A pandemia trouxe muitos desafios para os educadores de forma geral: dificuldades em se adaptar às aulas remotas, pouca familiaridade com plataformas e tecnologias digitais, infraestrutura precária de acesso a Internet, necessidade de buscar soluções rápidas e informações para o novo contexto, solidão e muitas variações de estado emocional. Por outro lado, esse contexto revela oportunidades de mudanças na prática profissional e no desenvolvimento de novas formas de gerenciar a sala de aula.

É fato que a pandemia acelerou a incorporação de tecnologias digitais nos processos de ensino e aprendizagem, deixando os professores sem escolha entre usar ou não sendo levados a iniciar processos de experimentação em suas aulas remotas. Porém, muito ainda deve ser explorado com relação aos processos inovadores de metodologias e didáticas que promovam a aprendizagem. Temas como educação híbrida, metodologias ágeis, práticas que favoreçam colaboração, protagonismo e autonomia dos estudantes estão em constante debate.

O ensino remoto ao longo da pandemia fez com que a desigualdade educacional aumentasse ainda mais. Um grupo grande de crianças e jovens com deficiência, transtornos do espectro autista (TEA) e altas habilidades/superdotação, foi particularmente afetado, já que as possibilidades de interação remota são ainda muito escassas. Um dos 17 ODS (Objetivos para o Desenvolvimento Sustentável) proposta na agenda 2030 pela ONU fala sobre o acesso a uma educação inclusiva, equitativa e de qualidade. Precisamos avançar na promoção de oportunidades ao longo da vida para TODOS, sem restrição de gênero e raça

Educação emocional refere-se ao processo de entendimento e manejo das emoções de forma ética, empática e responsável. A BNCC - Base Nacional Comum Curricular, aponta algumas competências a serem trabalhadas em sala de aula que visam apoiar o autoconhecimento e desenvolvimento do estudante. A pandemia revelou a importância de cuidar desse tema na rotina escolar garantindo equilíbrio emocional, melhoria nas relações e engajamento dos estudantes com o próprio aprendizado.