Prática 1 - textos
Prática de Samara Gonzaga Marques:
E COMO era mesmo a história de Maria Doida? Agora me lembro. Era fascinada pela lua cheia. Cantava para a lua, fazia versos para a lua e rezava para a lua num estranho ritual. Até que um dia, enquanto cantava para lua, viu alguém. Se perguntava de onde surgiu esse alguém, pois o lugar onde ela ía para admirar a lua era secreto, nunca tinha visto uma pessoa por lá. Resolveu seguir o ser, e entender quem era e o que fazia ali. Descobriu que era um homem, mas não um qualquer, era um fascinado pela lua cheia, como ela.
Maria era chamada de Maria Doida por causa dessa doideira de admirar a lua cheia. Ela se encantou com o secreto homem fascinado pela lua, por se identificarem nas loucuras. Tomou coragem e recitou um verso para ele. Foi recíproco! Eles se olharam profundamente, e parecia que as loucuras que eles tinham se completavam.
Maria Doida nunca tinha experimentado esse tipo de doidice, a do amor correspondido. O homem fascinado pela lua cheia, fascinou-se por Maria. A lua foi deixada por eles, mas não ficou triste, pois agora Maria tinha o homem fascinado e a lua nunca os deixaria.
Prática de Julia de Sousa Fernandes:
Cresci ouvindo os sinos da matriz, e às vezes no silêncio da noite me pego escutando eles mesmo não estando mais na minha cidade natal. O som dos sinos me lembram pessoas que hoje em dia só vejo no instagram ou em molduras espalhadas pela casa de minha mãe. Fico pensando como essas pessoas estão hoje em dia, mas digo como realmente estão, afinal, é muito fácil fingir nas redes sociais.