PODCAST CAPITÃES DA AREIA

Ouçam os Podcasts criados pelos alunos dos 9º anos com a discussão sobre a atualização de diversas questões abordadas na obra "Capitães da areia" de Jorge Amado.

Apresentação do Projeto

9º ANO - BRUNA.mp4
BRUNA TINEL PACOR RODRIGUES - 9º Ano C

9º Ano A

Alunos participantes: Ana Clara Chaguri, Guilherme Hartkoff São Leandro, Júlia Faria Maffeis, Manoel Carmignotto Jelin, Maria Beatriz Almagro Poliszezuk e Maria Carolina Santos Biazzim

9º Ano B

Alunos participantes: Daniela Maranhão e Silva, Gabriel Martoni Tezolini, Maria Eduarda Junqueira Cardoso e Pedro Torres Guimarães Couto

9º Ano C

Alunos participantes: Bárbara Elias Ferraz, Isadora Ribeiro Dini, José Miguel Borges Moraes, Luana Goulart Zanardi, Mario Okada Neto, Nicole Pereira Adamecz e Sophia Laura Silva Stoianoff

9º Ano D

Alunos participantes: Beatriz Peloso Santana, Bianca Pakrauskas Vellozo, Fernando Peluzo Abreu, Dal Rovere, João Pedro Pompeu Veloso, Frederico Cavalcanti, Gabriel Gaburro Schlechtriem, Leonardo Segatto Camargo, Luana Santos Fonseca, Luiza Bittar Morais, Luiza Helena Watanabe Rodrigues, Maria Luísa Rabello Miguel Moreno, Maria Vitória Toledo e Rafael Rosa Palamidese

Leiam também os poemas escritos pela aluna Gabriela Ribeiro Balas do 9º Ano B relacionados ao livro "Capitães da Areia" de Jorge Amado:

10 problemas para 10 anos: o que não te contaram sobre a vida de um Capitão da Areia marginalizado pela sociedade

Gabriela Ribeiro Balas (9ºB)

Matar?

Viver?

Sofrer?

Rir?

Chorar?

Ficar?

Sair?

Gritar?

Apanhar?

Se calar?


Meus pés doem

Ele já racharam,

Meu coração também

Ele já se foi mesmo

Tudo que era meu se foi mesmo

O que me resta?


Ter um amor?

Vira estrela.

Ser amado?

Só em sonho.


Eles já me bateram,

tiraram minha sanidade,

meus pensamentos,

meu peso,

meu coração,

minhas costas.


Só me resta rir

porque quem ri por último

não ri melhor, mas

ri vingado,

ri de tudo,

ri de ódio,

ri de felicidade,

ri de liberdade.

Mas me tiraram isso também.

Liberdade.


Me tiraram até o que não tinha,

Me tiraram meus sonhos ,

Me tiraram minhas mãos,

Minha consciência,

Meu sofrimento por alguém.


Só me resta crescer,

Crescer,

Crescer,

Crescer,

Crescer,

Crescer,

Não dá mais, eu já cresci.


Dos 18 para os 10

Brincar de cowboy de verdade,

Viver verdadeiras aventuras,

Viver os problemas,

Viver o que aos 18 não se vive,

Viver com várias,

Viver sem nada,

Viver …


Mas será que viver compensa?

Quando o mundo pensa

Que se você morrer ele vai melhorar?


Então por isso

Eu matei,

Eu vivi,

Eu sofri,

Eu ri,

Eu chorei,

Eu fiquei,

Eu saí,

Eu gritei,

Eu apanhei,

Mas eu não me calei.


Então eu

Morri no mar,

Virei estrela,

Porque no céu eu sou dono de tudo,

Ninguém me tira nada

Agora sou valente estrela.



Abandonados no Trapiche

Gabriela Ribeiro Balas (9ºB)

Sob a lua,

num velho trapiche

abandonados,

os que ontem apanharam

e que hoje procuram carinho

dormem, e olhando ao céu

não veem um destino traçado.


Atravessamos o nosso porto

sem pai, nem mãe, ou conforto

como ladrões, bandidos, malandros

como Lampião junto a seu bando.

Atravessamos pro outro lado

descendo o morro em direção aos intocados

que tem carinhos, dinheiro esbanjado

esfregando na cara com mau olhado.


Ogum

Ogum

Ogum

Ogum


Onde está minha mãe,

Dora ela,

morta já

meu pai,

me largou

fiquei a- ban-do-na-do

dando a mão pras navalhas

só o trapiche pra ficar

onde se escondem ?

onde estás ?

Deus severo, onde estás ?


Deus severo, onde estás ?

padre fala, Tu não faz.

Em que mundo seremos vistos,

Aqui jogados ao léu

Eu gritei, apanhei

corri manco pelo infinito

As risadas, nos meus sonhos, estão aqui.


Atravessamos o nosso porto

sem pai, nem mãe, ou conforto

como ladrões, bandidos, malandros

como Lampião junto a seu bando.

Atravessamos pro outro lado

descendo o morro em direção aos intocados

que tem carinhos, dinheiro esbanjado

esfregando na cara com mau olhado.


Ogum

Ogum

Ogum


Onde está minha mãe,

Dora ela,

morta já

meu pai,

me largou

fiquei a-ban-do-na-do

dando a mão pras navalhas

só o trapiche pra ficar

onde se escondem ?

onde estás ?

Deus severo, onde estás ?

onde estás ?


Ogum

Ogum

Ogum

Ogum

Ogum

Ogum