JORNADAS
COORDENADORES E PROFESSORES
JORNADA 1
Condições para um ambiente favorável ao ensino e à aprendizagem
• Presencial: 11 e 12 de março
- Formadoras: Fernanda Flores e Vania Marincek - diretoras pedagógicas da Escola da Vila
• Online: de 12 de março a 30 de abril
- Formadora: Zélia Cavalcanti
• Palestrantes convidadas: Maria Suzana De Stefano Menin*
Carolina de Aragão Escher Marques**
O que define um ambiente favorável à aprendizagem e que aspectos contribuem para concretizá-lo, do ponto de vista da concepção construtivista de ensino e aprendizagem? Para além da disponibilidade do professor, há estratégias que podem contribuir para a criação desse ambiente?
A partir da análise de aspectos e necessidades específicas a cada segmento, discutiremos quais são as condições essenciais ao ambiente de sala de aula para que seja desafiador, cooperativo, mobilizador e potencialize aprendizagens nas diferentes etapas da escolaridade.
PALESTRA - Pós-modernidade - escola - construtivismo
Objetivos
Apresentar conteúdos que estimulem reflexões sobre a chamada “crise de valores” da contemporaneidade, o espaço e as finalidades da escola para a construção de aprendizagens com sentido e de educação em valores.
Temas abordados
• Características da sociedade pós-moderna e a escola.
• A escola numa perspectiva construtivista, sentidos da educação e a chamada “crise de valores".
• Os espaços da família e da escola na educação em valores.
Indicações para leitura prévia
LA TAILLE, Y.; MENIN, M.S.M. (org.). Crise de valores ou valores em crise? Porto Alegre: Artmed, 2009. p. 152-84.
LA TAILLE, Y. Formação ética: do tédio ao respeito de si. v.1. Porto Alegre: Artmed, 2009. (Capítulos 1 e 4.)
Outras leituras sugeridas
GOERGEN, P. Educação moral hoje: cenários, perspectivas e perplexidades. Educação & Sociedade, Campinas, v. 28, n. 100, 2007, p. 737-62.
MENIN, M.S.M. Desenvolvimento Moral. Conversando com pais e professores. In: MACEDO, Lino. Cinco Estudos de Educação Moral. São Paulo: Casa do Psicólogo, 1996. p. 37-104.
MENIN, M.S.M. BATAGLIA, P.R.U.; ZECHI, J.A.M. Projetos bem-sucedidos de educação em valores: relatos de escolas públicas brasileiras. São Paulo: Cortez, 2013.
DE VRIES, R.; ZAN B. Uma abordagem construtivista do papel da atmosfera. Construtivismo: teoria, perspectiva e prática pedagógica. Porto Alegre: Artmed, 1998.
VINHA, T. P.; ASSIS, O.Z.M. Compartilhar ou transferir as responsabilidades? Considerações sobre a relação entre a escola e a família. Anais do XXII Encontro Nacional de Professores do Proepre: Educação e Cidadania. Campinas: LPG/FE/Unicamp, 2005, p.15 a 32.
JORNADA 2
A formação do professor na articulação e construção de um ambiente favorável ao aprender
• Presencial: 6 e 7 de maio
- Formadoras: Fernanda Flores e Vania Marincek - diretoras pedagógicas da Escola da Vila
• Online: de 7 de maio a 18 de junho
- Formadora: Zélia Cavalcanti
• Palestrantes convidadas: Maria Suzana De Stefano Menin
Carolina de Aragão Escher Marques
Atuar a favor da construção da personalidade moral dos alunos, estabelecendo na sala de aula um clima de relações de aceitação, equidade, confiança, solidariedade e respeito, assim como considerar os fatores interpessoais, contextuais e a dimensão afetiva da aprendizagem escolar não é simples, nem fácil. Por isso, desenvolver competência para tanto é um aspecto fundamental da formação do professor.
Analisaremos protocolos de aulas e relatos de professores para avançarmos na compreensão das práticas do professor que constituem referência na construção de clima favorável para a construção de conhecimento.
PALESTRA - Dimensões do clima escolar e a educação sociomoral
Objetivos
Discutir a escola em seus aspectos estruturais, de organização e pedagógicos, que podem favorecer ou dificultar a existência de um ambiente propício à aprendizagem e com convivência de qualidade entre todos. Dimensões constituintes do clima escolar.
Temas abordados
• Regras, valores e princípios.
• As sanções expiatórias e por reciprocidade.
• Conflitos na escola: suas características em função das idades dos escolares e estratégia adequadas de negociação interpessoal. Conflitos como oportunidades de desenvolvimento.
• Diferenças entre: indisciplina, incivilidade, transgressões a regras e provocações; implicações
escolares.
• Bullying/Cyberagressão - características e possibilidades de intervenção.
Indicações para leitura prévia
TOGNETTA, L.R.P. Uma reflexão sobre as regras na escola que pretende formar para a autonomia e
superar microviolências. In: TOGNETTA, L. R. P.; LEME, M.I.S.; VICENTIN, V.F. Quando os conflitos
nos pertencem: uma reflexão sobre as regras e a intervenção aos conflitos na escola que pretende
pretende formar para a autonomia. Campinas, SP: Mercado de Letras, 2013.
VINHA, T.P. Os conflitos interpessoais na escola. In: GARCIA, J.; TOGNETTA, L.R.P.; VINHA, T.P. Indisciplina, conflitos e bullying na escola. Campinas-SP: Mercado de Letras, 2013. p. 61-90.
Outras leituras sugeridas
MARQUES, C.A.E.; SILVA, L.M.F.; OLIVEIRA, M.T.A.; VINHA, T.P. Compreendendo a provocação na
escola. Revista Pátio Ensino Fundamental, n. 76, nov. 2015.
VINHA, T.P.; BASSETO, C.R.C.; VICENTIN, M.R.; FERRARI, M.T.B. SuperNanny e SOS Babá: um olhar
olhar construtivista sobre os procedimentos empregados. Schème - Revista Eletrônica de Psicologia e
Epistemologia Genéticas, v. 2, n. 3, p. 160-194, jan./jul. 2009. Disponível em:
http://www.marilia.unesp.br/Home/RevistasEletronicas/Scheme/Vol02Num03Art03.pdf
VINHA, T. P.; TOGNETTA, L.M.; MORO, A.; et al. O clima escolar na perspectiva de alunos de
escolas públicas. Educação e Realidade. Artigo no prelo.
JORNADA 3
O professor, a classe, cada um dos alunos, e as expectativas pessoais sobre as aprendizagens possíveis
• Presencial: 12 e 13 de agosto
- Formadoras: Fernanda Flores e Vania Marincek - diretoras pedagógicas da Escola da Vila
• Online: de 13 a 31 de agosto
- Formadora: Zélia Cavalcanti
• Palestrantes convidadas: Maria Suzana De Stefano Menin
Carolina de Aragão Escher Marques
Manifestar expectativas positivas sobre as possibilidades de aprendizagem e desenvolvimento de todos os alunos contribui para que cada aluno construa uma representação positiva de si e de suas competências.
Mas, como garantir que as representações mútuas e as expectativas entre professor e alunos se transformem em um impulsionador das aprendizagens ao invés de obstruí-las?
Seguiremos analisando protocolos de aula, relatos de alunos e professores como estratégia na jornada para compreendermos mais a fundo o impacto das expectativas mútuas nos processos de aprendizagem nos alunos e alunas , sem perder a dimensão dos encaminhamentos que fazem a diferença na constituição de grupos que valorizam e buscam a aprendizagem de todos os seus membros.
PALESTRA - Escola, educação moral e formação docente
Objetivos
Refletir sobre a coexistência necessária entre os fins e os meios da educação em seus aspectos
pedagógicos, cívicos e morais, e os espaços escolares para o desenvolvimento moral, a educação dos sentimentos e dos valores para a convivência respeitosa entre todos.
Temas abordados
• A escola como espaço privilegiado de construção de valores.
• Formação docente: o domínio teórico sobre o desenvolvimento da criança e do adolescente e
as competências necessárias para a educação em valores.
• Linguagem do professor: a importância da linguagem e construtiva do professor que favorece
tomada de consciência do sujeito.
• As assembleias ou círculos de diálogos entre alunos e entre professores.
Indicações para leitura prévia
MENIN, M.S.S. Valores na Escola. Educação e Pesquisa. v.28, n.1, jan./jun. 2002; p.91-102.
DEDESCHI, S.C. A linguagem do educador: como realizar uma comunicação eficaz? Texto não publicado.
Outras leituras sugeridas
MENIN, M.S.S. Escola e educação moral. In: MONTOYA, A.O.D. Contribuições da Psicologia para a educação. Campinas: Mercado de Letras, 2008.
ARAÚJO, U.F. Resolução de conflitos e assembleias escolares. Cadernos de Educação, Pelotas, n. 31, jul./dez. 2008, p. 115-31.
JORNADA 4
Educação, aspirações pessoais e deveres sociais
• Presencial: 2 e 3 de setembro
- Formadoras: Fernanda Flores e Vania Marincek - diretoras pedagógicas da Escola da Vila
• Online: de 3 de setembro a 8 de outubro
- Formadora: Zélia Cavalcanti
• Palestrantes convidadas: Maria Suzana De Stefano Menin
Carolina de Aragão Escher Marques
Educar para que os alunos aprendam a harmonizar suas aspirações pessoais com os deveres sociais, ajudando-os a desenvolver o sentimento de empatia, que favorece o altruísmo, além de gerar atitudes em favor da justiça e igualdade entre as pessoas é um objetivo a que as escolas não podem se furtar, e para o qual precisam trabalhar utilizando encaminhamentos que incluam, mas não dependam do papel das famílias nesse aspecto indispensável para a formação integral das crianças e dos jovens.
Analisaremos algumas situações que precisam compor as rotinas das turmas nos diferentes segmentos, que tragam constância na vivência do diálogo, nas responsabilidades compartilhadas e nos desafios de participar de uma comunidade reunida pelo desafio do aprender.
PALESTRA - Procedimentos para a construção de personalidades éticas
Objetivo
Apresentar e discutir propostas de ação para a construção de personalidades éticas em escolas mais democráticas.
Temas abordados
• Discussão de dilemas morais.
• Atividades de resolução de conflitos - conflitos hipotéticos.
• Exercícios de role-playing.
• Clarificação de valores.
• Narrativas morais.
• Exercícios autobiográficos.
• Atividades sobre o papel dos sentimentos como energética das ações morais e sobre modos de sua expressão para a superação de conflitos.
Indicações para leitura prévia
PIAGET, J. Os procedimentos da educação moral. In: MACEDO, L. (org.) Cinco estudos de Educação Moral. São Paulo: Casa do Psicólogo, 1996. p.1-36.
TOGNETTA, L.R.P. A educação dos sentimentos e a moralidade infantil. Anais do XIX encontro Nacional
de Professores do Proepre. Campinas, SP: Faculdade de Educação, Unicamp, 2002, p. 73-81.
Outra leitura
PUIG, J.M. Práticas morais: uma abordagem sociocultural da educação moral. São Paulo: Moderna,
2004.
Maria Suzana De Stefano Menin*
Pós-graduada em Psicologia pela Faculdade Objetivo, em 1977; mestre e doutora em Psicologia do Escolar pelo Instituto de Psicologia da USP (1985 e 1993); tem dois pós-doutorados em Psicologia Social realizados na École des Hautes Études en Sciences Sociales no Laboratório de Psicologia Social da Maison des Sciences de L’Homme, Paris, França (1996 e 2004). É livre-docente e professora-titular em Psicologia da Educação pela Unesp (2000 e 2007).
Carolina de Aragão Escher Marques**
Possui graduação e licenciatura plena em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (2002), mestrado em Psicologia Escolar pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (2004), doutorado em Educação, na área de Psicologia Educacional, pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), e doutorado sanduíche na Harvard Graduate School of Education (2014). Possui, ainda, formação em Orientação Profissional pelo Instituto do Ser/SP (2010) e especialização em Relações Interpessoais na Escola pela Universidade de Franca (2012).
LIVROS PUBLICADOS PELAS PALESTRANTES
GUZZO, R. P.; MARQUES, C. A. E.; MACHADO, E. M.; TIZZEI, R. P. Desenvolvimento infantil: família, proteção e risco. Campinas-SP:
Alínea, 2007.
LA TAILLE,Y.; MENIN, M.S.S. (org.). Crise de valores ou valores em crise? Porto Alegre: Artmed, 2009.
MENIN, M. S. S.; BATAGLIA, P.U.R.; ZECHI, J.A.M. Projetos bem-sucedidos de educação em valores. São Paulo: Cortez, 2013.
MENIN, M.S.S. Representações sociais de lei, crime e injustiça em adolescentes. Campinas-SP: Mercado das Letras, 2009.
MENIN, M.S.S.; SHIMIZU, A.M. Experiência e representações sociais. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2005.