Proteina viva

Spirulina platensis

A microalga Spirulina platensis, que possui alto de teor de proteína, vem sendo cultivada fotoautotroficamente para a produção de biomassa microbiana. Embora as fontes convencionais de nitrogênio utilizadas para a produção de Spirulina sejam os nitratos, há a possibilidade do emprego de ureia, utilizando o processo descontínuo alimentado, com diminuição do custo de produção.

Existem várias formas de algas preciosas e nos últimos 40 anos a Spirulina tem vindo a ser a escolhida pelas suas características nutritivas. Muito antes de se tornar a favorita da indústria de comida saudável, a Spirulina era, há séculos atrás, o alimento regular dos Norte Africanos e Mexicanos. Hoje em dia, muito gente à volta do globo já se apercebe que a Spirulina é um alimento poderoso com grande potencial como fonte de alimento completo, medicamento e recurso bioquímico.

Muitas pesquisas concentraram-se no cultivo e colheita daquilo aque carinhosamente chamam de “o verde”. Foi descrito como “probiótico” e “super alimento”.

O cultivo da Spirulina também trouxe interesse porque, assim como outras microalgas, a Spirulina é extramente adaptável, mesmo quando sujeita a condições extremas. Por ser rica em nutrientes e possuir uma capacidade para se desenvolver em condições adversas, a Spirulina tem um enorme potencial para ser uma fonte de alimento que ajudará a alimentar e a nutrir as populações do mundo.

Projeto

Cultivo da Microalga Spirulina platensis em diferentes Configurações de Fotobiorreator

Preparo do Meio de Cultivo

O meio de cultivo utilizado foi preparado com fertilizantes naturais(chorume, humus e xixi), bicarbonato de sódio e cloreto de sódio.

A água utilizada para o preparo do meio foi obtida do fornecimento urbano e, inicialmente, foi dissolvido o cloreto de sódio, seguido do bicarbonato de sódio que além de fazer o efeito tampão no cultivo também servia como fonte de carbono. Em seguida, os fertilizantes, que serviam como fonte de nitrogênio, fósforo e potássio, foram triturados em liquidificador, macerados e adicionados na água, e o meio foi submetido a uma aeração constante por 24 horas para evaporação de todo o cloro da água, homogeneização dos nutrientes e estabilização do pH.

A salinidade do meio de cultivo após a mistura de todos os sais com os fertilizantes ficou em torno de 40, essa concentração de sal prejudicou a multiplicação de outras espécies de microalgas invasoras, mas a Spirulina platensis suportou esta salinidade.

Cultivo da Cianofícea Spirulina platensis

O cultivo da microalga S. platensis foi iniciado transferindo-se 3 L do inóculo para um garrafão de 13 L e, de acordo com o desenvolvimento da cultura, o meio de cultivo foi adicionado gradativamente até completar o volume do recipiente. O acompanhamento do cultivo foi realizado em espectrofotômetro a 680 nm (faixa de leitura da clorofila verde) e sempre que a cultura estava verde escuro e atingia uma absorbância em torno de 0,400, novo meio de cultivo era adicionado, caracterizando um cultivo do tipo estacionário ou “batch”. As vidrarias utilizadas foram previamente autoclavadas e mantidas tampadas com rolhas de algodão envoltas em gaze durante todo o cultivo.

A aeração foi fornecida por uma bomba de ar conectada a mangueiras plásticas e pedras porosas e, para a iluminação, foram utilizadas duas lâmpadas fluorescentes de 20 W, dispostas lateralmente aos cultivos. A iluminância foi avaliada com um luxímetro digital e a salinidade monitorada com um refratômetro portátil.

Filtragem das Microalgas

Quando a densidade celular alcançava valores elevados, com absorbância em torno de 0,400 a cultura passava a ser filtrada, sendo reposto novo meio de cultivo, caracterizando um cultivo semi-continuo. A filtragem foi realizada através da utilização de uma malha de 60 µm, acoplada a um funil de vidro. A biomassa retida na tela foi lavada com água destilada para retirar o excesso de sal e meio de cultivo

As diatomáceas são um importante grupo de protistas pertencentes à divisão Bacillariophyta, de acordo com o sistema de Round et al. (1990). São organismos unicelulares, e possuem como característica uma carapaça ou parede silicosa chamada frústula, localizada externamente à membrana plasmática. Ocorrem na água doce e nos mares, podendo ser planctônicas ou bentônicas. Existem algumas espécies que formam cadeias ou colônias simples que poderão levar um observador incauto a considerá-las como pluricelulares.

A iridescência da diatomácea, que é um organismo unicelular, vem de sua concha de sílica, que apresenta cores vívidas que se alteram dependendo do ângulo no qual ela é vista. O efeito é causado por uma rede complexa de minúsculos furos na concha, que interferem com as ondas de luz e causam a variação de cores.

Colhidas e processadas, podendo ser utilizadas para criar efeitos de alteração de cores em tecidos, cosméticos e tintas. Elas poderão também ser incorporadas em plásticos, formando hologramas.