
padre fala, Tu não faz.
Em que mundo seremos vistos,
Aqui jogados ao léu
Eu gritei, apanhei
corri manco pelo infinito
As risadas, nos meus sonhos, estão aqui.
Atravessamos o nosso porto
sem pai, nem mãe, ou conforto
como ladrões, bandidos, malandros
como Lampião junto a seu bando.
Atravessamos pro outro lado
descendo o morro em direção aos intocados
que tem carinhos, dinheiro esbanjado
esfregando na cara com mau olhado.
Ogum
Ogum
Ogum
Onde está minha mãe,
Dora ela,
morta já
meu pai,
me largou
fiquei a-ban-do-na-do
dando a mão pras navalhas
só o trapiche pra ficar
onde se escondem ?
onde estás ?
Deus severo, onde estás ?
onde estás ?
Ogum
Ogum
Ogum
Ogum
Ogum
Ogum