Por Émerson Pirola (flux0_infinito). Doutor em Filosofia.
O flux0_infinito se destina a ser um veículo para te(x)tos de teor filosófico e crítico com maior liberdade estilística e em menor extensão do que artigos acadêmicos. Os te(x)tos aqui publicados possuem diferentes graus de elaboração e pesquisa, passando por Tweets desdobrados, insights (mais ou menos) desenvolvidos, artigos resumidos, ideias já publicadas em formato acadêmico, proposições de conceitos e germes de artigos futuros.
O capitalismo é geralmente associado, à esquerda e à direita, com a dissolução dos códigos, do costume, da tradição, da moral, sob o domínio da mercadoria e do dinheiro, o que resulta numa esquizofrenia social, num "vale tudo" em que tudo é possível, desde que seja rentável. Mas será justo identificar o capitalismo com essa dissolução esquizofrênica, em que, como disseram Marx & Engels, "tudo o que é sólido, desmancha no ar"? Junto a essa deriva esquizofrênica destrutiva da moral tradicional, o capital não precisaria criar uma moral à sua imagem e semelhança? Contra a dissolução dos códigos sólidos, o capital contrapõe uma enorme atividade paranoica, uma paranoia social que mantém tudo dentro de seus próprios limites.
Sobre como o gasto público é imediatamente variável do salário e, portanto, do mais-valor e da luta de classes.
Em breve:
Quando a forma-mercadoria se estende sobre a totalidade da cultura através da internet 2.0 todo produto cultural vira "conteúdo" para consumo. O valor subsume tudo sobre o indiferenciado.