Nesta seção, vamos aprofundar a etapa de Planejamento do Educador, o planejamento ou Plano de Ação dos Estudantes e o Monitoramento. Também vamos conhecer duas ferramentas que ajudarão na definição das ações do projeto e podem auxiliar no monitoramento: a 5W2H e as Metas SMART.
Chegamos às Etapas III e IV da execução do Pequeno Projeto Didático Ativo (PPDA), em que refinamos o planejamento e passamos para a ação. Relembre abaixo as Etapas de desenvolvimento do PPDA.
A proposta de trabalho do programa “Aprendendo a Lidar com Dinheiro” conta com duas frentes de ação: a do professor e a do estudante, ambas trabalham juntas para a execução do Pequeno Projeto Didático Ativo (PPDA). Conforme já conversamos na seção anterior, o professor atua como orientador, trazendo temas de matemática, habilidades da BNCC e outras atividades relevantes para o desenvolvimento do projeto, enquanto os estudantes são aqueles que vão planejar e executar as ações do projeto. Ambas as partes necessitam estar alinhadas, de modo que sejam planejadas conjunta e individualmente para que o projeto aconteça. Para tal, dividimos a etapa de planejamento em Planejamento do Educador e Plano de Ação do Estudante.
Vamos nos aprofundar um pouco mais em cada uma delas:
Este é o planejamento do professor e deve conter todos os itens do PPDA (Pequeno Projeto Didático Ativo). O professor estipulará objetivos pedagógicos e atividades didáticas a serem desenvolvidas visando auxiliar os estudantes a alcançarem o objetivo do projeto. Este planejamento deve conter as ações do professor levando em consideração em que momento da execução do projeto os alunos se encontram.
Sugerimos que, ao finalizar a primeira versão do planejamento, o professor e a professora compartilhem com os estudantes, para que estes opinem sobre os temas, competências, habilidades, temas e prazos propostos. A opinião dos estudantes é valiosa, uma vez que o trabalho é pensado e planejado para eles.
Planejar um projeto é uma tarefa desafiadora uma vez que, a cada passo dado, muitas variáveis entram em cena e modificam prazos e ações. Tendo essa ideia em mente, sugerimos que, uma vez pronto, o planejamento seja constantemente atualizado. À medida que as ações planejadas acontecem, elas geram resultados que impactarão diretamente no desenvolvimento das próximas tarefas, então estes resultados devem ser considerados e utilizados para a constante atualização do planejamento. O planejamento deve ser objetivo, ativo e contínuo, em que objetivo refere-se a ser fácil de ser entendido, ativo refere-se à qualidade de ser mudado de acordo com os resultados obtidos em cada ação executada e contínuo porque deve ser feito a todo momento, até o fim do projeto.
A proposta de trabalho por projetos objetiva que os estudantes desenvolvam, principalmente, a autonomia. Para isso, devem se responsabilizar pelo desenvolvimento do projeto. Se o professor ou professora entrega um cronograma de atividades a serem desenvolvidas, os estudantes apenas têm que seguir um plano, enquanto que, quando são desafiados a planejar do zero ações efetivas para atingir um objetivo, eles saem de suas zonas de conforto e mobilizam competências, habilidade e saberes.
Assim que o professor apresenta a proposta de trabalho, os estudantes devem iniciar o planejamento de ações para o desenvolvimento do projeto. Para isso, devem se reunir, discutir, elencar e organizar ações, assim como delegar quem deve fazê-las e definir prazos. O planejamento dos estudantes deve ser visto como um cronograma, elaborado e executado por eles. O professor e a professora entram nesta etapa como orientadores, auxiliando os estudantes e não delegando o que deve ser feito, salvo aquelas atividades pedagógicas relacionadas com o aprendizado de Matemática.
Abaixo, sugerimos duas ferramentas importantes para a definição e organização de metas de um projeto.
À medida que o PPDA avança, novos conceitos e novos procedimentos são aprendidos. Então, mais do que nunca, será importante monitorar o quanto esses processos estão dando resultado, por meio de jogos avaliativos coletivos e pequenos testes individuais que podem, inclusive, ser corrigidos pelos próprios jovens ou pelos colegas. Discussões também ajudam a tirar dúvidas e a aprofundar conhecimentos.
Ao longo de toda a execução do programa Aprendendo a Lidar com Dinheiro, será importante registrar o que acontece: os temas tratados em cada aula, a reação dos estudantes, como eles avançam em seu Projeto Coletivo, como se saem nos exercícios propostos no Livro do Estudante, e assim por diante. Para isso, você pode elaborar um Diário de Bordo.
As anotações podem ser feitas em um texto narrativo, como quem conta um caso ou de forma esquemática. Você pode anexar fotos ou vídeos que mostrem algum momento do processo. Assim, você poderá visualizar e avaliar toda a jornada quando esta chegar ao fim.
Da mesma forma que você está produzindo seu Diário de Bordo, peça aos jovens que também mantenham um, registrando as aulas e principalmente as atividades do Projeto Coletivo. Os registros podem ser em forma de textos, fotos, vídeos, entre outros. Essas anotações vão compor o relato da experiência de seu projeto, importante para o monitoramento da aprendizagem.
Na seção “Para o Professor”, vamos conhecer uma ferramenta digital para o desenvolvimento do diário. Enquanto isso, para saber mais sobre Diário de Bordo, você pode acessar este site.