Certas viagens marcam-nos para sempre. Cracóvia, felizmente, não foi uma exceção. Esta experiência transformadora foi, também, uma jornada entre o encanto do passado e as lembranças da história.
No primeiro dia, o centro histórico recebeu-nos com a sua arquitetura inovadora e atmosfera vibrante. Entre ruelas de pedra e edifícios que contam séculos de histórias, fizemos um city tour que nos mostrou a beleza da cidade que foi, outrora, a capital polaca. A Praça do Mercado, cheia de vida, revelou-nos o coração da cidade. Cada esquina era uma nova oportunidade para uma nova descoberta e cada detalhe refletia a essência desta cidade.
No entanto, o momento mais marcante da nossa viagem revelou-se no segundo dia. Visitar Auschwitz-Birkenau foi uma experiência arrebatadora, impossível de traduzir em palavras. Percorrer os mesmos caminhos por onde milhões passaram, ver as provas duras da crueldade humana e sentir o peso do silêncio foi avassalador. Foi um momento de reflexão profunda, de dor e de muito respeito. Ali, naquele campo, que reflete um enorme sofrimento, compreendemos a importância da memória e da responsabilidade que carregamos para o futuro.
No terceiro dia, Cracóvia mostrou-nos, mais uma vez, o seu encanto: a grandiosidade da Colina de Wawel. O castelo e a catedral, símbolos de poder e espiritualidade, trouxeram-nos uma sensação de admiração e curiosidade. Entre construções imponentes e obras de arte, constatámos toda a beleza que a história também pode preservar. Mais tarde, um pequeno grupo deslocou-se até às fascinantes Minas de Sal, uma experiência única que demonstrou que a natureza e o trabalho humano se podem encontrar para criar algo belo e deslumbrante.
Cracóvia foi mais do que uma cidade para nós. Foi um lugar de descoberta, emoção e crescimento. Trouxemos connosco não apenas fotografias, mas, também, sentimentos inesquecíveis, ensinando-nos que algumas viagens não acabam quando voltamos para casa. Elas ficam connosco, gravadas na alma e na memória.